Eu não me sinto relaxada.

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Depois que o Aidan conversou com a sua mãe no hotel, a gente voltou para casa e o caminho todo foi um silêncio constrangedor, eu me sinto estranha, quer dizer a gente se beijou, de verdade e eu gostei, ai que ódio, eu gostei. "Mas não importa, vou fingir que isso nunca aconteceu e vai ficar tudo bem".

— Eu vou dormir na sala hoje — Aidan me avisa ao entrarmos na casa e eu fico sem entender.

— Por quê? — Questionei o fazendo me olhar.

— Você quer que eu durma com você hoje? — Pergunta ele me encarando e eu fiquei sem graça.

Na hora eu pensei e pensei, o beijo que tivemos poderia virar outro beijo e que viraria algo a mais, então é melhor ficarmos separados, por essa noite, pelo menos até as coisas se acalmarem.

— Não, deixa para lá — Digo e subo as escadas indo direto para o quarto.

Eu não sei porque eu estou me sentindo nervosa perto dele, deve ser por causa do beijo, eu vou dormir e quando acordar amanhã, tudo vai voltar ao normal. "Eu não estou gostando dele, tá tranquilo, não sinto o meu coração acelerado, então esta de boa".

(...)

Eu acordo assustada com um barulho de buzina, então eu percebi estar no banco passageiro do carro e que o Aidan estava dirigindo do meu lado. "Será que eu estou tendo um sonho maluco?".

— Você acordou, que bom, você tem um sono pesado hein, eu te arrastei até o carro e você não fez nada além de falar coisas sem sentido e voltar a dormir — Diz ele e olha para mim que estava com seus óculos de sol, então eu simplesmente encosto a minha cabeça no banco e fecho os olhos, é com certeza um sonho e eu vou acordar na minha cama — Bela, acorda, que a gente tá indo para um lugar muito legal.

— Shhhh... Fica quieto, que você é apenas uma imagem na minha cabeça, então eu vou projetar o meu cérebro para eu sonhar que estou em Paris — Respondo sonolenta e querendo voltar a sonhar com algo que preste. "Eu não posso nem dormir que ele invade os meus sonhos, que saco".

— Isso não é sonho, a gente esta mesmo em um carro indo para um lugar, que você não sabe, o que deixa tudo muito suspeito — Ele fala e eu abro os olhos irritada, então eu percebi que estou usando um moletom, uma calça e que estava de tênis.

— Eu não estou sonhando?

— Não.

— Você trocou a minha roupa? — Questionei sobre eu estar de moletom, me lembro muito bem de ter dormido sem ele. "Ai meu deus, será que ele me viu pelada?".

— Na verdade, eu coloquei essas roupas por cima do seu pijama, então quando chegar lá, vai poder se trocar melhor, eu só achei melhor te cobrir — Responde ele e dou um soco no braço, que assustou ele e o menino quase bateu o carro, coloco a mão na boca chocada — Ai ficou maluca, quer matar a gente. "Droga, é ele de verdade".

— Foi mal, eu queria conferir que eu não estava sonhando e também por me trocar.

— Você é maluca.

— Você que é, colocou roupas em mim, me jogou aqui no carro e tá me levando para um lugar que sabe deus, onde? Você é o quê? Um psicopata?

— Eu não sou um psicopata.

— Um psicopata, não assumiria que é um psicopata e que tudo isso que tá acontecendo foi um plano para me traficarem, para eu ter que me tornar uma escrava sexual no Paquistão — Digo olhando para os lados e eu seguro a câmera que gravava a gente no carro — Se estiverem gravando, mãe, eu quero que saiba que eu vou fugir. "Eu não posso acabar assim".

Ⲙє "ςαѕєι" ςσм υмα Βяαѕιℓєιяα.  ᵃᶤᵈᵃᶰ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora