Capítulo 25

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A minha cabeça lateja, eu não consigo raciocinar, tudo acontece tão rápido, eu mal consigo a ver saindo, é como se por alguns minutos, tudo tivesse virado de ponta cabeça, como se o meu coração batesse tão forte que eu mal consigo pensar no que fazer

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A minha cabeça lateja, eu não consigo raciocinar, tudo acontece tão rápido, eu mal consigo a ver saindo, é como se por alguns minutos, tudo tivesse virado de ponta cabeça, como se o meu coração batesse tão forte que eu mal consigo pensar no que fazer. Eu não faço a menor ideia da minha resposta, o que eu sinto por ela? Porra, eu não sei.

Como ela pode me pegar de surpresa e achar que eu conseguiria saber o que sinto por ela?

Eu não faço a menor ideia, e talvez eu seja um idiota por isso, mas eu não posso apenas dizer algo para fazer com que ela fique, eu não posso mentir para ela ou para mim, sabendo que eu não sei o que sinto. Me pergunto se ela sabe o que sente por mim, se isso é algo forte ou se é apenas uma brincadeirinha idiota, porque se for, então, isso significa que eu sou apenas uma diversão para ela, mas, se não for, então significa que nós dois estamos em uma enrascada, porque isso não pode dar certo, não quando tudo aponta que irá dar errado.

Porra, Melissa.

Tudo o que eu consigo fazer é olhar para a minha moto, e pensar se eu deveria ir atrás dela, mesmo sabendo que ainda não tenho uma resposta para a sua pergunta, mesmo sabendo que eu poderia apenas piorar tudo, fazer algo geralmente é melhor do que não fazer certo? Mas, eu não sei se agora isso se aplica a nós, porque, talvez, não fazer seja melhor, por vez, deixar com que o tempo resolva tudo seja o melhor a se fazer. 

Caminho para dentro sentindo isso me perturbar, sentindo o meu coração se apertar, quase como se estivesse me xingando, como se eu fosse o maior idiota do mundo, e talvez seja assim que eu me sinto no momento.

Entrar na vida de Melissa e achar que em algum momento nós não teríamos um começo ou um fim, foi a maior burrice que já fiz, mas eu não esperava que fosse ser assim, porque entrar em sua vida foi como ser puxado por um ímã, o seu corpo me puxou a ela, e mais do que isso, o seu talento e o seu jeito, a forma como sorri e balança os seus cabelos, tudo nela brilha ou queima demais, é como se tudo e todos ao seu redor parassem apenas para a ver, porque o seu brilho é tão natural quanto o sol, como as estrelas e a lua.

Droga, Aaron.

Pego o meu celular, vendo que já perdi metade da aula, caminho para o meu armário tirando o livro da última aula, me perguntando como será a partir de agora, se isso significa que iremos nos afastar e que voltaremos a ser nada além de estranhos um para o outro, ou se existe alguma chance de sermos mais que meros desconhecidos. Eu nem sei se somos capazes de fingir que nada aconteceu entre nós, eu nem ao menos sei dizer o que tivemos, se foi mais do que nós achamos, e se perdemos o controle da situação, talvez seja isso, talvez, achar que poderíamos controlar tudo tenha sido o nosso pior erro.

Quando vejo dar o horário da próxima aula, caminho em direção de minha sala, me direcionando diretamente para o fundo, sentindo os olhares de Brandon e Roman sobre mim, me fazendo balançar a cabeça como quem não quer conversar quando vejo Roman abrir a boca, e com isso, a aula continua, mas, eu não estou pensando em como a física acontece, ou em como eu preciso tirar notas boas para entrar em uma boa faculdade, ou em qualquer coisa que não seja Melissa Johnson.

Perco-me em meus pensamentos, sentindo a minha visão embaçar, sentindo tudo ao meu redor paralisar, como se as vozes da sala estivessem diminuindo cada vez mais, até parecer nada além de meros sussurros, quando escuto a música soar pelos rádios, olho para frente, vendo Roman e Brandon me olhando, esfrego as minhas mãos em meu rosto, tentando sair de meu lugar, mas sentindo o meu corpo cansado.

Me obrigo a me levantar, os escutando perguntar o que aconteceu, os deixando sem uma resposta, caminho até o meu armário guardando as minhas coisas e pegando a chave de minha moto, caminhando para fora da escola, sem cabeça alguma para a escola no momento.

— Cara aonde você está indo? — Brandon pergunta.

— Eu vou para casa — O vejo abrir a boca para contradizer mas é interrompido por Roman.

— O que eu falo para o treinador? — Pergunta e paro suspirando, me lembrando de como ele odeia quando faltamos nos treinos.

— Diz que eu passei mal e precisei ir ao hospital — Digo o vendo concordar, rapidamente alcanço a minha moto, não esperando uma resposta e saindo em velocidade alta.

Sinto o vento bater em meu rosto pela pequena flecha que deixei aberto no capacete, correndo mais do que o normal, em poucos minutos chego em minha casa, entrando e jogando o meu capacete no chão. Em passos curtos caminho para dentro, vendo Josie sentada no sofá, que logo se levanta ao me ver.

— O que está fazendo em casa? Aconteceu alguma coisa? — Pergunta e não paro, subindo para o meu quarto e me jogando em minha cama.

Olho para o teto, escutando os fracos passos de Josie, em uma tentativa falha de chegar até mim, provavelmente se perguntando se esse é o momento que ela me abraça que nem nos filmes, quando os adolescentes passam por alguma merda e seus pais os aconchegam enquanto eles choram em seus braços, mas esse é mais o tipo de momento que eu a mando embora.

— Aar — Ela começa mas logo a permito terminar de dizer.

— Sai — Digo mas ela permanece parada.

— Aaron — Diz e me irrito.

— EU FALEI PRA SAIR — Berro a vendo se assustar, fazendo-me sentir um verdadeiro idiota.

Quando ela sai me deixando sozinho, eu me viro, deitando o meu rosto em meu travesseiro, olhando para a porta e pensando no que caralhos está acontecendo comigo, e em poucos minutos sinto as minhas íris se fecharem aos poucos, sentindo o sono bater, e logo, alguém entrar novamente, Josie, vejo antes de fechar os olhos, a sinto se sentar em minha cama, levando as suas mãos até o meu cabelo, passando as mãos por ele, fazendo um cafuné que não sentia a algum tempo. Ela provavelmente deve achar que eu estou dormindo, ou então, não estaria aqui.

— Eu te amo muito pequeno Aaron — Diz e seguro as lágrimas que insistem em aparecer.

A sinto se aproximar, deixando um beijo em minha testa, logo se afastando novamente, me deixando sozinho, e com isso, me permito chorar, por ser um idiota, por não conseguir a perdoar, e não entender o que sinto por Melissa, a fazendo se afastar sem saber se um dia irei ter outra chance de a ter em meus braços novamente.

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