Epílogo - Cupido de Natal

1.8K 318 153
                                    


ESSE É O ÚLTIMO CAP!!! OBRIGADO A TODES QUE CHEGARAM ATÉ AQUI, SOU IMENSAMENTE GRATO!!!





A playlist de músicas antigas de Natal que Midoriya escolheu tocava baixinha na sala enquanto montavam a árvore de Natal. Metade da turma tinha se dividido entre a decoração da sala e a outra metade estava cozinhando, basicamente ajudando Sato. Eri ajudava na decoração, escolhendo onde os enfeites ficariam. Midoriya e Eijirou a ajudavam a colar coisas em lugares altos, e era impossível não se sentir confortável com eles.

Adoraria que o tio Katsuki estivesse ali também, mas ele prometeu que faria coisas gostosas para ela enquanto ajudava na cozinha, e ela estava pra lá de satisfeita com esse acordo.

Fazia apenas alguns dias desde que ela tinha casado o tio Eijirou e o tio Katsuki, já que seu aniversário era dia 21, afinal. Desde que tinha sido resgatada e passado a viver com papai Shota e papai Hizashi ela tinha experienciado coisas novas e muitos desafios. Era difícil se acostumar a multidões e ela facilmente se sentia sobrecarregada ao redor de pessoas.

Talvez esse fosse um dos motivos para gostar tanto do tio Katsuki, já que ele entendia esses momentos e ficava sozinho com ela. Era divertido ficar sozinha com ele. Tio Eijirou tinha chamado aqueles momentos de "pausa para recarga". Ele tinha explicado que Bakugou tinha uma bateria social que descarregava rápido, e ele tinha que ficar sozinho, ou com o mínimo de pessoas possível, para recarregar. Eri achava que aquilo acontecia com ela também, então ela recarregava com o tio Katsuki. Eles ficavam sentados, sozinhos juntos, em silêncio. Era bom, e ela realmente sentia que estava recarregada depois.

Tio Zuku e tio Mirio sempre teriam um espaço muito especial em seu coração, pois sem eles ela jamais teria conhecido tantas pessoas incríveis. Mas Katsuki ganhava cada vez mais o seu coração. Ela tinha aprendido tanto com ele! Gostava da pessoa que se tornava aos poucos. E gostava do tio Eijirou também!

Eles eram, de verdade, seus papais honorários.

— Você quer botar o anjinho no topo da árvore, Eri? — Eijirou perguntou.

Eri acenou que sim com entusiasmo e pegou o anjinho de pano que ia no topo da árvore. Kirishima a pegou no braço, subindo com ela na escada. A menina olhou ao redor, vendo todos da sala observando a cena, admirando o fim do trabalho de decoração. No batente da porta, Katsuki observava os dois também, e Eri sorriu para ele. Bakugou sorriu de volta.

Ela botou o anjinho no topo da árvore, e Kirishima desceu da árvore com ela.

— Hmm, o anjinho parece com a Eri. — Sero brincou.

— Então é um cupido, já que ela juntou o Katsuki e o Eijirou. — Kaminari emendou.

— "Eri em: missão cupido de natal ", não parece nome de filme? — Eijirou entrou na brincadeira.

Eri sorriu, se agarrando a ele um pouco mais. Okay que ela já tinha nove anos, mas ainda podia aproveitar para ficar no braço um pouco mais, né?

Pouco tempo depois, com a comida pronta e após jantar, todos comiam a sobremesa juntos na sala, enquanto a TV reproduzia Encanto. Os olhos de Eri brilhavam, mas não eram os únicos. Alguns alunos choravam baixinho, outros mais alto.

Aizawa e Yamada foram convidados para que Eri não passasse o natal sem seus pais, mesmo que os alunos não fossem os maiores fãs de passarem o natal com os professores. Bem, alguns estavam bem felizes com essa situação, mas jamais admitiriam. Aizawa encarava a tv com uma expressão neutra, reparando mais em como Denki e Sero se aproximavam de Shinsou do que prestando atenção no filme. Yamada chorava desde a segunda música, assim como a maioria dos alunos.

Eri prestava atenção apenas ao filme, ouvindo alguns chorinhos abafados de fundo. Já Eijirou, que também chorava desde a segunda música, observou Katsuki enxugar algumas lágrimas rebeldes, enquanto mantinha a expressão neutra, quando a música de Luísa tocou, o ritmo envolvente de "Estou Nervosa" embalando uma letra um pouco próxima demais do que ele vivia. Bem, o próprio Eijirou — e também Izuku — choravam desconsolados desde "Só um milagre pode me ajudar", então ele não estava em lugar algum de julgar. Silenciosamente, Kirishima apertou a mão de seu namorado (ou marido, como Eri se referia a eles agora) e encostou-se nele como um consolo silencioso.

O filme passou, e todos começaram a se organizar para irem aos seus quartos, encerrando a festinha de Natal entre seus grupinhos ou simplesmente indo dormir. Eri se despediu de todos, reservando um abraço carinhoso e apertado para Katsuki e Eijirou. Os dois a apertaram até que ela reclamasse que estava sem ar, abraçando-a ao mesmo tempo.

Depois de se despedir de todos e vê-los subindo, cada qual a seu quarto, Eri encarou a sala de estar da turma 3A enquanto era carregada por Aizawa para voltar para casa. Ela lentamente caia no sono, murmurando "Não falamos do Bruno, não, não, não" sem parar. Com carinho, os braços de seu pai a envolveram mais apertado, e, se sentindo segura e amada como nunca antes, Eri dormiu.

Eri em: missão cupido de natalOnde histórias criam vida. Descubra agora