O começo de uma historia

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Quase não dormiu naquela noite, ainda era de madrugada, quando resolveu se levantar. Saiu do quarto sem fazer um barulho se quer, entrou no banheiro, e foi fazer coco, enquanto olhava o celular.
Cinquenta mensagens ao total.
Abriu primeiro de André:
"Lua, como assim vc está no hospital? Quando puder me respondi... Fui te ver, mas seus pais não me deixaram entrar.. Estou preocupado."
"Oi lua, está melhor?" Não sabia quem era, número desconhecido.
" quem é vc? " Foi sua resposta.
A outra foi de Leke"
" Lua, minha mãe ta melhor, foi pra cs ontem. espero te ver amanhã! "
"Ainda bem... Fico mais aliviada, pretendo ir, mas me promete uma coisa?"
"- Sou eu, Felipe! Não diga a ninguém que tem meu número! Precisamos nos encontrar, acho que sei como pegar Estela."
" -Como assim? "
"- Na escola conversamos."
"- Acordada a essa hora Lua? Leke respondeu.
- sim, na vdd não dormi Nd essa noite... 😕
- oush... PQ?
- ... Sem sono... Sl...
- Hm... Posso ir ai?
- as 3:10 da manhã?
- NÃO! As 3:11 da manhã! Kkkkkk
- Kkkkkk
- posso?
- acho melhor não...
- então, que tal irmos pro play? Só pra conversarmos...
- Precisa mesmo?
- sim! 😜
- Okay, me espere no play...
- 😁😁🎊🎊🎈🎈
- kkk
Trocou de roupa, mas ainda usava uma roupa de dentro de casa, vestiu uma calça folgada cinza, e uma blusa gigante branca, escovou os dentes, penteou e prendeu o cabelo, e quando ia a cozinha, seu celular tocou.
- Cadê você?
- Na cozinha de minha casa...
- Ainda? Não demora não...
- Pera, só vou pregar algo pra comer e desço.
- Pega pra mim também?
- Folgado! Pego sim.
Pegou uma vasilha, colocou dois pães e fechou, pegou, também, dois nescauzinhos e desceu...
Ficou com medo do elevador, ainda tinha em mente o que lhe ocorrera. Sentia-se observada, mas como?
Não sabia onde Leke estava, chamou por ele baixinho:
- Leke, cadê você?
Olhou para o lado rapidamente, ouviu algo caindo, foi atrás.
Sabe quando você está em
Um filme de terror e os espectadores ficam gritando pra menina:
"- não entre ai. O assassino está aí!"
Pois bem, esse era o caso.
Ela entrou no salão de festas do prédio, a porta estava aberta. Pulou a bancada onde ficava as comidas, andou de vagar, para não fazer barulho, mas não consegui evitar, que o seu dedo mindinho, se "encontra-se" com a mesa de plástico, branca, que encontrava-se la.
Outro barulho, olhou para trás, não viu ninguém, suava frio, estava morrendo de medo, sentiu um sopro na sua nuca, olhou para trás, lentamente, não tinha como se defender, ainda segurava a comida e a bebida, quando encarou o ser, que se encontrava parado em sua frente, pensou em gritar e sair correndo, mas percebeu que conhecia o ser humano ali.
- Você é idiota ou o que?
- Você tinha que ver sua cara... Estava hilária - Ria enquanto falava, ou melhor falava enquanto ria.
- Se foi pra isso que me chamou, com licença.
- Nao pera.
Lua saiu. Ele foi atrás, passou pelo corredor e chamou o elevador, entrou, a porta estava quase fechando quando uma mão aparece do nada, ela tem uma mine convulsão, mas logo percebeu, que era Leke querendo se redimir.
- Desculpa, só queria brincar um pouco, não fique chateada comigo não... Por favor.
<Ela o ignorou.>
- Quer saber?
Ele a jogou na parede, a comida e a bebida foi parar no chão, aprendeu entre seu corpo e a parede do elevador, tocou no seu cabelo preso, que fez o favor de saltar, tocou o seu andar, que por sinal era um dos últimos, ficou ao lado do ouvido dela e cochichou tão baixo, tão baixo, que ela quase não escutou.
- Eu gosto de você.
Ela ficou ali, paralisada, sem saber o que responder, queria voar nos braços dele e beijá-lo, mas não queria envolvê-lo nos seus problemas.
- Não vai falar nada?
O elevador abriu, ele pegou as coisas no chão, segurou o braço de Lua, e a levou até a sua casa.
Sua casa, na verdade a do seu primo, ao entrar, dava direto a uma parede branca, e ao se virar, via-se um sofá marrom escuro, em frente a uma TV, com uma mesa de jantar redonda, não reparou muito nos detalhes, ela nunca tinha ido lá - por incrível que pareça -.
Leke, não se segurou, colocou as coisas na mesa e beijou Lua de surpresa, ela foi na onda, não conseguia se separar...
Ele foi a empurrando para trás, de vagar, abraçando-a e beijando-a, caíram no sofá, Lua sabia onde isso iria parar, mas não conseguia sair, ela nem tentava fisicamente, pensava, mas não conseguia.
A mão de Leke, enquanto a beijava, ia pela blusa, até ir de encontro ao sutiã, que abria pela frente, parou tirou a sua blusa branca, com uma estampa de uma onda quebrando, jogou no chão e olhou para ela como se perguntasse "- topa?"
Ela parou, se levantou... não podia envolvê-lo...
- Por que?
- não é você... Sou eu..
- Ata... Desculpa de novela.
- Não... Serio, estou passando por um problema...
- então deixe eu fica do seu lado nesse momento difícil, - falou interrompendo-a - não me deixe ficar sem você, prefiro morrer.
<<E se ficar comigo você vai morrer, pensou...>>
Sentou ao lado dela, olhou-a nos olhos e disse:
- Posso me arrepender disso, mas eu te amo Lua, desde de o momento que eu te vi, não sei explicar... é algo mais forte do que eu... Não me pesa para ficar longe de você, não me pesa uma coisa impossível...
- Eu também gosto de você.
Foi o suficiente. ela sentou em cima dele, e o beijou, ele a carregou, e a levou para seu quarto.
- E seu primo?
- Ta na casa da namorada, o quarto é só nosso...
Sentiu seu rosto ficar vermelho, o abraçou, entraram no quarto.
Tinha uma cama de casal, e uma cama de solteiro, ele a deitou na de solteiro, voltou e fechou a porta devagar, para não fazer barulho, o olhou o relógio, eram 3:59 da manhã, mostrou para ela, ambos riram.

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