🐺 Capítulo 22 🐺

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Era bom estar em família

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Era bom estar em família.
Enquanto minha mãe, Selene e eu assávamos nossa
terceira torta do dia, um morango-ruibarbo que eu
sabia que faria Aiden babar, eu as ouvi tagarelar e
sorrir.
Eu estava começando a me sentir uma pessoa normal
novamente.
Como eu era.
— ... e tudo o que estou dizendo é que, se Jeremy
está disposto a trabalhar horas extras na Casa da
Matilha, você pensaria que seus assistentes também o
fariam, — reclamou Selene.
— Todos os homens desta família são workaholics, —
minha mãe disse, acenando. — Até mesmo seu pai. Ele é
um humano e ainda tem o dobro da resistência da
maioria dos lobos.
— Espero que ainda estejamos falando sobre
trabalho, — eu disse com uma careta divertida.
— A Bruma está viva e forte! — Mamãe declarou.
— Você me conhece. Não há nada do que se
envergonhar. Somos abertos nesta família.
— Sim. Abertos até demais! — Selene disse, rindo.
— Como pernas abertas. Sempre.
— Vocês podem parar? — Eu implorei. — Esta torta
está começando a perder sua inocência.
— Pelo que ouvi, é o afrodisíaco do Alfa, — disse
minha mãe com uma piscadela. — Então, quando as tortas
foram inocentes?
— MÃE. PARE.
Mas estávamos todas rindo incontrolavelmente agora.
Esta foi a primeira vez que pensei sobre a Bruma em um
tempo. Depois da Gruma e depois de perder o bebê, era
difícil pensar em sexo da mesma forma.
Mas agora, agindo como se tudo estivesse normal,
senti um leve latejar dentro de mim. Um puxão no meu
umbigo. Uma sugestão de calor derretido que sugeria...
que a Bruma estava longe de terminar.
Em breve poderei até mesmo ser capaz de agir sobre
isso, quem sabe?
— Você ouviu isso? — Selene perguntou com uma
carranca. — Eu pensei ter ouvido a campainha.
— Quem viria? — Perguntei. — Eu acho... — Mas então
eu ouvi também, o som alto de alguém batendo na porta.
Alguém estava ali.
— Sienna, — disse Selene, — Suas mãos estão menos
sujas, você se importa?
Eu balancei a cabeça, limpando a farinha do meu
avental. Então eu caminhei até a porta da frente,
abri-a e pisquei, surpresa.
— Jocelyn, o que você está fazendo aqui?
— Oi, Si. Podemos conversar?

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