A luz que me falta

Verdades cobertas por mentiras

No dia seguinte, Manjiro sabia o que fazer, iria tirar essa história a limpo. Não poderia perguntar diretamente para Kokonoi, pois o mesmo iria desconfiar e tentar tramar algo.

-Cof cof- Tekemichi levanta da cama onde dormia ele e Mikey.

-Oh, te acordei?- diz o maior em pé na janela fumando um cigarro.

-A, não... É que senti o cheiro.- fala meio sonolento por ter acabado de despertar.

- Desculpa- Sano apaga o cigarro e joga o mesmo pela janela- Hoje temos muito o que fazer, vamos encontrar alguém então trate de comer bem o café da manhã.

-E você? Não vem comer?- esfrega os olhos na tentativa de se conectar com o mundo, ainda era muito cedo (10:00 da manhã).

O maior nega com a cabeça dizendo que já havia comido, óbvio que era mentira, mas para não preocupar seu companheiro decidiu mentir. Os de cabelos curtos e negros cujo era raspado aos lados, decide dar uma caminhada matinal para que o garoto pudesse se arrumar para irem encontrar a tal pessoa.

Dentro de uns 15 minutos Manjiro volta e vê o menino pronto. Ele usava algumas roupas que Mikey ainda tinha em seu guarda roupa, eram elas uma blusa branca meio larga e uma calça preta. Sano achou muito fofo a combinação, pois o corpo do menino era nem tão forte e nem tão fraco, ou seja, as roupas ficaram certinhas.

-Quem é essa pessoa que vamos encontrar e porque devo vestir máscara?- Pergunta confuso após o seu 'salvador' lhe entregar uma máscara azul marinho.

- Não podem te reconhecer, se aquele homem que você diz é aquele cara, você corre perigo. E sobre o homem que vamos encontrar, logo você irá saber quem é.

Os dois entram em um carro que com certeza não estava ali ontem, alguns capangas de que ainda respeitavam Mikey deixara ali noite anterior. A casa de Manjiro é um pouco longe da cidade, levou cerca de 1 hora para chegar nela e mais cerca de 40 minutos para chegar no local combinado.

- Pensei que estivesse fora de jogo- um homem de cabelos pretos mais alto que os dois aproximou-se do carro dando espaço para Sano sair.

- E estou, apenas preciso de algumas informações. Aliás, conseguiu elas?- agora parado em frente ao homem de terno, conversa com o mesmo discutindo sobre as informações que queria.

-Hm, sobre os pais do menino. Eles apostavam muito, poderia ser em corridas, competições e etc. Consequentemente perderam uma grana para um grupo e ficou com dívidas, para quebrar isso pediu empréstimo para Kokonoi que atua na Bonten como executivo, não que já não saiba. Enfim, com isso não conseguiram pagar Kokonoi e então tirou a vida dos dois.

-Bom, isso já estava na cara. Kokonoi faz empréstimos mas os juros vão aumentando para ganhar dinheiro em cima. Mas eu não entendo de deixarem o garoto vivo, Kokonoi não tem piedade.

-Se quiser posso fazer você conversar com os envolvidos do dia do assassinato.

-Faça isso, te pago a mais. - Mikey entrega um envelope que contém um bom dinhero para as informações.

Após voltar ao carro percebe o olhar de preocupado do menor que havia ficado o tempo inteiro no carro durante as ações. Sano esboça um sorriso fraco para acalmar o menor.

-Não se preocupe, ele é um policial e só está nos ajudando descobrir o que houve para os seus pais acabarem assim- afaga o cabelo do mais novo que retribuí com um sorriso- Quer tomar um sorvete? Aposto que não toma um faz tempo.

-A gente pode? Digo, eu não posso ser visto né? - a empolgação do mesmo já revelava que não tomava um a muito tempo.

-A gente pode tomar no carro- depois de sua fala, Sano sai com o carro indo em uma sorveteria pequena que ficava a poucas distâncias dali. Assim que chegaram, o mais velho vai buscar os sorvetes que foi pedido do mais novo.- Aii, quase não tinha o sabor que você pediu.- o mais novo solta uma risada após ver alguns vestígios de seu sorvete na boca de Manjiro- Do que está rindo pirralho?

- Achou que eu não iria notar que roubou meu sorvete? - não aguenta depois de ver o rosto branco do mais velho a passar para um tom rosado e cai na gargalhada- Você não presta mesmo ein.

-Da próxima não compro viu- diz já irritado mas não deixa de sorrir de canto quando escuta os risos do mais novo, desde de a morte dos seus pais não viu um único sorriso em seu rosto. Estava orgulhoso por sua ação ter feito a alegria em seu rosto.

         ~Quebra de tempo (1 semana) ~

        

Naoto que foi o policial que ajudou nas informações, fez seus contatos e conseguiu encontrar um cara que estava no dia. Manjiro estava se encontrando com esse cara nesse exato momento, Take estava com Naoto pois Sano estava com medo de que poderia acontecer se o mesmo fosse.

- Me explica agora porque pouparam a vida do menino, sei muito bem que seu chefe não liga muito para vidas alheias.

-O chefe queria que o menino virasse prostituto para pagar as divídas dos seus pais.

-QUE PORRA VOCÊ FALOU?

Continua..