Eu sei que tô sumida mas não me deserdem!
Gente!!! passou de 2k de leituras. Que doidera. Muito feliz pela presença de cada pessoinha aqui (principalmente pelos comentários icônicos)
Boa leitura!
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Como pensei mesmo... Sempre tem um amanhã, bom, geralmente. Então fica a dica: De fato, meter o louco por um dia fazendo tudo que quer, inclusive coisas que pode se arrepender depois, nunca é uma boa ideia se for o caso de você estar em perfeito estado de saúde. Nesse momento estou deitada abraçada ao corpo de uma jovem, pensando mil e uma coisas diferentes, e nessas mil e uma coisas, estou pensando no que fazer agora. Como será daqui pra frente e nesse exato momento, o que devo fazer. A acordo e digo que vamos nos atrasar para o trabalho? Sendo que na realidade, ainda são seis horas e só precisaríamos estar lá as oito, mas tem toda uma programação minha envolvida. Levantar esse horário nos proporciona um café e higiene tranquila, para só então sair as sete e quinze e estarmos no nosso ponto final as oito, realmente.
Com toda certeza ela ficaria enrolando para levantar, então levanto-me, apesar de doer em minha alma fazer isso, mas darei alguns minutos a mais de sono para ela. Talvez, lá no fundo, eu esteja relevando pelo fato de não saber como a encarar agora. Sigo para o banheiro afim de me arrumar e descer para tomar café. A essa altura as crianças já devem estar acordadas, o Juan também, e pra fechar o combo, a minha mãe. Deus! Tão cedo assim...
Opto por vestir algo básico como sempre: uma calça social cinza, blusa de botões branca e um blazer também na cor da calça, nos pés apenas um salto fino de tamanho médio e na cor preta. Não sou tão adepta a maquiagens então apenas passo um rímel, um batom vermelho e um contorno quase invisível nos olhos. Desço para cozinha e noto todos ali. Encaram-me como se estivessem vendo um alienígena.
Bom dia todos! - Falo sorridente- Juan me encara cabisbaixo e tento não sustentar o olhar para não ceder
-Bom dia, mãe- Ouço as crianças falar em uníssono.
-Auta Gracia onde estão a Valentina e a Regina?
-Se alimentaram e estão tomando um pouco de sol na área externa, senhora.
- Certo-. sorrio colocando me café, logo vejo minha mãe e meus filhos olhando-me com curiosidade- O que?
-A mariana está aqui mãe? - Ela sorri de leve
-Está sim, está dormindo lá em cima-Falo apenas, ainda olhando comendo meu café
-E em que quarto ela está? - Rô agora olha-me e vejo a sua cara de meia incredulidade ao notar meu silêncio
-No meu quarto... Onde mais seria?
Ouço talheres caírem sobre os pratos, era minha mãe, obvio, larga-os e encara-me horrorizada enquanto Juan Carlos esfrega a mão sobre a face. Acho que exagerei.
-Bem, preciso ir, bom dia!. Antes que pudesse responder ele saiu.
-Francamente Ana!!! Eu não estou entendendo você. Não estou entendendo essa história de se envolver com essa... essa... – sua cara era de quase nojo?
-Mãe!!! Pela ultima vez, chega! Eu não quero ouvir nada do que você acha sobre a mariana. Eu estou com ela agora e ponto.
Antes que pudéssemos continuar, ouço passos vindo por trás de mim. Não preciso virar para sabem de quem se trata. Logo ouço sua voz suave e sonolenta falando
-Bom dia...- Timidamente ela vai em direção a ao lado da minha mãe. Logo minha mãe, mariana, qual é...
-Mariana!?- Ceci a chama com certa exasperação. Logo desata a rir enquanto Rô faz a mesma cara de quando viu os peitos da mariana marcando a blusa no primeiro dia em que veio ficar conosco- Mariana o seu pescoço está todo marcado... Isso tudo foi minha mãe? - continua rindo. Confesso que me constrangi, mariana igualmente, ficou mais envergonhada ainda
-Eer.. bem... Ela...- tenta falar
- Ah filha você fala como se não soubesse o que é isso, não é? Foi só um beijo no pescoço, né amor?!
