•.•• 𝕿𝖊𝖝𝖙𝖎𝖓𝖌 𝕯𝖗𝖆𝖗𝖗𝖞 ••.•

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Lembrem-se que os saltos temporais não interferem na história.

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— Então, Amós, conte-nos como é trabalhar com pessoas de vários países diferentes? – Remus perguntou curioso enquanto o homem de meia-idade sorria e explicava detalhadamente tudo o que acontecia. Harry não prestou atenção, na verdade, ele não conseguia se concentrar em nada que não fosse a sua conversa no dia anterior com Luna.

Há quanto tempo ela sabia daquilo? E porque não lhe disse antes?!

Pelo mesmo motivo que você não contou aos seus amigos. A voz na mente de Harry o acusou, e o moreno bufou em protesto.

— Tudo bem, filho? – Sirius disse acariciando as costas do afilhado enquanto ele sorria amarelo, concordando. — Que tal irmos no carro pegar uma garrafa de vinho que eu esqueci? – Harry franziu o cenho mas concordou e pediu licença a todos na mesa pra sair.

A relação de Harry com seus pais e padrinhos era invejável, o companheirismo e a intimidade que ambos exibiam em lidar com o garoto era a coisa que muita gente desejaria ter, Sirius Black era a "versão adulta" de Rony, e por mais que contasse tudo ao pai, era com o padrinho que grande parte dos "problemas", ficavam primeiro. Sempre era Sirius que o enchia de conselhos sobre garotos, que dava dicas de como flertar e atualmente, fora Sirius quem havia dado a ideia de mensagens anônimas.

— E então? – o cabeludo perguntou quando ja estavam do lado de fora e bufando, Harry chutou o gramado antes de olhá-lo.

— Acha que eu tô apaixonado? – a risada do padrinho pegou o moreno de supresa, pelo menos, Harry achou que o veria concordar como Rony, seu pai e a própria Luna que já tinham insinuado aquilo.

— Pelo Malfoy? Por que estaria?

— Eu não sei... Todo mundo repete a mesma coisa desde que eu saí com ele... – Sirius ficou em silêncio — Ele me atrai; ele é irritante, mas gostoso, bonito, mas extremamente arrogante. Por que eu gostaria dele?

— Me responda você. – Harry suspirou — Além de tudo isso que já mencionou, o que de interessante o Malfoy tem?

— Nada – rebateu vendo o padrinho gargalhar — Nós não conversamos sobre nada além de sexo, provocações por mensagens e fotos.. Como vou saber o que ele é, ou o que tem de qualidades?

— Filho, se você está irritado por alguém insinuar isso, significa que no fundo, alguma coisa está diferente. São mais de quatro meses "saindo" com o Malfoy, nenhum dos seus ficantes durou tanto. – Harry riu concordando — E eu sei que isso nunca foi problema, que você nunca quis namorar, mas talvez esteja na hora.. – o cabeludo concordou ao ver que Harry não diria nada — O Rony me contou que ele tem andado estranho desde a chegada do Cedrico...

— Aquele boca de trapo! – rosnou vendo o homem rir negando.

— Fui eu quem perguntei pra ele, já que você não me liga nem me procura há semanas. 

— Sem dramas, Padfoot. – o cabeludo bufou. Ele sempre parecia James quando usava aquele apelido.

— Tudo bem então, mister pervertido.. O que acha que isso tudo significa?

— Nada. – Sirius revirou os olhos — Só acho que vocês estãoa ficando loucos, de verdade.

— Acho que não é por esse lado, afinal, você está com dúvidas e isso fica claro no momento em que a exporessão "acha que 'tô apaixonado", sai de sua boca. – o padrinho debochou vendo o moreno revirar os olhos —Você é jovem, Harry, bonito, atraente... Meio atirado, eu sei, mas ainda sim, uma pessoa incrível – Harry não deixou de rir junto ao padrinho — Mais o certo seria você resolver essa confusão da sua cabeçinha, e depois quem sabe, descobrir se está ou não gostando dele... Mas isso é somente você quem quem pode responder.

Harry suspirou.

— Mas saiba que independente do que escolha, sempre terá meu apoio, do Remus, de seus pais... – o moreno sorriu — Não se sinta frustrado por gostar de alguém, é legal estar apaixonado... Mesmo que seja por um Malfoy. – ambos riram e então Sirius afagou seus ombros e sorriu outra vez — De toda forma, estou orgulhoso de ver que esteja crescendo, filho. Vai ser um grande homem.

— Obrigado – Harry sorriu tímido.

— Eu amo você.

— Amo você também.

Assim que o deixou sozinho na varanda, Harry suspirou esfregando sua testa bruscamente. Ele só podia estar louco! Era a única explicação para aquilo.

Harry não queria voltar pra dentro de casa, era falta de educação, ele sabia, seus amigos estavam lá, mas mesmo assim, ele não sentia-se a vontade pra voltar pro jantar e acabar estragando a felicidade dos outros.

Ele precisava daruma volta

Ele precisava de ar.

— Perdido, Potter?