Capítulo 1

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DUAS SEMANAS ANTES.
Karoline💮 - 📍Alemanha.
Bárbara: Karoline, seu avô quer te ver. — a enfermeira, encarregada de cuidar do meu avô, entrou na sala onde eu estava com as minhas amigas, Amanda e Rebeca. — ele quer conversar com você.
Karoline: estou indo, Bárbara. — olhei pra ela.
Me levantei do lado da Amanda, e subi a escada ido ao quarto em que meu avô estava deitado na cama.
Jair: minha neta querida. — disse com dificuldade, e torciu logo em seguida.
Me aproximei dele e me sentei na beirada da sua cama.
Karoline: vô, não se esforça. — pedi sentindo os meus olhos encherem de água em vê-lo daquele jeito.
Cheio de aparelhos.
Jair: vale a pena perder minhas últimas forças, para lhe dizer algo. — ele torciu de novo, eu neguei.
Karoline: por favor... — olhei pra ele.
Jair: você, é a minha única neta, querida. Preciso lhe dizer uma coisa. — prestei atenção nele. — pegue o envelope pra mim, dentro da cômoda. — fiz o que ele pediu. Abri a gaveta, e peguei o envelope. — nesse envelope, tem um papel importante. — torciu ainda mais.
Podia ver como essa maldita doença o maltratava demais.
Karoline: o que que tem aqui?
Jair: irei te pedir uma coisa, minha querida. — me olhou com os olhos quase fechados. — sinto, que não irá demorar para eu partir... — senti uma angustia em ouvir isso dele.
Karoline: não fala isso, vô. O senhor ainda irá viver muitos anos. — tentei mentir pra mim mesma, pois sabia, que ele estava certo.
Jair: não precisa mentir, Karoline, eu sei que irei logo. — deixei uma lágrima cair. — me prometa que só irá abrir esse envelope, quando eu já estiver dentro do caixão. — falou me olhando, e eu só sabia chorar. — me prometa, Karoline. — precionou, engoli seco.
Karoline: eu prometo, vô. — falei com um nó na garganta.
Jair: me prometa também, que irá fazer o que escrito dentro do envelope. — fiquei confusa.
Karoline: o que?
Jair: me prometa... — torciu mais uma vez.
Karoline: tá bom, eu prometo! — prometi, e ele puxou o ar, tentando respirar.
Jair: espero que você cumpra a promessa, minha querida. Isso é importante para eu poder descansar em paz. — disse um pouco mais fraco. — sinto que estou ao meu limite agora. — deixei minhas lágrimas caírem.
Fiquei mais um tempo com o meu avô, até que ele pegou no sono novamente.
Amanda: o que ele queria? — indagou assim que desci as escadas com envelope na mão.
Karoline: ele me deu isso, e me fez prometer que irei fazer o que esta escrito aqui. — mostrei o envelope.
Rebeca: o que tem aí? — me olhou curiosa.
Karoline: ele disse pra mim abrir só quando ele... — senti uma tristeza no meu peito. — quando ele estiver enterrado. — comecei a chorar.
Elas vieram me abraçar, pois, sabiam como eu estava mal ao saber que meu avô iria partir em breve.

Two hearts. | Gabigol.Onde histórias criam vida. Descubra agora