Não sabia, se tinha sido um sonho, ou realidade, será mesmo, que o professor Felipe foi no hospital vê-la? E porque que ele disse que a irmã dela estava viva? E o que foi aquele sonho? Ganhou alta e foi para casa, já não falava com o pai a uns 7 dias, sozinha, foi se trocar, e ao sair do banheiro, reparou uma pessoa no quarto:
- Leke?
- Lua? << foi abraçá-la >>
- Você está bem?
- Estou!
- Ainda bem... Mas como isso aconteceu?
- Não sei ao certo... Só lembro de ter entrado no elevado, porém Lia me disse, que eu cai de bicicleta e bati a cabeça!
- E teve que levar ponto?
- Sim, infelizmente...
- Cadê?
Mostrou o lado esquerdo da cabeça, virou a cabeça, seus olhos encontraram-se, seus rosto se aproximaram, a mão dele foi no quadril dela, seus lábios se encostaram e se beijaram.
Um beijo ardente, que fazia qualquer um se exaltar de amor, beijavam-se sem nem parar para respirar.
E quando a "mão boba" surgiu por debaixo de sua blusa, subindo devagar, a acariciando, a deixando loca, alguém bateu na porta, ela o empurro, fazendo com que ele caísse de mal jeito na cama e, se jogando para debaixo da mesma, enquanto ela corria e se deitava na cama.
Não acreditava que ele estava de baixo da sua cama, seu oração estava acelerado, sua respiração ofegante, fechou os olhos e só imaginava o beijo...
- Lua, está acordada?
Não se moveu, preferiu fingir que estava dormindo, queria voltar para os braços de Leke. E não queria falar com seu pai, que naquele momento saia do quarto.
Virou-se, viu que seu pai tinha se retirado. Sai debaixo das cobertas e trancou a porta, enquanto Leke saia de baixo da cama.
Se olharam, e deitaram-se na cama, se cobriram, e ficaram abraçados durante um tempo, ainda era de tarde, nem 16 horas tinha dado ainda.
- Por que você não quer falar com seu pai?
- Longa história Leke...
- Temos tempo.
- Eu acho, certeza na verdade, que meu pai traiu minha mãe...
O clima ficou pesado, ela se virou e ficou de frente para ele, o quarto estava escuro, pois sua cortina estava fechada, se olharam durante um tempo, sua mão foi no pescoço dele, e sua boca no ouvido.
- Não conte a ninguém!
Virou-se novamente e pegou o braço dele, fazendo-a abraçá-la, fechou os olhos, e até cochilara.
Ao despertar, percebeu que estava sozinha, Leke tinha ido embora sem se despedir, pensava. Já estava escurecendo, se levantou e saiu da quarto, seus irmãos estavam no banho, seu pai não estava em casa, Lia já tinha ido pra casa e sua mãe... Sua mãe estava na varando ao telefone:
- Mae?
- Só um momento. Sim, Lia?
- Onde está o papai?
- Ele saiu. Foi comprar o nosso jantar!
- Ah, está bem...
- Sim, pode falar. Não...
Saiu da varanda, e decidiu assistir um pouco de televisão, mas viu que seu plano foi por água abaixo, seus irmãos já tinham "ocupado" a tv. Fora obrigada a assistir "Dora a aventureira".
"- Onde está o mar?" - CHATO, era a única coisa que podia imaginar... Não aguentaria ver meia hora de Dora.
- Hey, querem brincar?
- Depende, de que?
- Hm... Podíamos descer, e lá vemos que tal?
- Mas já está escuro... ( Thomás)
- E já tomamos banho! ( Sabrina)
- Então... Que tal brincarmos de esconde- esconde?
Se olharam, demoraram um tempo, até que:
- MAEEEEEEEEE! Sabrina gritou, dando um susto em Luanna.
- Meu Deus, o que ouve? Esta tudo bem?
<< não se aguentaram e riram muito>>.
- Está sim, mãe vamos brincar de esconde-esconde? Por favor, você nunca está em casa... Vamos...
