🐺 Capítulo 26 🐺

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Eu cambaleei para fora do clube, segurando Michelle para me apoiar

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Eu cambaleei para fora do clube, segurando Michelle
para me apoiar. Quando passamos a fila, vi Mia e Erica
perto da frente, acenando para nós.
— Espere, — disse Mia, confusa. — Onde vocês duas
estão indo?
— É sério que já estão saindo?! — Erica estava
fervendo. — Cancelei um encontro para isso. E eu tô
quase explodindo de tanta Bruma!
— Foi mal, meninas! — Michelle gritou, movendo-nos
em direção ao estacionamento. — Mudança de planos,
divirtam-se!
Eu me senti mal arrastando-as para fora naquela
noite, apenas para escapar depois. Mas com base no
quanto eu tinha bebido, e quão agitado o dia já tinha
sido, não havia como voltar atrás agora.
Eu me virei para o segurança e apontei para minhas
duas amigas. Ele me deu um aceno conciso e as levou
para dentro. Era o mínimo que eu podia fazer.
Quando vi o carro de Aiden esperando no
estacionamento, suspirei de alívio.
— Ele está aqui, — eu disse.
Michelle me cutucou.
— Claro que tá. Ele é seu companheiro.
Ele saiu para abrir a porta do passageiro para mim
e Michelle me entregou como se eu fosse uma boneca de
pano.
— Eu não estou tão bêbada, gente, — eu protestei.
Eu estava preocupada que Aiden ficasse com raiva,
considerando que eu fugi no meio do almoço. Mas não
havia nada além de calor em seus olhos.
E o leve cheiro de uísque em seu hálito.
— Você tem bebido também? — Perguntei. — Você está
bem para dirigir?
— Um copo não vai doer, — respondeu Aiden. — Venha
aqui.
Ele gentilmente me abaixou no carro e fechou a
porta. Eu ouvi Michelle entrar no banco de trás atrás
de mim e esperei enquanto Aiden voltava para o banco
do motorista.
Eu pensei que ele poderia simplesmente ligar o
carro e nos levar embora, mas em vez disso, Aiden
pegou minha mão, me olhou nos olhos e se inclinou.
Então ele me beijou.
Foi o beijo mais amoroso e terno que eu poderia me
lembrar que meu companheiro já me deu. O gosto do
uísque em seus lábios era inebriante.
— Você está bem? — Ele perguntou quando se afastou.
— Melhor agora.
— Eu não queria te espantar. Se você ainda quiser
dançar
— Não, Aiden, — eu disse. — Tudo que eu quero é uma
casa vazia e silenciosa, sem ninguém nela. Só você. E
eu.
— Acho que consigo fazer isso, — disse ele, olhando
pelo retrovisor. — Michelle, vou deixar você em casa,
certo?
— É bom ter um motorista Alfa! — Disse ela, rindo.
— Obrigada, sério.
— O prazer é meu.
E com isso, Aiden ligou o motor e deixamos o clube
para trás, a caminho do santuário.
Depois que deixamos Michelle e Aiden me levou para
casa, tudo em que me peguei pensando foi na noite,
três anos atrás.
Quando Aiden me salvou do clube. E me trouxe aqui.
E me beijou pela primeira vez.
O meu primeiro beijo.
Apesar de todo o terror que o precedeu, aquele
momento foi tão romântico. Tão perfeito .
Eu me perguntei se esta noite poderíamos recapturá-
lo. Se, como naquela noite, anos atrás, pudéssemos
deixar o horror para trás e ficarmos perdidos um no
outro por um momento.
Aiden deve ter lido minha mente porque, ao abrir a
porta da frente, ele me pegou e me carregou para
dentro e subindo as escadas.
— Aiden! — Exclamei, surpresa e sem fôlego. — Eu
sou perfeitamente capaz de andar, você sabe.
— É bom segurar você.