-Ana!!- Mariana e minha mãe fala ao mesmo tempo
-Ah mamãe me poupe! Você também sabe o que é isso. E você, mariana, bem que não reclamou na hora- sorrio maliciosa e sem vergonha alguma.
-Eu vou embora, Ana. Você só pode estar louca. Eu não posso tolerar esse tipo de coisa, ouviu?- minha mãe sai apressadamente
Ceci tentava segurar o riso enquanto o rodrigo continuava embasbacado com tudo aquilo.
-Mariana?! come que precisamos sair daqui a pouco. Falo e ela permanece em silêncio. O resto do café foi tranquilo, apesar de todos estarem no seu mundo. Fomos ver as meninas antes de partimos, hoje ficariam sobre os cuidados da Auta Gracia. No caminho o silêncio era ensurdecedor, então tomei coragem de iniciar.
-Está tudo bem com você? -. Questiono receosa. Ela bufa e ri de forma forçada
-É sério que você está me perguntando isso?
-O que? Não estou entendendo
-Ah não? Você não tem nada para conversar comigo, Ana?
-Hum... não que eu lembre, porque? -. falo desentendida, já que realmente não estava entendendo nada mesmo
-Esquece, Ana, só deixa pra lá. -. Fecha sua expressão e vira o rosto olhando o caminho pela janela do carro. Eu estou perdida e sem saber o que dizer. Que complicação lidar com mulher... E a mulher sendo mariana, então... Decidi ficar em silêncio antes que ela me fuzilasse com palavras. Depois compreenderia o que é isso.
Chegamos no estacionamento da empresa e para meu desprazer nos deparamos com Ferran saindo do seu carro. Instintivamente ponho a mão na cintura da mariana enquanto caminhamos. Quando ela percebe quem estava ali conosco logo segura minha mão que repousava no lado direito do seu corpo. Ele acena e pega o elevador antes que chegássemos perto. Paramos esperando o próximo e ainda matinha ela perto de mim, logo ela retira minhas mãos do seu corpo e me olha feio.
-Mariana, não estou te entendendo o que deu em você?
-O que deu em mim? SÉRIO ANA? Sério que você pergunta isso?
Tento falar algo mas estava muito confusa com aquela explosão dela. Abro e fecho a boca sem saber o que dizer
-Você primeiro dorme comigo, some logo cedo e não me dá se quer uma explicação? Eu esperava que você estivesse ali comigo. Que me dissesse o que foi tudo aquilo, como ficaríamos depois. Mas você simplesmente me deixa lá sozinha naquele quarto, solta uma piada no café e nada mais. Quer saber? Acho que já sei como vai ficar depois... Você vai somente fingir que nada aconteceu e seguir com tudo, é sempre assim, sempre tudo conveniente a você e suas vontades. Só que Ana, nosso plano é uma coisa, eu sou outra, eu não vou servir de brinquedo pra você fazer o que te der na telha e depois ignorar tudo assim, como se não fosse nada.
Antes que eu falasse algo ela pega o elevador e me deixa ali estática, sem reação e processando o que foi aquilo. Acho que da lista de várias novidades que é se "envolver" com uma mulher, algo que jamais devemos esquecer é de não as deixar no escuro depois da primeira noite em que fizerem sexo. Mas como raios eu ia saber que ela se chatearia com isso? Ok que fiz aquilo tudo num impulso, mas foi por vontade, isso não foi claro o suficiente? Eu não sei o que fazer, nem sei como aborda-la com esse assunto e agora só vai parecer ainda mais que não importo.
Que mulher complicada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
La farsa- Madre Solo Hay Dos
FanfictionAté onde você iria para manter laços com quem ama? Para Ana, vale tudo, para Mariana também. Por isso, ambas decidiram mentir, passando-se por namoradas. A Mentira seria descoberta? A família iria aceitar esse "novo romance"? Será que irão acredita...