*Suspiro de exaustão*
Eu tô MUITO feliz por ter finalmente podido parir essa história! Quem me acompanha com frequência sabe que eu quase nunca escrevo na minha língua materna. Aliás, faz bastante tempo desde a última vez que eu fiz isso. E a melhor maneira que encontrei de voltar a fazê-lo foi escrevendo algo em homenagem a essas BELEZURAS que mereciam MUITO mais do que ganharam. Pois é. Aqui eu lavei a minha alma. Estou obcecada por Giangel e tentei fazer justiça a elas. Espero que gostem <3
Ps: vou postar uma versão em espanhol de cada capítulo (pois sou estudante de Letras-espanhol e AMO traduzir). Então, se alguém aqui conhece alguma sapatão hispanohablante desesperada por ler uma fic de Angel e Giovanna na própria língua, pode mandar essa pra ela :3
Ps²: esse capítulo vai ser, basicamente, uma releitura da cena de sexo delas (que, por si só, foi SUBLIME). Mudei alguns diálogos e acrescentei outros porque sou a louca dos diálogos açucarados.
Ps³: recomendo que vocês escutem The Curse, da Agnes Obel (vídeo acima), enquanto leem esse primeiro capítulo. É a música delas e eu escutei enquanto escrevia pra entrar ainda mais na história. Foi toda uma experiência! Aliás, o título da história é uma expressão que aparece nessa música (blessing in disguise). Acho que combina demais com Giangel!
Capítulo I
Renascimento
"Os olhos já não podem ver coisas que só o coração pode entender" — Tom Jobim.
Quando Giovanna abriu a porta, encontrou-se com uma mulher superproduzida; um vestido vermelho carmim colado ao corpo esguio, botas pretas de salto alto e cano altíssimo — cobriam-lhe os joelhos —, cabelo liso solto e penteado à perfeição, pálpebras douradas que cintilavam e lábios pintados de um tom nude mas que também brilhavam. Angel parecia estar vestida para fazer um book rosa. Ou para matar. Giovanna sentiu algo forte quando chegou à conclusão de que ela havia se arrumado daquela maneira especialmente para encontrá-la. Espantou-se ao dar-se conta de que isso que sentiu naquele momento por Angel não foi repulsa, tanto que demorou alguns segundos para dizer à morena que havia demorado.
Por um breve momento, aliás, Giovanna esqueceu-se do real motivo pelo qual havia convidado Angel para tomar um drink com ela em seu apartamento, motivo esse que era humilhá-la, fazê-la ter medo por meio daquela confissão de assassinato gravada. Giovanna o fez, depois de ter escutado um resumo emocionado da vida de Angel que sabe-se lá por que diabos a havia comovido também.
— Ajoelha — ordenou-lhe a loira. — Eu quero ver você se ajoelhar.
Angel obedeceu sem contestar, devagar.
— O que é que você quer? — sussurrou, olhando fundo nos olhos da outra.
Giovanna arrepiou-se dos pés à cabeça enquanto aqueles olhos castanhos desesperados penetravam-na sem encontrar nenhuma barreira. Isto é, ao mesmo tempo que ela tinha Angel à sua mercê, Giovanna também sentia-se terrivelmente exposta. Era como se a morena pudesse ver o quanto a excitava tê-la ajoelhada ali, sob seu poder.
— Eu quero que você peça — a loira sussurrou de volta. — Pede. Pede pra eu não te entregar pra polícia. Pede pela minha compaixão. Pede ajuda. Pede.
A cada frase, a cada palavra, a voz de Giovanna falhava mais, pesada de uma emoção que ela não sabia de onde vinha. Assim, essas palavras não soavam como ordens e sim como se a própria Giovanna fosse quem estivesse pedindo, implorando algo a Angel.
— Eu nunca quis te ferir, Giovanna — a morena continuava a sussurrar. — Nunca. Então, por quê? Por que é tão importante pra você me ver assim, rendida diante de você?
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Bênção Disfarçada (Giangel)
FanfictionO que as uniu foi a verdade simples e universal que diz que o ódio e o amor são dois extremos que, muitas vezes, se tocam.