Flashback
— Está tudo bem, meu anjo. Mamãe retornará logo, está ouvindo?
Perguntou ela para a criança sentada a sua frente. A mulher segurou o rosto da filha e lhe deu um beijo na testa demorado, até ouvir seu marido.
— Mahina, precisamos ir. Ela estará segura aqui, Sayuri voltará logo da missão.
Ouvindo o marido falar, ela segurou as lágrimas e sorriu para a garotinha que estava confusa a sua frente.
— Adeus, meu bebê. - ela levantou-se e encarou o homem ao seu lado. - Confio ela a você, Yashamaru!
— Ficarei com ela até vocês voltarem, Mahina.
— Cuide da Sayuri também. Não a deixe perder o pouco da essência de felicidade que ainda existe nela.
— Darei o meu melhor.
— Mahina, eles chegaram. Precisamos ir. - ele disse adentrando o lugar. - AGORA!
Mesmo querendo chorar, Mahina conteu-se e saiu da casa com o marido. Os dois corriam tentando levar os inimigos para longe da cabana.
— Shin, não iremos conseguir sozinhos. - disse a mulher enquanto corria. - Precisamos de reforços.
— Não, não podemos. O segredo do clã foi confiado a nos, temos que protege-lo a todo custo. - ele disse com uma voz firme e confiante. - Vá na frente, proteja o segredo, eu ficarei para atrasa-los.
— Não irei sem você.
— Mas precisa. Nossas filhas estarão seguras se você viver.
Ele disse e fez sinal para que ela prosseguisse sozinha. A dor de ver seu marido se sacrificando para que suas filhas pudessem viver em paz longe das perseguições inimigas, era enorme. Já Já bastava ter que deixar suas filhas, ter que ver seu marido ficar para trás, era demais para ela.
Ela continuou a correr, mesmo não conseguindo, até o dia amanhecer. Encontrou um lugar seguro para um rápido descanso e, quase sem força, puxou um pergaminho e nele escreveu algo e o dobro, colocando dentro do pergaminho onde continha o segredo do clã.
— Kuchiyose no jutsu! - falou a mulher e logo seu fiel corvo surgiu. - Ache Sayuri, e entregue isso a ela.
Colocou os pergaminhos na pata do animal e o corvo logo levantou voou. Mahina suspirou e mesmo muito cansada, saiu do local onde se escondia e tornou a correr pela floresta. Os inimigos surgiram antes do esperado, e ela soube que o corvo não tinha sido encontrado, ela precisava correr em uma direção única, para despista-los.
.
.
Do outro lado da floresta, a equipe ANBU fazia uma missão de espionagem e de assassinato. E nessa equipe, estava Sayuri, filha de Mahina e Shin.— Esperem meu sinal. - disse o capitão antes de sair para outra posição.
Antes que Sayuri pudesse ajudar o seu time, o corvo de invocação da sua mãe surgiu ao seu lado, ela encarou o animal e sua atenção foi para a pata onde continha o pergaminho. Ela pegou e o corvo continuou no mesmo lugar, deixando Sayuri tranquila. Ela abriu o pergaminho e um menor caiu em sua perna, ela o pegou e leu.
Após ler, ela encarou o corvo e assim continuou por poucos minutos, pois ele logo sumiu. Sayuri sabia o que aquilo significava. Sem passos muito alarmantes, ela guardou os pergaminhos.
Mesmo não se sentido bem, Sayuri continuou em sua posição e ficou a espera do sinal do seu capitão.
— Muito bem, Sayuri. - falou o capitão para a garota. - Seus pais ensinaram você a usar suas kekkei genkai muito bem. Continue assim!
Os membros ANBUs não eram de elogiar a menos que você realmente mereça, ainda mais se for um capitão. Sayuri poderia ter ficado feliz com aquele elogio, mas algo a impedia, uma sensação ruim que passava pelo seu corpo.
— Vamos pessoal, precisamos retornar a Suna.
Após terminarem com seu serviço, começaram a desaparecer um por um entre as árvores da floresta. A forma silenciosa que eles corriam entre as árvores para não serem vistos, era impecável.
.
.
Yashamaru tinha acabado de chegar em Sunagakure com Saori. Ele a levou para sua casa e com a ajuda de Temari, sua sobrinha, cuidou para que Saori comesse alguma coisa.
.
— Onde está a Mahina-sensei, tio?Yashamaru pensou no que dizer, já que Saori já tinha idade para entender qualquer palavra relacionada ao que estava acontecendo.
— Saiu em missão com o Shin-senpai.
Respondeu sem da muita atenção a fala da garota. Temari deu de ombro e virou-se para Saori e passou a brincar e conversar com ela, como distração.
.
.
— Já estamos chegando a Suna.Informou o capitão, e quanto mais Sayuri corria, mas desesperada para chegar a vila ela ficava. Precisava ver com seus próprios olhos o que tinha acontecido.
Chegando na entrada da vila, a equipe foi direto para o alojamento ANBU. Sayuri pegou suas coisas e partiu em direção a sua casa, na esperança de ver sua irmã.
No caminho, todos pareciam meio estranho, Sayuri olhava de um lado para o outro tento ler a expressão que cada um tinha, mas ainda era nova demais para saber com detalhes cada expressão.
Ela chegou em casa e não viu nada. Estava tudo em seu devido lugar. Ela fechou a porta e se fingiu até o quarto secreto do seu pai e estava vazio, exceto pelas armas ninjas que ele guardava ali.
Ela sentiu-se segura ali. Ninguém a encontraria, nem iria lhe perturbar naquele lugar. Só então, ela pode se permitir chorar. A dor de saber que não pode se despedir da sua mãe e do seu pai, foi difícil. Ela pegou o pergaminho que havia guardado em sua mochila e o abriu, relendo o que sua mãe havia escrito.
"Querida, pergaminho você encontrará o segredo do clã Ozu. Você precisa guarda-lo e protege-lo. Seu pai e eu confiamos o segredo a você. Cuide-se. Adeus! - Mamãe."
Ainda chorando muito, ela abriu o pergaminho maior. E ali estava o motivo da morte de seus pais. O segredo das genéticas da kekkei genkai.
Sua visão foi ficando embassada e seu corpo foi ficando pesado. Ela deitou-se no chão e se permitiu chorar e chorar, até que uma luz de esperança surgisse em sua mente.
Ela se culpou, era a última do clã que ainda usava a kekkei genkai, mas como um flash, veio em sua mente a sua irmãzinha. Ela não podia deixar acontecer isso no futuro, precisava impedir de alguma forma.
Ela já tinha se decidido. Aquele segredo jamais sairia de sua casa. As kekkei genkai, jamais seriam usadas novamente. E sua irmã, jamais saberá sobre isso.
Se ela ainda tinha um pouco de sentimento, ele havia sido tomado pelo desejo de vingança e pelo ódio. Jamais ousaria usar essas kekkei genkais novamente.
Ozu Sayuri, seria a única e última usuária dessa kekkei genkai.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Savior - Hatake Kakashi
AksiSinopse . 2 ninjas 2 vilas 1 destino . Sayuri estava passando por um processo de luto de longa data. Duas mortes que não pode superar com tanta facilidade. . Kakashi, não a conhecia, mas sabia que tinha algo de errado. Como antigo membro da ANBU, e...