Quando Stephanie (e o mundo inteiro) recebe a notícia sobre um novo vírus, um imprevisto acontece.
Ela está decidida a resolver o mais rápido possível. Mas terá que conviver com seu vizinho mesquinho. Justo ele.
Os dois serão obrigados a lidar com s...
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Quinta-feira, 6 de agosto de 2020 Jungkook
— Vou atender um paciente agora. — olho para a tela do celular, conferindo o horário.
— Achei que ia ser atendido. Hoje não é quinta? — Steph pergunta, franzindo o cenho.
— Eric está de férias. — largo o aparelho no sofá e me espreguiço.
— Você faz terapia? — a mãe de Steph pergunta, descansando a cabeça na mão, que estava apoiada no encosto do sofá.
— Sim. Mas agora vou atender uma pessoa. — sorrio, mas ela apenas maneia a cabeça como se me avaliasse.
Respiro fundo e me levanto.
— Deve durar umas duas horas, já que são dois pacientes. — digo para Stephanie, que faz um sinal com a mão, compreendendo.
Estou indo para o quarto quando noto que esqueci meu celular na sala. Antes de sair do corredor, ouço meu nome ser mencionado pela mãe de Stephanie.
— Ele faz terapia então? Deve ter problemas... Não acha melhor arranjar alguém mais... normal?
— Só porque alguém faz terapia não quer dizer que não é normal, mãe. — Stephanie responde, com o tom de voz calmo.
— Eu sei, filha. O que eu quis dizer é que... Se alguém faz terapia, tem algum motivo para isso. Ele deve ter alguma questão que ainda não falou para você. — ela argumenta.
— As pessoas buscam terapia por outros motivos também. Ela ajuda na saúde mental e no autoconhecimento. E você não precisa de sofrer de algum trauma para tirar um tempo para si e suas questões internas. — ela me surpreende ao dizer isso. — Você devia conversar sobre isso com Jungkook, já que ele é terapeuta...
Sorrio, abaixando a cabeça.
Entro na sala e as duas viram a cabeça em minha direção. Os olhos de Stephanie encontram os meus e um sorriso surge em seus lábios. Monica limpa a garganta, desviando o olhar.
— Esqueci meu celular. — levanto as sobrancelhas, sem jeito, pegando o aparelho que estava em cima da mesinha, a qual ficava ao lado do sofá.
— Quando terminar o atendimento, me manda uma mensagem. Para eu saber quando posso entrar no quarto. — Stephanie diz, tocando meu braço.
— Ok. — acenei com a cabeça e fui para o quarto de Stephanie.
O de hóspedes não tem uma mesa... digamos, livre. A única escrivaninha está cheia de bonecas por cima. Então, Steph ofereceu o seu quarto.
Ao adentrar o cômodo, meu celular vibra em meu bolso. Pego ele e vejo que uma nova mensagem que chegou. Solto uma risada ao lê-la.
Joe O papagaio da Stephanie não para de dizer: vamos transar? Devo me preocupar...? [18:35]
Balanço a cabeça negativamente e guardo o celular de volta no bolso, com a intenção de respondê-lo mais tarde. Com o meu notebook, crio uma vídeo chamada, enviando o link para meu paciente.
