18. See the truth

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No dia seguinte Draco entrou na mansão e foi direto até o escritório de seu pai. Ao entrar no cômodo sem cerimônia no cômodo, Lucius o encarou com frieza da sua grande mesa.

— Onde estão os seus modos? – Lucius perguntou.

— Perdão, mas há algo que me incomoda. – Draco falou e continuou de pé.

Lucius também não o convidou, apenas observou o filho e esperou que continuasse.

— Estás sendo amigo de lobos agora? – Draco perguntou estreitando os olhos, mas Lucius não pareceu abalado, apenas escorousse em sua grande poltrona e continuou a mirar seu filho.

— Você quis dizer, nós somos amigos dos lobos. Estou errado?

Draco tentou ao máximo não demonstrar nenhuma emoção, e com coragem continuou o encarando.

— Como disse? – Draco perguntou franzindo o cenho em gesto de dúvida.

— Não banque um bobo da corte com essa sua atuação péssima. – Lucius disse erguendo-se e caminhando até a frente de sua mesa.

— Ontem, no baile – Lucius continuou. — Você trouxe um amigo e para o seu bem, não tente negar.

Draco não pensava em desmentir, mas desejava que pudesse de alguma forma tirar da lembrança de Lucius e de qualquer outra pessoa que tenha visto Harry. Desejou também que pudesse voltar no tempo e deixar o Potter desmaiado antes que pudesse pensar em ir naquele baile.

Por tudo isso, Draco continuou calado observando seu pai caminhar calmamente pelo escritório e pegando um livro na grande estante, criando uma espécie de ambientação casual e não tensa naquela conversa.

— Por que você o saiu levando-o embora tão cedo? — Perguntou Lucius. — Ele não aceitou ser seu mais novo, como disse?! … amigo?

— Ele não é meu amigo e nem deveria ter entrado na festa. – Draco falou com o máximo de certeza na voz.

— Ora Draco, porque não? – Lucius questionou fingindo um tom de tristeza e vendo que Draco ficava um tanto irritado com a situação.

— Eu gostaria de saber apenas o porque do Alfa da matilha mais próxima estava fazendo aqui! – Draco disse rapidamente.

Lucius riu e em seguida gargalhou como se debochasse de Draco.

— Bem… – Lucius disse controlando o riso para poder continuar. — Nós temos alguns assuntos em comum.

— Posso saber do que se trata?

— De forma alguma Draco, não seja estúpido! – Lucius terminou grosseiramente, não surpreendendo nenhum pouco Draco.

— Eu lhe contaria se você não fosse uma perda de tempo para mim. – Lucius disse. — Se você levasse a sério o que nós somos!

— Eu nunca concordei com isso. – Draco falou baixo, mas o suficiente para que seu pai ouvisse.

— VOCÊ DEVERIA ME AGRADECER! – Lucius gritou e Draco o observou voltar para sua poltrona. — Saia da minha sala antes que eu mesmo arranque sua cabeça com minhas próprias mãos.

Draco não pediu licença para se retirar, apenas seguiu em direção a porta. Mas antes de sair o outro falou:

— Avise seu amigo que o tempo está acabando.

Draco o olhou e Lucius ainda continuou.

— E se você estiver no meio deles, irá junto.

Em seguida Draco saiu do escritório.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora