A supresa

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*Ana*

Cheguei na minha casa pouco mais das oito, estava animada. O momento que tirei para mim foi essencial e mais satisfatório ainda foi conseguir por tudo que planejara nos eixos.

Entro na minha casa e vejo um silêncio ensurdecedor. Auta Gracia me aguardava, assim como o combinado. Subo para meu quarto a fim de encontrar aquela morena que havia tirado meu juízo durante todo o dia. Paro abruptamente na porta do quarto das bebês. Ela estava lá, sentada na poltrona com aquelas crianças que são tudo para mim. Ambas estavam num carrinho enquanto a mãe gesticulava para elas. Ela me vê e logo fecha a cara. É, não vai ser fácil.

-Mariana, você pode vir aqui?

-Estou pondo elas para dormir... -Fala somente. A fera está furiosa e preciso rodar para me redimir... mal sabe ela...

-Vem aqui, por favor. Falo em tom de súplica. Ela logo levanta e vem em minha direção.

Chamo-a para descer comigo a sala e contrariada ela me acompanha.

-Auta Gracia, pode ficar com as meninas, por favor? Assim que elas dormirem você pode ir e deixa a Cecilia avisada para que observe-as até a gente chegar, tá bom? -. Sorrio para aquela que a anos vem sendo meu braço direito nessa casa. Ela acente e logo se retira

-Como assim "Observe-as até a gente chegar?" -Faz as aspas enquanto fala, de forma óbvia, em tom de deboche. Você já não saiu com seu "amigo".

Que linda com ciúmes.

-Só vem comigo...

-Ana, olha, eu não quero saber, tá? Nem tão pouco quero sair. E você, inclusive, devia estar cansada por trabalhar o dia inteiro e ainda sair com um "amigo" -. Se antes achava que ela debochado esse tom carregado de cinismo e raiva tinha deixado claro que sim, ela estava ironizando tudo por pura raiva e ciúme. E eu estava adorando aquilo de verdade.

Ela fica linda quando está brava assim.

-Tá, tá... agora pode entrar no carro? -Falo fazendo pouco caso.

-Não eu não v...

-Mariana se você não entrar na droga do carro eu vou te agarrar e te por nele a força -Desafio-a

- Você não faria isso...

Antes que ela pudesse falar mais eu abro a porta do passageiro e sem esperar que a teimosa reagisse abraçei suas coxas erguendo-a do chão e jogando sobre o banco do carro. Esse esforço me fez sentir tonta e levemente sofrega. Nota mental de  nunca mais tentar fazer isso. Claro que ela se assustou e ficou histérica comigo dentro do carro e durante todo o percurso. Mas ela logo Silenciou ao notar que estávamos entrando num lugar conhecido, o parque Xel há.

 Mas ela logo Silenciou ao notar que estávamos entrando num lugar conhecido, o parque Xel há

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(Imagem do lugar de dia)

-O que estamos fazendo aqui? Fita-me confusa.

-Espere e verá... -Adoro mistério, ainda mais se for eu quem estiver sendo misteriosa.

La farsa- Madre Solo Hay DosOnde histórias criam vida. Descubra agora