- Hm... Está bem!
- Oba, eu começo contando, vai se esconder! - Disse Lua dando um pulo do sofá e correndo para a parede. - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, prontos ou não ai vou eu.
Procurou pela sala de televisão, mas não a via ninguém lá, foi no quarto dos seus irmão, mas a mesma coisa, não avia ninguém lá, foi no quartos dos seu pais, no seu quarto, na sala e na varanda, não achava ninguém... Procurou pela casa toda, mas não encontrava ninguém, nem um pé de vento encontrava...
Abriu a porta de casa, e foi para as escadas, e ouviu uma voz:
- Vamos rápido!
"Só pode ser minha mãe com meus irmãos." pensou, e subiu as escadas em direção a eles. viu uma sombra, uma mulher, de cabelos longos e magra. Foi atrás, e começou a alcançar a mulher.
Quando consegui alcançar, segurou o seu braço, logo a mulher virou.
Não era sua mãe!
- Como?
- Oi!
Sua respiração ficou ofegante, não podia ser... O que ele estava fazendo aqui, sim, era Felipe!
- O... Hospital... Você foi... ~ tampou sua baço rapidamente. Cochichando falou ~ Por quê está vestido essa roupa de mulher? E qual é a da peruca? E o hospital?
- Calma, responderei tudo, mas antes - apontou para a escada - quer sentar?
Lua sentou e logo em seguida seu professor, Felipe.
- Pronto, como assim minha irmã está viva?
- Bom, por onde começar?
- Pelo começo seria uma boa, não acha?
- " Ta bom, mas não se irrite!"
Ela riu, achou mesmo graça, ela amava " o chaves"! Era fã desde pequena, sofreu a morte do "pai" do "foi sem querer querendo".
- Ta, antes de entrar no seu colégio, uns dois ou três meses antes, conheci seu pai...
- Pera, você não é sobrinho dele?
- Não. Deixe eu continuar ( desculpe resmungou Lua a ele ), enfim... ao conhecê-lo já sabia um pouco da sua vida, sua mulher e seus três filhos, sua vida parecia perfeita, até que ele começou a ser ameaçado, por algo ou alguém. Ele tentou ignorar no começo...
- Mas não foi bem assim...
- Exato, ele começou ater ameaças mais... Como posso dizer?
- Mais "pesadas"?
- Isso, começou a sentir medo.
- Então por que ele não foi a polícia?
- Pensou, nesse dia você parou no hospital.
- Então, ele foi na praça pra?
- Conversar comigo.
- Ele não estava traindo minha mãe?
- Não, ele ama sua mãe. A ama mesmo.
- Ta, o que minha irmã tem a ver com isso?
- Sério? Você ainda não juntou o quebra cabeça?
- Não!
- Sua irmã está viva! Ela quem está mandando as mensagens para seu pai, ela quem fez tudo com você!
- Impossível, ela desapareceu, ou melhor, morreu!
A luz acende, tem alguém descendo as escadas, mas eles não reparam, a pessoa se aproxima cada vez mais.
- Cuidado Lia. Ela quer vingança!
- Pelo que? O que foi que eu fiz? O que eles fizeram?
- Quando sua irmã, e você, nasceram, seus pais não podiam ter duas filhas, tiveram que escolher uma, foi difícil, então, como sua irmã já estava bem, com saúde, seus pais a colocaram na adoção com uma roupinha e uma carta, dizendo:
" Nós te amamos! Muito!"
- E ela?
- Agora?
- Sim, hoje em dia?
- Nunca foi adotada. Fugiu do orfanato, ao descobrir sua real história...
- Pera, se eles não deixaram nada com ela, além de uma carta e uma roupa, como ela nos encontrou?
- Você!
- Eu? Como assim? O que tem eu?
- Você é a cara dela, você passou por ela, até onde eu sei, e ela lhe seguiu, e dai por diante já da pra imaginar.
- Pera... Como você sabe tudo isso?
