TÓQUIO, 2008.
Iori Kato
Akihabara, esse bairro mudou muito deste que estive por aqui quando era um mortal, tempos da grande guerra 1943, havia acabado de me alistar e era um orgulhoso soldado do exército imperial japonês, tinha apenas 19 anos na época, agora tenho 84 anos. Olho meu reflexo em uma vitrine de uma loja, penso, nossa Iori, nada mal para um senhor de 84 anos e começo a rir, as pessoas passam por mim e me estranham.
Gosto de ver as luzes de neon das lojas de artigos tecnológicos, nem parece o Japão do meu tempo, amo essas novas invenções, posso até ver o nascer do sol de novo, pelo computador, claro que não é igual aos que eu via em Hiroshima, minha cidade natal, não, eu não morri na explosão da grande bomba, morri em batalha em algum lugar do mundo, fui atacado por uma vampira no meio da noite, achei que iria virar um Nihon no Kyuketsuki, um monstruoso vampiro das lendas japonesas, mas fiquei com minha mesma aparência, vagando sem rumo até compreender o que realmente me tornei.
Demorei anos para retornar ao Japão, voltei em plenos anos 90, resolvi esperar uma pessoa, um alguém que iria nascer no ano em que resolvi retornar para minha terra do sol nascente, 1991, agora em 2008 ela está com 17 anos, uma flor jovem, minha amada, minha Yasu.
Hiroshima, 1943.
Iori era um belo rapaz, seu nome significava literalmente "rapaz bonito", e lhe caiu perfeitamente, agora com aquele uniforme do exército ficava mais atraente, Yasu era uma garota de sorte havia fisgado o coração de Iori, se casariam depois da guerra.
Yasu era bela, meiga e amava ir ao cinema e gostava de se vê refletida nos olhos de seu noivo, seu amor, mas a guerra, terrível guerra, levou seu Iori, ela passou dois anos esperando uma notícia de seu amado, logo ela seria levada em 6 de agosto de 1945, o brilho de mil sóis da grande bomba queimaria seus sonhos e sua triste vida.
Iori passou dois anos vagando sem saber o que tinha acontecido consigo mesmo, demorou para entender que agora era um ser morto-vivo que viveria eternamente e nunca mais veria a luz do sol, depois recebeu outro baque, sua amada e seus familiares fora apagados da existência, ele sabia, ele sentia que um dia Yasu voltaria.
Iori Kato
Lá está ela, minha Yasu, agora se chama Hana e é apenas uma colegial, mas ainda é minha Yasu, mesma pele branca e cabelos negros, mas agora usa mechas azuis, sempre vem nessa loja de artigos de animação japonesa, frequentada pelo chamados "otakus", com algumas amigas, sempre estão rindo e de olho em seus celulares modernos de flip, com penduricalhos de ursinho, nova sensação de 2008.
Uma vez eu puxei assunto, falamos de algumas coisas desse tempo, Orkut e MSN, os últimos lançamentos de celular, uns tiram até fotos de alta resolução, animações e filmes,músicas e uma tal de Lady Gaga, uma cantora excêntrica, bem , pelo menos ela gosta de vampiros, parece que virou moda novamente com esse tal Crepúsculo que acabou de lançar nos cinemas.
Estou com um gorro "fofinho" como as meninas dizem hoje, visto uma jaqueta com capuz com o nome Harry Potter estampando na frente, confesso que gosto de bruxos , meu visual parece de um cantor dessas bandas modernas de músicas melódicas, onde rapazes dançam em perfeita sintonia, garotas me jogam flertes, mas minha atenção é só dela ,Hana, não cogito em hipótese alguma transformar ela, contendo em vê-la de longe, vê que ela renasceu e que tem uma nova vida, essa é minha prova de amor.
Ela se despede de suas as amigas eu saio e a sigo , quero me certificar que ela chegue bem em casa ,sem que ela perceba já livrei ela de muitos perigos ,um era um assaltante o matei, antes que ele tentasse algo, posso lê mentes e aquele homem merecia o que teve.
Pronto, ela chegou bem em casa, coloco meu capuz e sigo rumo a cidade novamente, como disse gosto de vê as ruas iluminadas com o neon.
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Amor♡Morte+Vampiros (COMPLETO)
VampiroVampiros sempre estiveram no imaginário mundial deste a Europa até os confins da Ásia ou do continente Americano mesmo antes da chegada dos europeus, neste livro você será apresentado a sete contos de vampiros, indo da fria Rússia até o Brasil. Ac...