Onze anos depois.
Agora Harry tinha vinte e oito anos e acabava de vestir uma calça jeans surrada e uma camisa preta simples para conhecer o novo bebê de seus amigos, Hermione e Fred Weasley.
Chegando lá, a filha mais velha do casal, Rose, foi quem abriu a porta e ao segurar Harry pela mão saiu levando-o até a sala onde o bebê dormia calmo e pleno em um mini berço.
Harry cumprimentou os amigos que se ergueram do sofá ao vê-lo chegar apenas com um aceno tendo cuidado para não fazer nenhum barulho que pudesse acordá-lo.
- É perfeito. - Harry sussurrou sem tirar os olhos de Hugo.
O menino era uma segunda mistura do casal, apesar de não ter muito cabelo ainda, Harry sabia que iria acabar parecendo com os dois.
- Quer segurá-lo? - Fred perguntou também baixo.
- Não quero acordá-lo.
- Não será um problema, Harry. - Hermione falou. - Já está quase na hora da comida.
Logo em seguida seu marido tirou o bebê com cuidado e o colocou devagar nos braços de Harry.
Ao contrário do que imaginava, Hugo não acordou e nem deu qualquer sinal de desconforto. Muito pelo contrário. Apenas suspirou e continuou a dormir. Todos riram baixo da forma com que o bebê parecia gostar dos braços de Harry e até dele mesmo que sentia-se encantado pelo pequeno ser humano.
- Isso só prova que está na hora de ter os seus hein, Harry. - Fred falou e Hermione deu um sorriso amarelo por saber a verdade sobre o amigo.
Aquilo não fazia parte dos plano de vida que Harry imaginava.
Depois daqueles dias acorrentado Harry havia aprendido a lidar com seu poder, força e forma. A partir disso, começou a trabalhar como seu pai James fazia: ajudando pessoas recém transformandas a ter um conforto, um amigo e alguém que lhe ajudasse a lidar com a novidade, muitas vezes, inesperada.
Então ter filhos que poderiam herdar esse tipo de diferença do resto das pessoas, não era uma opção. Mesmo tendo uma pequena vontade de ser pai, cuidar de alguém que seria sua família, uma família que ele mesmo teria procurado construir. Harry guardou isso no fundo de seu coração, em um lugar bem escondido.
- Não acho uma boa ideia cara. - Harry falou calmamente para Fred que pôs no rosto um sorriso fraco.
Horas depois, quando Harry já voltava pra casa a pé, refletia e agradecia por seus amigos terem uma vida comum. Conseguiram construir suas famílias sem surpresas de crianças com poderes mágicos levitando um coleguinha enquanto brincava ou botava fogo no próprio sofá. Ou até mesmo problemas com algum dos pais se transformando em lobo em um dia que deveria ser completamente normal.
Bastou dobrar na rua de sua residência que percebeu ser vigiado por alguém. Mesmo assim, ele não olhou para os lados e nem fez movimentos bruscos. Apenas continuou andando normalmente.
Como um ataque surpresa não vinha apesar de já ter caminhando o suficiente, Harry já podia imaginar do que e de quem se tratava.
- Mãos ao alto, lobinho.
Harry sorriu parando de caminhar, levando as mãos ao alto, sem virar-se para a voz que vinha das suas costas.
- Agora você pode ir virando devagar. - ela falou e Harry não demorou a fazer isso.
Ele sorriu um pouco mais quando viu que sua irmã, Hope, tinha um arco e fecha posicionado de forma correta e apontando direto para sua cabeça.
Hope era uma garota esperta, teimosa e muito determinada. Em sua aparência era como ver uma versão feminina de Sirius Black.
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I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏ
Fiksi PenggemarDraco Malfoy foi obrigado por seus pais a se tornar um vampiro. Adquirindo inimigos. Sendo odiado e temido. Harry Potter imaginava que seres sobrenaturais não se passavam de histórias inventadas por adultos, o que ele não podia imaginar era que sua...