New Storm City é uma cidade repleta de caos, intrigas e confusões, abrigando aqueles que buscam fugir da calmaria, sem saber o alto preço a se pagar. Aqueles que moram são o caos, ou melhor, o caos tem nome, lindas íris azuis e soa tão angelical que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A minha mente gira, o meu corpo treme, nada disso faz sentido, eu não faço a menor ideia do que acabou de acontecer, ou como isso aconteceu, tudo foi tão rápido, eu nem consigo pensar se fiz o certo ou não, eu tive dois segundos para decidir tudo o que iria acontecer, como eu poderia ter uma resposta tão rápido? Bom, da mesma forma que você o cobrou uma resposta em dois segundos. Por que isso é tão difícil?
Continuo perambulando, me sentindo um pouco zonza e mentalmente cansada, por que tudo isso está sugando as minhas energias e eu estou tentando não tornar tudo pior, se é que isso é possível. Em meu quarto, vou até a janela, vendo Aaron sair correndo em sua moto, me fazendo pensar em como eu poderia não o amar, como eu poderia olhar em suas íris cinzentas, com o seu rosto tão perto do meu e o dizer que eu apenas sentia muito, como se isso fosse o suficiente para acabar com tudo.
Como eu poderia um dia, o ter tão perto, e não poder o beijar, o abraçar e sentir o calor de seu corpo contra o meu. Meu corpo precisa do seu tanto quanto eu preciso de oxigênio, meus lábios precisam estar colados ao seu, assim como eu preciso o ter para mim, o amar e ficar ao seu lado, como se a minha vida dependesse disso, como se os seus braços ao redor de meu corpo fosse me salvar de todo o caos que nos rodeia.
E Deus, quem me dera tudo isso ser tão fácil quanto parece, quem me dera eu poder o amar sem o destruir, sem tornar tudo e todos a nossa volta destrutivo, porque, o amar, é o deixar se auto destruir, amar Aaron é caótico, é como estar nas nuvens, voando e descobrindo o mundo, mas, piscar, e estar no chão, como se as suas asas tivessem se quebrado, e no final, voltado ao pó, como se ali, nada tivesse existido.
Eu nunca entendi o amor, o que poderia ser tão difícil para alguém deixar a pessoa que ama? Eu sempre pensei que tudo fosse simples, como se fosse amar quem te ama e pronto, mas, o amor é mais que isso, amar é se jogar na rotina e saber que um dia, tudo poderia nos destruir e mesmo assim, permanecer, se jogando no abismo de duas vidas caóticas. Mas aqui, e agora, amar significa deixar ir, e saber que não estar ao seu lado, seria a forma mais linda de o amar, ou talvez, isso seja apenas uma desculpa de alguém tão covarde, não confessar estar apaixonada.
Deixo as lágrimas caírem por meu rosto, permanecendo na janela, lembrando de suas palavras, do jeito que as suas mãos pareciam soar, da forma como ele coçava a nuca em sinal de nervosismo, e seus olhos brilhavam, me lembrando da forma que o sorriso em seu rosto morreu em poucos minutos, e os seus olhos, que antes tinham um brilho apaixonado, ganharam lágrimas, se formando aos poucos, mas, não as permitindo cair.
Me jogo em minha cama, chorando tanto que em algum momento, eu me pergunto como eu poderia beber um litro de água, e no final do dia, chorar dois. Sinto as minhas pálpebras ficarem pesadas, talvez pelo sono, ou pelo choro descontrolado, que precisei colocar um travesseiro em meu rosto, não permitindo que os soluços fossem altos demais, para acordar alguém em minha casa, me fazendo ficar ali, chorando por horas, até o cansaço de meu corpo ser maior do que a minha vontade de permanecer acordada.
