TOC - Transtorno Obssessivo Compulsivo

Capítulo 8

John on

“Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Dúvida até da verdade,
Mas confia em meu amor”

Ver a mulher por qual criei uma possessão incompreensível me obrigando a ouvir uma surra de palavras, fazendo questionar-me sobre meus próprios interesses é algo muito anormal. Nunca ninguém disse para mim tantas verdades sem medo do próximo acontecimento, algo tão inédito que nem eu mesmo acreditei.

Seus argumentos foram tão simplificados, profundos e sinceros que por um breve momento deixei os sentimentos que existia em mim bem vulneráveis a tudo em nossa volta, sei que meus problemas afetam bastante o que estiver ao meu redor, só que ainda não estou pronto para desabafar sobre um assunto tão delicado e sóbrio com alguém que não tem qualquer ligação comigo.

Nem meus terapeutas sabem exatamente o que houve no passado para deixar minha mente conturbadora quanto parece para eu demostrar ser no que eu me transformei hoje. Guardar o que sinto é um manto sagrado que cobre as feridas para ninguém descobrir por longos tempos meus pontos fracos.

Eu não deveria ter me importado com os argumentos especulares dela sobre quem sou, mas realmente estava ansioso para entender o que essa garota achava em relação aos meus comportamentos ou como um ser humano desprezível consegue ser tão comum e incomum na mesma fração de segundos.

Suas expressões soltas foram sábias e determinadas fazendo com que o nosso confronto naquele instante fosse relativamente petrificado chegando a um final desgostoso, mas compreensível para os dois, não era hora de estarmos discutindo assuntos de relacionamento amoroso naquele breu principalmente com os nervos à flor da pele, por isso a deixei ir sem interrupção.

Olhar seu corpo formoso balançar enquanto andava suavemente, seus cabelos castanhos lutares contra o vento para não voar, seus quadris fazendo zig zag na velocidade das suas coxas torneadas coberta por um pano justo e marcante, suas mãos iam para frente durante o estimulo dos seus dedos enquanto abriam e fechavam. Era como uma cena extra da novela mais sucedida e cativante já criada.

Pode fugir o quanto quiser deusa, mas você sabe que no fim dessa corrida eu serei o vencedor e, terei o prazer de ver você pagar pelas palavras ditas diante as constelações dessa noite – Somos um jardim de flores recém plantados preste a desabrochar, com toda essas novas emoções está para nos consumar” – sussurro convicto vendo a sombra da моя девушка desaparecer.

Dou um longo suspiro caminhando na direção contrária da Liz com os pensamentos turbulentos, preciso urgentemente visitar minha psicóloga mesmo sabendo que eu não desabafo sobre os ocorridos do meu dia, ela me ajuda a entender o que se passa na minha cabeça, avisto minha moto no estacionamento aberto totalmente isolada dos outros automóveis, me aproximo dela vagarosamente pegando a chave do bolso frontal, estico minha mão para pegar o capacete já introduzindo em minha cabeça trancando o fecho alaranjado.

Subo na garupa me ajeitando no assento, encaixo a parte de metal na fechadura ligando o motor, giro o guidom duas vezes querendo dar a partida logo, assim que a motor pega velocidade, puxo o ferro do chão deixado o automóvel reto, vou indo reto pela estrada principal rumo pelo meu apartamento sentindo as brisas frias mas refrescando atingir todo meu corpo.

Viro curvas estreitas sem pensar em mais nada além do que está a minha frente, com os olhos direcionados para o céu vejo o sol nascendo com seus raios amarelados com tons neutros de laranja cobrindo todas as nuvens, os pássaros iam ressurgindo fazendo seus calorosos barulhos de todas as manhãs, dou mais rapidez para o motor admirando a paisagem daquela deslumbrante madrugada.