POV. FELIPE
Pensei em acordar mais cedo que o esperado para encontrar Kristal e acostuma-la com o ambiente. Inocentemente, pensei que ela estaria dormindo.
Imaginem quão surpreso fiquei ao ver que ela já estava acordada, tomada banho e forrou a cama?
— Você não dorme, garota? — estranhei, a vendo sorrir.
— Fiquei com vergonha das meninas me dando banho. Então, acordei mais cedo. — ela murmurou.
— Você não existe... Em vez de descansar mais, com todo direito que tem... Me diz, dormiu bem?
— Depois de ignorar que estou num quarto que vale mais que toda a minha vida e mais três gerações trabalhando, confortavelmente.
Ri de sua resposta.
— Está com fome? Você não jantou na noite passada... Ou consegue aguentar até o desjejum?
— Dá pra aguentar até o desjejum. — ela murmura.
Vi as criadas dela entrarem nos aposentos e cumprimentam-me, ficando em silêncio.
— Então, terei que me retirar. Te vejo na sala de jantar. — falei, pegando sua mão e a beijando. — Não a deixem fazer esforço. Ela é toda pirada e não sossega.
— Sim, alteza.
Sai do quarto após ouvir a afirmação das criadas. Rumei para a sala do trono, me sentindo tenso. Se eu achava ruim a minha mãe, meu pai conseguia ser pior.
O reino em si pertence à minha mãe. Mas, por ser mulher, os deveres reais ao todo não pertencem à ela e, com isso, ela foi usada como moeda de troca em um casamento arranjado com meu pai, que era um grão-duque na época, pois possui sangue real de outra família.
— Aí está você, Felipe. Veja só o que aprontou! Uma gravidez! Agora, seu casamento com Isadora Segunda não...— começou.
Bufei.
— Pai, foi tudo armação. Tanto eu quanto a moça fomos drogados. — rebati. — E nem Isadora, nem eu concordamos com esse casamento.
— Felipe, você tem responsabilidades com o reino. Agora, engravidou uma pobretona qualquer que o drogou?
— O senhor viu as provas? Leu todo relatório sobre ela? — ele respirou fundo. — Deixe-me ressaltar: tanto ela quanto eu fomos drogados.
— E quem não garante que esse infeliz não tenha feito isso por ordens dela?
— É infundado esse argumento. Ela mesma estava investigando para colocar o cara na prisão. E, pra sua opinião, pai, a primeira coisa que ela me pediu foi para denunciar o bandido! — tentei argumentar.
Kristal pode ser tudo. Mas, até onde vi, ela não é uma pessoa interesseira e, pelo visto, não se sente confortável com toda essa situação.
— Ela nem ao menos queria casar comigo. — contei. — Tá certo que ela nem ao menos sabia que eu era príncipe. Mas queria que eu, Felipe sem título, participasse da vida do bebê.
Me aproximei dele, com cuidado e calma.
— Apenas preciso oficializar a união, pai. — contei, suspirando. — Queria o senhor ou não, seu neto está no ventre dela.
— E se a criança não for sua? — ele indagou. — O que vai fazer com a moça? Casamento real não há divórcio, Felipe.
— Querido, não seja tão cruel. — minha mãe adentrou o recinto.
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Grávida do Príncipe
Любовные романыUma simples jovem enfrenta vários dilemas em sua - antes pacata - vida. Uma série de acontecimentos em sua vida a fez entender o real significado de "pernas pro ar". Perdeu a única fonte de renda da família e seu noivo a traiu com sua irmã. Por ou...