Preparativos

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~ Pov Carla


Falta poucos dias para o natal e não para de chegar coisas na minha casa e na do Arthur. Nossos fãs, como sempre, abraçaram nossa campanha e o pessoal de Conduru e região, vão ter o melhor natal possível. Conseguimos roupas, brinquedos, alimentos e até doações em dinheiro. Montamos uma força tarefa pra nos ajudar nessa aventura. Mas além de toda ação social preciso também comprar presentes pra nossa família, combinei com o Arthur de nos encontrarmos no shopping hoje a tarde para as compras de natal, já fiz a lista de todos os presentes.

Estou na praça de alimentação quando sinto o cheiro dele e sei que se aproxima, uma pequena aglomeração não me deixa mentir. Arthur é querido por onde passa, desde as crianças até as senhoras mais ousadas que vivem querendo tirar casquinha do meu namorado. Delas não tenho ciúmes rs.

Nos encontramos e fomos repassando a lista, decidimos juntos dar uma moto elétrica pra Pedrinho, aos outros presentearemos individualmente. 


A: Meu Deus amor, como pode uma pulseira com uns pingentes tão simples custar 12 mil reais?

C: Meu amor, não são qualquer pulseiras, e os pingentes chamamos de berloques. Ah vai, 12 mil reais agora é troco pra você, sem contar que sua irmãzinha caçula merece. Ela vai amar as mini batedeiras e todas as coisas que lembram o universo da confeitaria 

A: Mas se ela perder isso eu mato ela

C: Deixa de exagero menino. Vamos que ainda temos que comprar nossas roupas.


~ Pov Arthur


Eu estava amando puder sair de mãos dadas com a Carla sem me preocupar com o vazamento das fotos. É tão bom se sentir livre. Claro que em um lugar público como o shopping, a cada dois passos tiramos foto com algum fã ou percebemos que estamos sendo fotografados. Não temos nada a esconder, somos simpáticos e continuamos nossas compras. Encontrei minha roupa na primeira loja, uma bermuda off white com uma camisa vermelha e um tênis. Dona Carla continua indecisa, agora na sexta loja. Comprou roupa em todas que passou, mas nenhuma, como diz ela, foi A ROUPA. Paciência, agora entendo o que meu pai e meu cunhado passam. Depois de muito andar procurando ela escolheu um vestido vermelho rodado e uma sandália dourada. Exaustos vamos pra casa, no meio do caminho pegamos uma pizza pra encerrar a noite. Preciso de uma ducha, vou me refrescar e quando volto encontro Carla com cara de poucos amigos segurando meu celular.


C: Quem é Amanda, Arthú?


Meu celular não tem senha, mas tbm não há nenhuma conversa com Amanda, que não passa de uma garota que eu conheci e que tentei fazer dar certo pra esquecê-la. Respiro fundo pra lhe explicar.


A: Amanda foi uma garota que conheci há uns dois meses atrás, demos uns dois beijos, mas nunca passou disso e já faz algum tempo que não tenho contato com ela. - Respondo de modo firme e convicto, afinal não tenho nada a esconder. 


C: Por que ela está te mandando mensagem dizendo que está com saudades e lhe convidando pra passar o natal com a família dela. - Carla responde gritando e visivelmente nervosa. 


A: Meu bem, eu não tenho nada com essa menina. Já te falei, ficamos algumas vezes e não passou disso, eu não conseguia me entregar pra ninguém, meu corpo não reagia a nenhuma mulher, se é que você me entende. E eu não sei o pq dela está me mandando mensagem agora sendo que com certeza ela deve saber que estamos juntos. Mas se vc quiser eu ligo pra ela agora ou você mesma pode ligar. 


C: Não vou me prestar a esse papel de ser a namorada louca e ciumenta. Você se resolva com suas menininhas. Vou pra minha casa, preciso pensar. 


A: Amor, calma, não é assim que a gente resolve as coisas, lembra que prometemos melhorar na comunicação? Você precisa acreditar em mim, quando eu digo que não tem nada é pq não tem nada mesmo. 


C: Tudo bem, eu acredito em você, mas você tem que entender as minhas inseguranças também. Como vc acha que eu não fico quando vejo essas meninas todas lindas, corpão, bem definidas e gostosas dando em cima de você. 


A: Ei, olha pra mim. Sabe aquele pagode que diz: nem se a Globeleza um dia me quiser? Então, não tem ninguém no mundo, nenhuma mulher, que me desperte algum desejo. Eu amo você Carla, entenda isso de uma vez por todas. Eu não posso apagar o meu passado, nem o seu. Mas quero juntos escrever o nosso futuro. Mas preciso que você confie em mim. Vamos juntos?


C: Aí Arthú, me perdoa, mas é que eu fico muito insegura. Eu tenho medo de te perder, eu sei que eu já fiz muita besteira, já caí em pilha errada, mas eu também amo você e quero escrever o nosso futuro juntos. 


Não há mais o que dizer. Apenas tomo a sua boca e me delicio com seus lábios, eu amo essa mulher e vou provar esse meu amor a ela diariamente, ela nunca vai se arrepender de dar uma chance ao nosso amor. 


A: Com a fome que eu tô, se eu tentar fazer algo a mais, capaz de cair duro kkkk

Vai tomar um banho enquanto vou pegar uns pratos pra gente comer a pizza e escolher um filme. 


C: Tô indo. Escolhe um filme bem romantiquinho pra gente...



~ Pov Carla


Volto do banho bem rápido e encontro meu homem já a postos pro nosso combo da noite filme + pizza. O escolhido da noite foi Diário de uma paixão. Já assisti esse filme 300 vezes e não me canso de me apaixonar pela história de Elle e Noah. As dificuldades que eles enfrentaram foram diferentes das nossas, mas ao mesmo tempo tão semelhante. Tiveram que derrubar barreiras para construir o amor e é isso que quero vivenciar. Quero enfrentar meus medo, ter coragem para defender meus sentimentos e daqui uns 50 anos olhar pra trás, ver nossos filhos criados e puder contar nossa história de amor aos nossos netos. Nesse clima de reflexão adormecemos juntos no sofá da sala. 


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Demorei, mas voltei. Pra compensar vocês teremos uma mini maratona de quatro capítulos seguidos. Me deixem saber nos comentários o que vocês estão achando e se querem algo a mais nessa história. Bjs, L. 

Pequenos gatilhos CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora