Capítulo 46

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Quando entrei no campo, observei Melissa adentrando o espaço de longe, não entendi de imediato o que estava fazendo, apenas percebendo após alguns segundos que caminhava em minha direção, como se não soubesse direito o que estava fazendo

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Quando entrei no campo, observei Melissa adentrando o espaço de longe, não entendi de imediato o que estava fazendo, apenas percebendo após alguns segundos que caminhava em minha direção, como se não soubesse direito o que estava fazendo.

Dentro de meu peito, a sensação proteção de instalou mesmo sem estarmos juntos, no exato momento que notei que os jogadores não tinham a visto e continuaram correndo atrás da bola mesmo com os berros de Brandon e Roman, corri o mais rápido que conseguia em sua direção, os meus pés pareciam ter vida própria, o calor do momento parecia ter desligado algo em mim.

Eu sabia que isso lhe daria expectativa, mas no momento não poderia me importar menos, mas o fato de ter o seu corpo tão colado ao meu, em um espaço tão grande que em segundos ficou pequeno, fez com que eu não me arrepende-se de pular em sua direção, usando o meu corpo como um escudo, algo que rendeu bons hematomas em todo o meu corpo.

O gelo foi levado para ela após perceber que tendo uma pele tão clara, provavelmente ganharia belos hematomas arroxeados pelo corpo, exigindo que Liam levasse para ela, mesmo contra a própria vontade, o que me fez ter vontade de o socar e praticamente o ameaçar, dizendo que não deveria contar para ela quem enviou, mas percebendo que foi algo completamente inútil, já que o jogador não teve muito cuidado ao disfarçar.

O fato é, não importa o quanto eu negue para mim mesmo, cada mísera partícula do meu corpo vibra por ela, cada memória retorna em meus malditos sonhos, o seu corpo nu me atormenta durante os meus banhos, o seu perfume levemente doce me faz sorrir como um idiota, e o seu sorriso me faz perder a cabeça. Tudo se juntando em uma pessoa com as íris mas iluminadas da cidade, não me importando com o quanto isso tem me afetado nas últimas semanas, e continuando a negar ouvi-los enquanto tento lidar com toda a confusão dentro do meu peito.

Ó sim, a confusão devastadora que mantém a minha mente ligada o tempo todo, pensando em cada detalhe de minha vida, me deixando até mesmo um pouco paranóico. Com uma sensação horrível de confusão se apoderando de todo o meu corpo, não sabendo como lidar com toda a situação, se devo os perdoar, ou apenas esperar o ano letivo acabar, para que assim eu possa fugir dessa cidade antes que me torne parte dela, ou talvez, que me torne parte daqueles que a abrigam, se é que já não sou. 

Cada vez que tento pensar em algum lugar fora, me sinto como se as minhas raízes me impedissem, não sabendo dizer exatamente o que me obriga a permanecer aqui, ou apenas me negando a entender.

A verdade é que mesmo odiando estar aqui, não posso negar que essa cidade me trouxe as emoções mais profundas que eu poderia ter, mesmo que não sejam tão sinceras quanto eu gostaria. A mistura de dor, angústia, paixão e medo abrigam o local, assim como as pessoas, tornando tudo tão intenso com um misto de sentimentos, não avisando o preço da diversão.

Claro, para aqueles que se apoiam nas bebidas e festas se tornam parte dela, mas aqueles que seguram o pouco do autocontrole e continuam do outro lado acabam por se tornar o poder, formando assim os grupos.

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