Capitulo 3

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Nicolas Greco

- Senti saudades, você não? - Fecho os botões da camisa com a simples intenção de estar totalmente vestido e ir embora. Assim que terminei com ela, tomei um banho rápido e busquei minhas roupas. A voz dela é tomada de certo sentimentalismo, o que é totalmente o contrário do que eu deixei claro que não deveria acontecer.

Olho pra ela, que me fita esperançosa, a pele morena reluzindo, totalmente suada pelo sexo, ainda completamente nua sobre a cama. Despudorada se move sem cobrir um único centímetro do corpo cheio de curvas e que no momento já não me causa nenhum interesse.

- Você sabe a resposta, - Viro-me de volta ao móvel onde estão meu relógio e a minha arma, pegando-os.

É sempre assim, eu me sinto necessitado, me satisfaço e vou embora, quando a necessidade aparecer novamente eu volto, ela deve ser a trigésima sétima que ocupa esse posto.

- Você não tem sentimentos? - Sinto ela atrás de mim. Suspiro buscado paciência, porque eu deixei claro que não conversaríamos, qualquer tipo de conversa estava fora de questão.

- Você não é muito inteligente, - Viro-me pra ela e ponho minha arma no devido lugar.

Os olhos dela brilham de raiva.

Dei por encerrado nossos negócios e me retirei ao som de alguns gritos indignados e certa choradeira, nada que ela não consiga superar. Dei ordens ao meu assistente pra efetuar todos os devidos pagamentos a moça e auxilia-lá pra que deixe o apartamento livre e claro envie outras opções.

Entro no meu carro, eu mesmo dirijo, sempre gostei de dirigir, a ideia de ter um motorista nunca me agradou, sem falar que seria apenas alguém ciente de tudo que eu faço e exatamente onde vou ou estou.

O celular toca e atendo.

- Oi pai.

- Onde você está? - A voz grave e controlada interroga.

- Indo pra casa, chego em quarenta minutos.

- Maldita mania essa sua de dispensar os seguranças Nicolas, - Diz irritado.

- Já estou indo pai, nada vai acontecer, relaxa.

- Não abuse da sorte, a sua mãe está a sua espera, você sabe que ela quer todos a mesa.

- Sim senhor.

Eu sei que ele tem razão, mas detesto ser monitorado o tempo inteiro. Aperto um pouco mais o pé contra o acelerador e aproveito o alcance potente da velocidade que o carro pode atingir.

Entro em casa e sigo o número considerável de vozes que se encontra na sala.

- Tio Nicoias, - A pequena ruivinha esperneia, pula do colo da mãe e corre em minha direção, se jogando sorridente nas minhas pernas.

- Oi princesa do tio, - Pego-a nos braços.

- Onde você tava tio Nicoias, - Ela pergunta imediatamente, com a voz doce que eu tanto amo.

Quando eu cheguei da viagem à Alemanha ela dormia e ao sair ela ainda não havia acordado, por isso não a vi.

- É tio Nicolas onde você estava? - O Adam e enfatiza debochado.

- Eu estava resolvendo umas coisas, mas agora estou de volta, e você está linda como sempre, duas semanas longe de você não diminuiu em nada sua beleza Sophie, - Ela me olha sorridente e orgulhosa pelo elogio.

- Ah tio Nicoias, - Deus como eu vou sentir falta, quando ela acertar, me chamando de Nicolas e não mais Nicoias.

O jantar em família como sempre, seguiu cheio de comentários sarcásticos e maliciosos, não muito adequado para uma criança prestes a completar três anos, mas nós definitivamente não seguimos determinados padrões.

SECRETS: Prazer Vol. 3 - 1ª Edição Onde histórias criam vida. Descubra agora