Capítulo 3

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Passei a madrugada como um louco na delegacia. Doido para entrar numa incursão, e dar uns tiros na cara de um verme. Mas estava tudo muito calmo.

– Preciso ir para rua! – Disse e levantei-me. – Bora!

Não tínhamos chamado algum, estavámos trabalhando numa investigação e aquele noite seria um tédio, apenas ouvindo escutas.

Meu parceiro de trabalho, vendo-me nervoso aceitou sair, pegou a chave da viatura e ficou de pé.

– Vamos tomar um café naquele posto 24 horas.

Durante o restante da madrugada, ele apenas me observava.

Às vezes ele murmurava; Acalme-se parceiro.

As palavras da minha cunhada ferviam em minha mente. Como eu não havia caído na real? Tantas horas extras, tantos plantões dobrados? Como fui idiota!

Mas é o que dizem meu caro amigo leitor, o corno é sempre o último a saber!

E assim o dia amanheceu, e a piranha da minha esposa só chegaria em casa próximo do meio dia.

Eu precisava me vingar daquela piranha.

Encarei meu parceiro, e minha mente vingativa entrou em ação.

– Você acha minha mulher gostosa? – Perguntei, inesperadamente, ele dirigia e eu tirava e colocava o pente na minha pistola sem parar.

Meu parceiro me encarou, sem acreditar no que eu estava perguntando.

– Porra, tá maluco? Te respeito parceiro.

– Fala cara. Acha aquela piranha gostosa?

Ele me encarou novamente, assustado.

– Porque está falando assim da sua mulher?

– Nada... – Menti. Então o encarei e insisti. – Me diz, você acha minha mulher gostosa?

Ele pareceu ter medo de responder. Eu estava fora de mim.

– Sim... sim. – Ele disse, inseguro. – Mas segura a onda ai parceiro...

Eu me virei em sua direção e ele pôs a mão sobre a pistola. Certamente pensava que eu havia perdido a cabeça.

– Pois você vai fuder ela hoje...

– O que? – ele quase gritou.

– Aquela piranha tá me traindo... – Murmurei.

– Ei, amigo, pensa com calma... – ele disse. – Vou estacionar ali, vamos conversar.

– Já pensei. – Disse firme. – Ela tá me traindo.

– Você não pode ter certeza.

– Já decidi. Se ela está atrás de piroca, é porque a minha não tá sendo o suficiente. Ela quer piroca, e você vai dar a ela... Você é meu amigo, se vou compartilhar ela com uma piroca qualquer, compartilho com você.

– Você enlouqueceu. – Ele riu, sem graça.

– Falo sério... Vamos dar uma surra de piroca naquela piranha. Quero ver ela ir atrás de macho quando a gente terminar com ela.

Era por volta de onze horas da manhã quando paramos a viatura em frente ao meu prédio. Meu amigo não queria descer do carro, estava temendo por minha loucura.

Eu disse que minha esposa não estava em casa e que só iria ver como estava meu filho, mas ele não quis entrar.

Quando entrei, minha cunhada estava deitada no sofá, com o meu filho, abraçados, assistindo a um desenho.

Ela sorriu para mim, provocando. Virei à cara e fui em direção ao quarto. Sabia que a piranha da minha mulher já estava em casa apenas pela cara provocativa da minha cunhada.

Quando entrei no quarto, ouvi o som da água vinda do chuveiro.

Meu sangue ferveu. Eu iria fuder essa piranha!

Tirei minha roupa, ficando completamente nu, peguei minhas algemas e as joguei sobre a cama. Segui para o banheiro, já fervendo de ódio e louco para me vingar daquela esposinha piranha e sonsa...


HOMEM CASADOOnde histórias criam vida. Descubra agora