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Terça-feira, 22 de setembro de 2020Jungkook

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Terça-feira, 22 de setembro de 2020
Jungkook


Finalmente eu resolvi pintar a tela, que devia ter pintado há tempos.

Eu havia feito o rascunho com um lápis. E, passando a tinta na tela, improviso com alguns detalhes.

O apartamento estava silencioso. Já começava a sentir falta da voz de Stephanie que me distraía com as mais aleatórias perguntas.

Ela havia saído enquanto eu dormia. E apenas me deixou uma mensagem que dizia "já já eu volto bonitão, tô precisando de tomar um ar :)".

Mas já faz mais de duas horas desde que saiu.

Estou começando a ficar preocupado.

Sem perceber, coloco mais força do que o normal no pincel que está em minha mão. Largo ele e vou ver se Steph já me respondeu.

Steph, já está voltando?
[11:27]

Steph, dê um sinal de vida
Estou começando a acreditar que está no porta-malas de alguém com os pulsos amarrados e desacordada
[11:44]

Mandei essa mensagem na brincadeira, mas estou com medo de que isso realmente tenha acontecido.

Digito uma nova mensagem.

Steph, se estiver brincando, pode ter certeza
de que não estou achando engraçado
[12:52]

Me levanto, ignorando a tela pintada pela metade à minha frente, e retiro meu avental que está todo sujo de tinta. Em passos largos vou até a entrada e calço meus tênis, me embaraçando ao trocar os pés. Tenho que retirá-los e calçar o par novamente.

Abro a porta e chamo o elevador, ele se abre revelando uma Stephanie descabelada, sonolenta e atrapalhada...

Está bêbada.

— Steph. — digo, baixando os ombros tencionados, me sentindo aliviado em ver que está "bem".

— Jungkooooook! — ela exclama, levanta o rosto e dá um passo na minha direção, cambaleando e se apoiando em mim com os braços envolta do meu pescoço.

Seguro-a pela cintura e tento nos equilibrar.

— Eu demorei pra chegar aqui, né? — ela ri. — Desculpa. Me perdi algumas vezes. Errei a rua, me distrai com um gatinho muito fofo que vi aqui perto... Ele era preto e tinha manchinhas brancas... Ah, você não pode mexer com gatinhos, não é?

Ela falou tão embolado que não entendi metade do que foi dito.

— Steph, você não sabe o susto que me deu. Como pôde sumir assim? — pergunto, chateado.

— Não grita comigo, por favor. — ela choraminga, se sentado no chão do corredor e apoiando a cabeça e as costas na parede.

Minhas expressões suavizam ao ver seu cenho franzido e o dedo indicador sobre os lábios, como um pedido silencioso. Suspirei e me agachei para ficar ao seu lado.

PANDEMICOnde histórias criam vida. Descubra agora