Em casa

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Como assim? Como ele poderia ser seu professor?
- Meu nome é Felipe, e tenho 20 anos. Esse é o meu primeiro emprego e estou ansioso em poder trabalhar aqui.
Fernanda, levantará a mão:
- Meu nome é Fernanda, tenho 15 anos, e queria saber, se você tem namorada.
Sempre a mais assanhada da turma, com fama de "pegadora", seus cabelos na altura do ombro, loira, e seus olhos azuis que penetrava na alma de que olhasse.
- Não, sou solteiro. Falou um pouco envergonhado e assustado com a pergunta.
- Qual vai ser o assunto da prova? Falou o nerd, usava um óculos e tinha cabelo preto, era sempre o primeiro a chegar e o último a sair, mesmo sendo um dos mais inteligentes da sala, sempre "perdia" para Lua, e isso o deixava enciumado.
Todos começaram a jogar bolinha de papel nele, o coitado foi abrir a boca e, não é que um papel entrou na boca dele?!
-se eu quisesse acertar não conseguiria. É bom que assim você se cala. Falou Renato o mais... Digamos, eufórico da sala.
Cada movimento o professor observava e, com isso, tirava suas próprias conclusões... Mas a todo momento, de canto de olho, percebia uma menina quieta no fundo da sala, até que resolverá chamá-la.
-Você!
Luanna, nem perceberá que o professor a chamará, estava viajando em seus pensamentos, confusa, com medo e começando a ter fome.
- LUANNA! A sala gritou, ela só faltou cair da cadeira, tomara um susto tão grande, que chegou a ficar ofegante.
- Luanna, se apresente. André, disse rapidamente.
- Meu nome é Luanna, mas prefiro que me chamem de Lua ou Anna, tenho 16 anos, quase 17...
- qual sua matéria preferida? Interrompeu o professor.
- não sei... Acho, que história.
- Interessante... bom gente, falta apenas, cinco minutos para bater. podem começar a se arrumar.
Luanna só olhava para a blusa do professor... Na verdade, todos só olhavam para a blusa dele, até que bateu e foram liberados.
Lua, pegou a bicicleta e fora para casa o mais rápido possível. Quando chegou em casa e entrou no elevador, se olhou no espelho. Não se reconhecia. Via a mesma menina de de manha, uma menina de cabelos ruivos, olhos verdes, magra, só que, dentro de si, não se sentia a mesma.
Quando abriu a porta de casa,
Os seus irmãos correram para abraçá-la, sentia, naquele momento, que era amada. quando olhou para a mesa tinha cinco pratos, em vez de apenas quatro.
Largou a mochila e correu para o quarto dos seus pais, porém o que ela esperava não estava lá. Apenas seu pai ao telefone.
- Nao, hoje eu não poderei ir, vamos ter que remarcar... Eu sei... eu sei, que eu te prometi, mas não tem como ir, você sabe... Tudo bem mesmo? Mas não...
- Pai? Disse Luanna se entender a conversa, que o pai estava tendo no telefone.
Fez com o dedo, para que a filha espera-se, e se despediu de quem se comunicará pelo celular.
- Que foi filha?
- Eu, não sabia se perguntava quem era no telefone, queria saber por que colocaram cinco pratos na mesma.
- Você já saberá!
- A mamãe chegou ne?
- você saberá na hora do almoço, vá se trocar, tome um banho e depois conversamos.
- está bem!
Depois do banho, demorado por sinal, vestiu um short curto e uma blusa folgada, ao colocar a mão no bolso, perceberá, que havia um bilhete. A mensagem era:
👧 👦
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/\ /\
Ela riu, muito, seus irmãos não sabiam escrever, então sempre desenhavam para ela. Pegou o bilhete, guardou no seu diário e fora para mesa almoçar.
- Também amo muito vocês.
Eles riram, e perguntaram se, depois, ela queria brincar com eles, porém ela disse que não, tinha que estudar para as provas.
- Então... Cadê a quinta pessoa?
- É um convidado meu, quero que recebam com educação! Entendido meninos???
- Pai, eu não sou menino não! Sou menina! Tenho cabelo grande, faço xixi sentada...
- Eu sei filha, mas, quando tem um menino junto com uma menina, falamos no masculino, entendeu?
- Não! Quando eu for a escola eu aprendo, até lá, eu quero é brincar.
- Isso mesmo, aproveite, depois é só estudar.
A campanha tocou e o convidado entrou, não, não pode ser, meu professor? Pensou Luanna.
- Oi Felipe, como você está?
- vou bem, obrigado. E você?
- trabalhando sabe como é...
- Oi...
-Oi!
E essa foi a conversar entre Luanna e o professor.
Durante todo o almoço, ela não falará nada, apenas escutara...
- Está trabalhando Felipe?
- Estou sim, por sinal, é a mesma escola, que a sua filha estuda.
- Jura? Quem diria... Meu afilhado dando aula pra minha filha.
Afilhado? Luanna, não entendia o rumo da conversa. E se perguntara, durante todo o almoço, o por quê dela achar, que a mãe dele estaria pro almoço...
- Pai, posso me retira? Tenho dever pra fazer...
- Pode sim, filha.
Foi para o seu quarto e estudou o resto da tarde, quando acabou, foi ao banheiro.
Ouviu um barulho no quarto, e mandou os irmãos saírem de lá, mas o barulho continuou, começará a ficar com medo e devagar tentou abrir a porta, porém a mesma não abria. Estava trancada, cadê a chave, procurou pelo banheiro, e quando encontrou, o barulho a via parado, estava com medo, pois, novamente, sentirá aquele arrepio na nuca, sabia que não era seus irmãos ou seu pai...
Quando abriu a porta, sua cama estava toda bagunçada, os travesseiros no chão, os livros todos arreganhados e espalhados pelo quarto, mas ao olhar pro armário, percebeu, que quem esteve ali, pegou algo precioso dela. Se desesperou e saiu correndo do quarto, foi a procura de seu pai, quando o encontrou, ele estava conversando com Felipe na varanda.
- Pai, preciso de você. É algo urgente!
- Agora?
- Sim...
- Pera, que eu já volto! Falou com um tom de brincadeira.
- Pai, eu estava estudando, e, quando acabei, fui ao banheiro... Resumindo: alguém entrou no meu quarto, revistou ele todo, e roubou me diário!
- E você está assim por causa de um livro?
- Você não entendeu pai, nesse "livro" tem toda a minha vida, tudo o que eu sei, tudo o que eu penso, tudo, tudo, tudo... - começou a se desesperar, sentia que ia chorar, porém seu pai não dava bola para isso.
Quando ela abriu a porta do quarto, em vez da bagunça, que ela tinha visto, encontrou o quarto dela impecável.
Claro que o pai dela não acreditou, ela até procurou o diário, toda via ela sabia o que tinha ocorrido, só não sabia quem teria feito isso com ela.
Deitou e chorou... Chorou até o cansaço vencê-la, e não demorou muito.

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