𝟢𝟤

538 65 17
                                    

capítulo dois
mil novecentos e setenta e sete.

Espanhados desordenamente sobre o carpete quentinho do chão da sala de estar, esmaltes, produtos para pele, maquiagens e acessórios diversos coloriam o cinza com suas empalagens super coloridas e enfeitadas.

Sirius e Antonella sentarem-se com as pernas cruzadas frente à frente. O garoto pegava ocasionalmente algo na mão e girava-o interessado, observando de perto em todos os ângulos possíveis, como um bebê curioso em fase de desenvolvimento.

— Eu quero passar primeiro uma máscara para a pele... — murmurra Sirius distraidamente, pegando um produto nas mãos. Ele estreia os olhos e lê as informações na embalagem. — Essa aqui foi feita para mim. Veja só a cor, loirinha.

Antonella solta em riso inasalado ao ver que a máscara é em uma coloração preta.

— Fique sabendo que essa daí doi para tirar depois — afirma olhando-o preocupada, porém ele continua inexpressivo adiante da nova informação — Ok, ok. Vamos passar esse aí, então.

O garoto rapidamente pega algumas presilhas de cores diferentes e às prende cuidadosamente em suas madeixas de cabelo postos para trás, certificando-se que não cairiam em sobre seu rosto e os sujando.

Cortando cuidadosamente a base da embalagem com uma tesoura, Antonella passa seu dedo sobre o conteúdo muito semelhante à tinta, embora seu cheiro fosse muito mais suave e agradável, melecando-o suficiente para aplica-lo.

Inclinando-se para frente, ela arrastou suavemente seu dedo sobre as bochechas agora levemente coradas de Sirius, que mantia seus olhos pregos nos dela, observando como ela mantia-se concentrada no que estava fazendo no momento.

Quando todo o rosto do garoto esteve encoberto pela máscara preta, sua vez chegou para aplica-la em Antonella. Com muita delicadeza, ele espanhava a substância no rosto dela, certificando-se que não atingisse seus olhos, boca, nariz ou cabelos.

Ela agradeceu seriamente o fato que sua pele esteja toda preta da máscara já espalhada, assim Sirius não notaria seu estado corado pela aproximidade, em que lhe deixava significadamente perturbada.

Engolindo em seco, ela pergunta algo, tentando se distrair e pensar em algo importante no momento.

— Como está as coisas no seu apartamento?

Paralisado com a pergunta, Sirius desvia sua atenção para suas próprios mãos em seu colo, inconscientemente sorrindo. Algumas pessoas, como seus outros amigos, também tinham essa preocupação com seu bem estar, mas nenhum proporciona uma gostosa sensação de borboletas agitando-se ruidosamente em seu estômago como Antonella faz.

Nas férias de verão de ano passado, o garoto havia fugido de casa e se mudado na residência Potter, família de um de seus melhores amigos, James, não suportando mais todo o ambiente repugnante em que vivia. No começo do ano, com a abrangente quantidade de dinheiro da herança de seu único tio decente, Alphart, Sirius comprou um apartamento no centro de Londres.

— Estou bem — responde sincero, erguendo seu olhar para ela. Era de fato verdade, ele não considerava os Black sua família, sendo assim não se sentia nada mais do que livre, como ele sempre sonhou — É bom poder fazer tudo o que quiser e criar suas próprias regras em sua residência.

— Acredito que seus vizinhos devem te amar você, não é?

Ele sorri arrogantemente.

— E quem não gosta de mim, Nella?

— Você quer mesmo que eu comece a lista? — questinona Antonella divertidamente, fazendo-o esgasgar dramaticamente.

— Você está perigosa hoje e eu estou com fome — afirma convicto, levando-se em um salto. Ele estendo a mão para ela — Vamos fazer algo para comer, vem.

— Ah! Você aprendeu a cozinhar? — questiona Antonella com um misto de curiosadade e afetuosidade, erguendo-se com a ajuda dele e caminhando em direção a cozinha.

— Quando eu disse cozinhar, quis dizer pipoca ou algo pronto no armário.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗴𝗶𝗿𝗹𝘀 𝗻𝗶𝗴𝗵𝘁, 𝗌𝗂𝗋𝗂𝗎𝗌 𝖻𝗅𝖺𝖼𝗄.Onde histórias criam vida. Descubra agora