✥Caro diabo - {jjk+pjm}✥

|༗̸໋̟͘࿔ Donuts?|

Dois anos se passaram desde que Jungkook voltou ao inferno.

Minha carreira, apesar de um pouco afetada por minha tristeza profunda nos meses seguintes, foi de vento em poupa, por meu trato com ele ainda estar de pé. Me tornei o melhor dançarino da cidade, aumentei a escola do Seokjin e fui modelo de algumas marcas importantes.

Vendi minha casa antiga, que havia se tornado grande demais para eu morar sozinho e me mudei para um apartamento no centro da cidade, não muito luxuoso.

Deixei que Hoseok me ajudasse com as finanças e impedisse que eu gastasse todo o dinheiro com coisas completamente inúteis como da vez que comprei um buquê de flores de dez mil dólares, apenas porque queria me presentear.

Mas não estava completo, aquele sentimento de vazio existia quando eu chegava em casa todas as noites, a falta dele. Me pergunto se ele ainda me observa, se Yoongi ainda sente aquele ódio, até mesmo me pego pensando em como Taemin está.

Me pergunto também o que aconteceria se eu não tivesse apertado a mão de Jungkook, e não falo apenas de acabar fracassado, será que James ainda estaria vivo? Será que as pessoas próximas a mim não teriam ficado mau?

Querendo ou não, a culpa é minha e eu não nego isso, muito menos escondo.

ㅡJi?ㅡOuço a voz de Hoseok me chamar e então viro meu rosto para ele.

ㅡHm?ㅡResmungo.

ㅡEstá fazendo outra vez.ㅡEle responde e aponta para minhas mãos.

Olho para minhas mãos e observo que minha mão esquerda está com arranhões tão fortes causados por minhas unhas da mão destra que estão num vermelho chamativo.

ㅡEu não disse que era para você cortar as unhas?ㅡO acastanhado diz e põe os papéis sobre a mesa, então da a volta na mesa e vem até mim.ㅡEu sei que isso é inconsciente, mas não faz bem.

ㅡDesculpe, Hyung.ㅡPeço e escondo minhas mãos assim que cruzo meus braço.ㅡOnde estávamos?

ㅡJá acabamos, pode ir para a casa e não se esqueça que vamos sair com os meninos hoje.

Confirmo com um aceno e me levanto, recebendo um beijo em minha testa vindo do maior. Dou um sorriso simples e em seguida, arrumo meu óculos, logo saio da sala.

Passo pelo corredor, cumprimento alguns dos funcionários no caminho e entro no elevador, não tardando a apertar o botão do térreo. Antes que as portas se fecharem por completo, um rapaz de terno entra e fica do lado oposto ao meu ali.

Nunca o vi por aqui antes, deve ser um cliente novo, ou algum funcionário que foi contratado recentemente.

Assim que as portas de metal se fecham, um cheiro de perfume caro e conhecido invade minhas narinas, me deixando curioso e inquieto. Arrumo minhas roupas e respiro fundo.

ㅡBom dia, Senhor Park.ㅡEle me cumprimenta.

ㅡNão me chame de Senhor, me sinto velho.ㅡRespondo o de costume e ouço o homem ao meu lado rir soprado.

Um sentimento de leveza me atinge, como se um peso tivesse sido removido dos meus ombros. Fecho os olhos e respiro fundo mais uma vez.

As portas se abrem na recepção e saio de dentro do elevador, sigo rapidamente pelo saguão até o balcão.

ㅡMeu motorista está lá fora?ㅡPergunto à atendente de cabelos loiros.

ㅡSeu motorista teve um imprevisto com a família, mas outro já está lhe esperando lá fora.ㅡEla responde minha pergunta com um sorriso no rosto após levantar seu olhar até mim.