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   Carregava em seu peito uma dor conhecida somente por si, ao mesmo tempo em que tudo nele implorava para essa dor ser jogada para fora, se contradizia por acreditar que sua dor era mera em um mundo com tantas outras maiores.

O destruía por dentro estragando o resto de bondade que tinha em sua alma, como uma maçã podre estragando todas as outras boas em uma cesta.
 
  Era tão inútil, queria deixar de ser alguém que odiava a si mesmo, seus pensares, mesmo suas expressões mal calculadas.
  Então vivia em vazio, lutando com os falares altos de sua cabeça, os mandando sumir, o odiando mais do que tudo no mundo.
  
Ser uma pessoa ruim era o que mais o assustava, não queria ser como os falares diziam que ele era, queria ser normal e sorrir sem pensar mil vezes antes se aquele era o jeito certo.
 
Queria abraçar a si mesmo antes de querer o apunhala-lo.

palavras inconstantesOnde histórias criam vida. Descubra agora