quatro.

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- Ei filho! Já voltou? - a mulher se afastou da pia, observando Keisuke entrar na casa.

- Uhum. - o mesmo abriu um grande sorriso, sentando-se na cadeira próxima a mesa. - Dei uma volta com uma amiga.

- Aquela que te ajudou com o trabalho? - questionou voltando a arrumar os copos no armário.

- Essa mesmo. - era notório que o mesmo estava perdido nas nuvens, relembrando do ósculo que deram.

- E qual é o nome dela? - virou-se para encará-lo.

- Eu a chamo de Summer. - afirmou, recebendo uma expressão confusa e curiosa da mulher. - Ela não gosta do próprio nome, então resolvi chamar ela assim.

- Entendi... - a mesma riu baixo com a empolgação de Keisuke, há meses não o via tão entusiasmado. - Parece gostar muito dela.

- É... a gente se identifica. - apoiou a cabeça sobre a mão, colocando o cotovelo sobre a mesa. - Eu gosto de conversar com ela... é bom... sabe? Eu não sei explicar.

- Eu já sei o que é. - disse animadamente, dando alguns pulinhos até o mais novo. - Sabe... - se apoiou sobre a mesa, recebendo total atenção do mesmo. - Já aconteceu algo semelhante comigo... muitas vezes acabamos encontrando alguém que temos uma forte ligação, é como se conhecesse a pessoa de outras vidas, entende? - o mesmo concordou com a cabeça.

- E como pode ter certeza que isso é uma ligação forte?

- Por que você nunca me fala de ninguém. - afastou-se ainda sorrindo, deixando o garoto envergonhado ao reparar o fato.

- Vamos fingir que essa conversa não existiu, ok? - a mulher gargalhou, afirmando com um sinal positivo feito com o dedão. - Obrigado.

- Mas sabe que quando quiser falar so-

- Sim mãe, eu sei! - bufou Baji caçando o celular, pronto para mandar uma mensagem para Chifuyu e contar a novidade do dia.

Enquanto a desconhecida estava em casa sentada próxima ao balcão, ela observava toda a bagunça da cozinha, seu pai sumiu novamente e ela sequer tinha forças para mover algo. Era como se ela estivesse acostumada com a bagunça, e ela já não fosse uma problema ou incômodo em sua vida... era apenas normal.

- Prometo arrumar antes de ir. - encarou Boo. - E arrumar um lugar bom pra você ficar.

O animal a encarou com as orelhas levantadas, o filhote balançava seu rabo a cada frase dita pela mesma, entusiasmado em receber atenção dela.

- Talvez a viz- a frase foi cortada ao ouvir a campainha ecoar. Franziu o cenho em curiosidade, pensando que poderia ser o pai.

Saiu da cozinha e caminhou até a porta principal, abrindo-a, a silhueta de Hinata apareceu diante da porta.

- Daisy! - cujo apelido que ela lhe deu quando se viram pela primeira vez, você estava utilizando uma camisa na qual tinha uma pequena margarida ao canto, fazendo-o chamá-la assim.

- Hina? - a garota a olhou confusa. - Aconteceu algo?

- Ahn!? Eu que te pergunto isso! - esbravejou com uma feição emburrada, adentrando na casa da mesma. - Faz um mês que não vai para a aula! Os professores estavam loucos ligando para seus pais! Sua mãe disse que você não iria mais e que desistiu dos estudos, visto que já é quase de maior!

Daisy a seguiu, observando Hinata colocar algumas sacolas sobre a mesa, de algumas compras que ela fez no percurso até a casa da mesma.

- É... eu desisti. - mentiu, sequer sabia que sua mãe havia falado com seus professores.

Não falamos o seu nome. - Keisuke Baji Onde histórias criam vida. Descubra agora