O pesadelo - capitolo 08

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Despertador...
Era tudo um sonho... Quem dera fosse real, tê-lo nos meus braços, me querendo da mesma forma, que eu o quero...
Se levantou, seu pais e seus irmãos já não estavam mais no quarto... na verdade, onde ela estava?
Era um lugar estranho, desconhecido. As paredes brancas, com uma cama de solteira, um travesseiro e uma coberta fina.
Foi na janela do quarto para ver se descobria onde estava, mas não abria muito menos a porta do quarto.
Começou, então a se desesperar. Não sabia onde os seus pais ou seus irmãos estavam... E muito menos onde ela estava.
- Socorro! Socorro! ALGUÉM?!
A porta abriu devagar, como se alguém a abrisse, mas não havia ninguém de trás. Olhou tudo ao seu redor, entrava numa sala, talvez, com uma outra cama, uma estante e outras três portas. Que estavam trancadas... Forçou a fechadura, mas não consegui entrar. A única porta que abriu foi a do banheiro. Tinha uma janelinha bem pequena, que só passava a cabeça dela. No banheiro, com azulejos azuis, tinha tudo o que um banheiro necessita. Perto da janela, se encontrava o vaso sanitário.
Subiu em cima dele e colocou sua cabeça para fora. Entrou em desespero. Estava no meio do nada. Gritou socorro, mas sabia que ninguém poderia lhe ouvir. Ela apenas sentou no vaso e começou a chorar. Será que só ela estava lá? E seus pais e irmãos? Será que era coisa de Estela? Seria apenas um sonho?
Ela olhou para a pia e viu um bilhete ao ler seguiu as seguintes instruções:
" Olá, Luanna, temos as seguintes tarefas e normas para você:
1ª : Arrumar a casa.
2ª : As 18:30, em ponto, deve se deitar!
3ª : terá acesso ao banheiro, duas vezes ao dia, após acordar e antes de se deitar!
4ª : comerá as 7:00, em ponto, na cozinha, se merecer. Terá 10 minutos para fazer todas as refeições
5ª : Jantará as 17:30, em ponto, na cozinha, se merecer. Terá 10 minutos para fazer todas as refeições.
6ª : seguir todas as nossas normas.
7ª : nem tente fugir. Haverá conseqüências.
8ª :As portas se abriram sozinhas. Se não se abrirem, significa que você não tem acesso.
9ª :Acordara todos os dias as 6:00 em ponto.
10ª: Vá a sala de jantar. Após ler isso, lá terá um outro bilhete para você.
Saiu do banheiro... Sabia que tinha que seguir as normas, entrou em um pequeno corredor, com uma janela, agora aberta, mas com grades, que nem permitia a passagem da sua cabeça. Desceu as escadas. Sabia que estava em uma casa com dois andares, se perguntou se tinha porão, ou até mesmo, sótão.
Ao descer todas as escadas, encontrou uma mesa com seis lugares. O que assustou, foi que os seis lugares estavam ocupados por bonecos... Um pai, uma mãe, duas filhas e um filho. Mas tinha um boneco parecida com ela, mas a mesma sabia que não era ela ali... Sabia que era seu pai... Seus irmãos e sua mãe... "Ella" se sentava la, como boneco, mas onde ela se sentaria?
Resolveu tirar a boneca, e antes que pode-se carregá-la, uma voz começou a ser escutada.
"Olá, Luanna, quer brincar?"
Gelou. - sabe aquele filme que tem um palhaço escroto? Jogos mortais... -
Ela seguiu em direção a tv, saiu da sala de jantar e foi para a do lado. Tinha uma televisão, um sofá de três lugares e duas poltrona, uma em cada canto da sala. Sentou no sofá. Na TV, não se via muita coisa. Apenas um cabelo ruivo. Sim, era Estella.
"- Olá, Luanna, quer brincar? Acho, que não percebeu que uma das portas - tinha mais 4 no térreo - está se abrindo agora, vá lá e pegue os produtos de limpeza. todo dia fará isso!
Esse é Sam, seu... como posso dizer, "fiscalizador" de tarefas. E ele não é o único, ainda temos, Renato, Diego, Marcelo, André, Luiz, Gabriel, Joao, Marcos, Alex... entre outros muitos outros, todos eles estarão ao seu favor. -falou ironicamente- 
- Agora vá comer algo, antes que passe mal.
Dirigiu-se até a sala de jantar, olhou novamente para a mesa, quando foi empurrar uma cadeira, para assim poder sentar, o Sam a empurrou de uma maneira que a fez parar no chão, cairá de mal jeito e bateu a testa no chão, sentiu uma grande dor, pôs a mão em cima e olhou-a para ver se estava sangrando.
- Anda logo seu vadia imunda, se não irá apanhar.
Ainda desnorteada por conta da queda, Lua, não conseguia se estabilizar mentalmente, foi aí que o gigantesco Sam, a puxou pelo braço, já machucado por conta da queda, e a levou até a cozinha.
- Comerás ai!
A rumou novamente no chão, ela não conseguia sentir nada, nem ódio, nem medo, nem rancor, nem merda nenhuma, ela simplesmente caiu com a cabeça no chão novamente, porém com uma violência tão imensa que sua cabeça começou a sangrar.
- Preciso de um esparadrapo, minha cabeça está sangrando. ( falou em um tom tão baixo que ela mal conseguia escutar)
- Fale mais alto sua vagabunda!
- Preciso de um esparadrapo, minha cabeça está sangrando. ( Falou em um tom alto e claro)
- Deixe-me ver. Fingiu examinar e a virou, a rumou na parede, a prendeu na mesma e a olhou.
- Não tem nada ai! Coma logo - falou enquanto a saltava e pegava uma tigela de cachorro e soltava no chão - e coma tudo!
Ela o olhou, não sabia o que responder, apenas o obedeceu.

Seu dia foi isso, obedecer, limpou a casa inúmeras vezes, mas sempre que terminava alguém, de propósito, ia lá desarrumava.
Se irritou, todos os sentimentos, todo o ódio, raiva, cansaço, medo, tudo veio átona.
- Chega, não fiz porra nenhuma, sofro com isso! Cadê meu pais, meu irmão e minha irmã, minha verdadeira irmã!
Alex, era que estava tomando conta dela.
Um homem de estatura mediana, cabelos pretos e barba grande, fedia a bebida.
Quando lua se revoltou ele começou a espancá-lá, bateu primeiro na saia cara, que a fez cair no chão, começou a chutá-la, várias vezes, lua sentia que ia desmaiar, sua roupa estava avermelhada por causa do seu sangue, não conseguia se mover, estava prestes a desmaiar, quando ouviu uma voz:
"- pare! Está maluco? Quer morrer?"

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