- Parte seu pai me contou, parte Lia me contou, parte eu descobrir.
Seus olhos se encheram d'água e ela perguntou:
- O que ela quer de nós?
- vingança!
- Que tipo de vingança!
- Aquela... Em que pessoas morrem!
Não aguentou... Chorou, e abraçou ele. Ouviu um barulho, e quando viu...
- Onde você estava?
- Preciso ir. Tchau! ~ Felipe ~
- Tchau!
- Quem é ele?
- Onde você esteve?
- Perguntei primeiro!
- Quero a resposta primeiro!
- Você dormiu e eu sai, sua vez.
- Meu professor, ele é sobrinho do meu pai. Se perdeu no prédio.
- Por quê você estava chorando?
- Ele me contou uma história muito triste.
- Precisa de colo, Lua?
Seus olhos se encheram de água novamente.
- Sim, preciso sim Leke!
Sentaram ali mesmo, não conversaram, ficaram em silêncio, conversaram pelos olhares...
- Preciso ir. Devem está procurando por mim!
- Está bem, Lua?
- Sim.
- Não tem nada rolando entre o sobrinho de seu pai e você né?
~ ela riu~
- Não, eu gosto de outra pessoa. ~ piscou um olho e saiu~ Só não sei se ele gosta de mim.
- Ele se levantou e se aproximou-
- Olha, acho que sim viu.
Riram, beijaram-se e ela foi embora.
Abriu a porta de casa, e não viu ninguém, nem seus pais, nem seus irmão... Ficou preocupada, será que a irmã tinha feito algo?
Ouviu um barulho vindo do seu quarto. Sem nenhuma coragem, seguiu o barulho, quando chegou no mesmo tudo bagunçado. Entrou, fechou a porta, ascendeu à luz do quarto.
Entrou no banheiro para acender a luz, reparou algo escrito no espelho, já deveria está lá a algum tempo. Sentiu medo, pois reparava que aquilo que estava escrito no espelho... Era... Sangue. Quando leu a mensagem ficou desesperada não sabia se gritava seus pais, ou então simplesmente " deletava".
" Você teve a oportunidade, que eu nunca tive. Minha vez não acha? Minha vez de ser você!"
Decidiu chamar seus pais, mas dessa vez tirou foto, para que, quando voltasse ao banheiro, aquela mensagem não desaparecesse como antes. Saiu do quarto, porém seus pais ainda não tinham chegado, ou melhor, seu pai não havia chegado e sua mãe, junto com seus irmãos estavam desaparecidos, tentou ligar pra sua mãe, mas ela não atendeu, ligou pro seu pai, ele sim atendeu.
- Pai? Esta me ouvindo?
- Estou sim Lua, o que foi?
- Volte pra casa agora ~ fez uma voz de choro, muito forte~ por favor.
- Lua, o que foi?
- Pai, não quero ficar sozinha!
- Lua... Mãe... Telefone... Lua?
- Pai a ligação está...
Droga! Caiu... E agora? Foi na cozinha, com calma - saiu correndo, isso sim - ascendeu à luz e pegou um facão.
Ouviu um barulho, como uma porta abrindo, e coisas caindo no chão.
Não pensou duas vezes, correu atrás, entrou no quarto dos pais, e foi em direção ao closet, abriu a porta de madeira, da cor escura, e entrou empunhando a faca na mão direita.
- Lua?
- Mãe? << Seus olhos se encheram de água, o alívio tomou seu coração >> Sabrina? Thomás? ~ todos olhavam para a sua mão, soltou a faca, e os abraçou. >>
- Lua, o que aconteceu?
Ouviu um barulho na sala, pegou faca e foi atrás, seu medo? Não sentia mais, saber que sua família estava lá, lhe dava forçar para continuar.
Chegou de mansinho, reparou alguém na sala. Era seu pai, reparou ao ascender à luz.
- Lua?
Soltou a faca e correu para abraçá-lo.
- Me desculpe, por favor. Estava errada e agora sei disso.
- Lua, se acalme. O que está acontecendo?
~ cochichou, sua voz quase não saiu ~
- Eu sei sobre Estela.
Seu pai soltou a comida no chão. Olhou para ela com os olhos cheios de água, a abraçou, cochichando mais baixo que ela.
- Me desculpe. Eu não...
- Eu sei... Mas precisamos resolver isso!
Olhou para sua mãe, sua cara de assustada a aterrorizou, seus irmão exaltavam medo.
O clima ficou pesado, ninguém se movia, ninguém falava, ninguém respirava. O telefone tocou, dando um susto e quebrando o clima pesado, que lá estava.
- Alô?
- Lua?
- Sim, quem é?
- Aqui é Rosângela, sua coordenadora pedagógica, queríamos entender qual o motivo das suas faltas.
- Ah sim... Só um momento. ~ chamou seu pai~
- Alô. Aqui é o pai de Luanna Ferreira... Sim. Estamos passando por um problema um tanto quanto pessoal, na amanhã mesmo ela irá à escola. Tudo bem... Claro... Tenha um boa noite Senhora.
- Estranho, não são de ligar a essa hora ( Disse sua mãe entrando na sala de televisão com seus irmão), precisamos conversar...
- Todos nós! Falou seu pai sentando no sofá.
A sala de televisão era razoavelmente grande. As paredes eram bege, o sofá era aqueles que se transformam em cama, preto, com uma mesa, branca apoiando alguns objetos, uma cadeira também branca se alojava, ao lado de um banco, debaixo da mesa e a televisão pendurada na parede.
Seus irmãos sentaram na cadeira e no banco, sua mãe sentou no braço do sofá e ela << Lua >> ficou em pé, encostada na parede, ao lado da porta aberta.
- Amor, se lembra da nossa filha? A Estela?
- Sim.
- Quem? Falou Sabrina!
- Minha irmã gêmea! Só, que ela bem... (Fez uma pausa) Continue pai!
- Bom, a um certo tempo, venho recebendo mensagens ameaçadoras.
- Como assim?
Olhou para sua mulher, olhou-a como nunca, penetrou a sua alma, e só com esse olhar, ela entendeu!
- Continuando, no começo não me importei, porém as ameaças começaram a ser frequentes... Comecei a ter medo.
- Por quê não me contou?
- Medo, quando decidir ir a polícia... Lua... Parou no hospital. - seus olhos encheram d'água-
- Você já sabe quem é? Quem lhe ameaça?
- Sim mãe... E você conhece...
Conhecia... Conheceu, essa pessoa!
- Mamãe, estou com medo!
Seu irmão estava suando frio, se arrependeu de ter contado na frente deles, mas não tinha como voltar atrás.
- Meu irmão, estamos lhe contando isso, pra você e pra Sabrina, porque sabemos que vocês vão entender, esse é um assunto sério...
- QUEM QUER VINGANÇA?
- Es-te-la. Seu pai falou em direção à sua mãe.
Fez cara como se não entendesse, olhou para Lua, e com um olhar ela perceberá que era sério.
- E o que faremos?
- Venceremos!
- Como, Lua?
- Vamos pegá-la... Não sei como, não sei a onde, mas iremos!
Todos se deitaram pra dormi, claro que todos dormiram num só quarto. Seus irmãos e Lua, levaram um colchão, um de casal e outro de solteiro. Sabrina e Thomás dividiram a cama de casal, eram bem unidos, ela deitou na cama de solteira.
O pai, logo dormiu, Sabrina e Thomás, nem se fala, porém a mãe e Lua, essas sim demoraram pra dormir.
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Secret Life
Mystery / ThrillerEntão é assim? Seria esse o seu fim? Depois de tudo que lutará, tudo que enfrentará, depois de ter descoberto tudo... Nem parece que a uma semana atrás, estava tudo normal. Sua vida em si era boa, tinha seu pai, que trabalhava como engenheiro, sua m...