Enquanto ele subia cada degrau, balancei contra ele
e senti seus dedos ásperos esfregar contra a pele
macia de minhas pernas nuas. Isso enviou uma descarga
de adrenalina correndo por mim.
E agora uma velha sensação adormecida começou a
crescer dentro de mim enquanto nos movíamos cada vez
mais perto do quarto.
Era quente, pesada e eu conseguia senti-la
profundamente.
Na verdade, parecia muito com... a Bruma.
— Aiden, — eu disse sem fôlego. — Você...
— Sim, — disse ele. — Ah, sim.
Seus olhos estavam em chamas agora, e seus passos
eram apressados. Ele me queria naquela cama o mais
rápido possível. E eu também queria.
Pela primeira vez desde que perdemos nosso filho,
meu corpo não parecia frágil ou fraco. Sentia fome.
Ele fervilhava de impulsos perdidos.
Por fim, Aiden me deitou na cama, em cima de mim e
beijou meu pescoço, causando arrepios na espinha.
— É muito cedo? — Ele perguntou. — Desde...
— Não, — eu disse, balançando minha cabeça. — Eu
preciso de você agora. Mas, Aiden...
— Sim, Sienna?
— Desta vez, podemos apenas ser...
— Serei delicado, amor, — disse ele, compreendendo.
— Nem sempre temos que ser tão rudes.
— Normalmente gosto assim, mas...
— Entendo.
Ele realmente entendeu. Porque o que meu
companheiro fez a seguir foi me presentear com a
massagem mais suave e sensual que eu já tive.
Dos meus pés até minhas coxas, acariciando, mas com
cuidado para não penetrar no meu sexo, Aiden me tocou.
Eu tremi quando ele lentamente deslizou e circulou
seus dedos, tocando-me como um maldito piano.
Ele pressionou e empurrou contra minhas curvas mais
delicadas, terminações nervosas e pontos fracos. Minha
barriga até meus seios e pescoço. Na minha cara.
Meu rosto. Eu segurei suas mãos enquanto elas me
apertavam lá. Então trouxe meus lábios aos dele.
Eu nunca tinha percebido o quão provocador, como
mal se tocar, como a contenção poderia ser tão sexy.
Quando Aiden lentamente, suavemente deslizou dentro
de mim, toda a tensão do meu corpo se dissipou, e logo
estávamos balançando para frente e para trás como as
ondas na costa.
Cada movimento sutil parecia maior e mais
intensificado do que todo o sexo violento que já
tínhamos feito.
Um dedo no meu lábio.
Uma lambida circular em volta da minha aréola.
Uma pulsação de seu membro quando ele parou dentro
de mim.
Eu podia sentir tudo isso. Eu pude realmente sentir
de novo.
— Aiden... — eu implorei. — Mais rápido por
favor...
— Não, — disse ele, sorrindo maliciosamente.
— Não, você queria tortura, e é isso que você vai
conseguir.
De alguma forma, Aiden recusando o que eu pedi foi
ainda mais quente.
Cada impulso lento era uma agonia.
Cada gemido silencioso me fez estremecer com a
necessidade crua.
Era tudo muito e tão pouco ao mesmo tempo.
— Sienna, — Aiden sussurrou. — Eu acho que não
vou...
— Eu também...
O balanço era constante e lento, mas ainda assim, a
sensação aumentava por dentro, até o momento que
precisávamos por semanas.
Quando finalmente gozamos, com apenas alguns
momentos de diferença, não gritamos. Suspiramos como
se fosse o maior orgasmo do mundo.
E, de muitas maneiras, foi.
— Sienna, — disse Aiden quando rolou para o lado, —
Tudo que preciso para ser feliz é você. Você sabe
disso, né?
— Eu sei, Aiden. Eu digo o mesmo.
Eu me aninhei nele, segurando meu forte companheiro
nu contra meu peito nu, e me senti muito grata por
tudo que eu tinha. E não triste pelo que perdi.
Estávamos no caminho de volta ao contentamento
agora. Demoraria muito para chegar lá, mas tínhamos um
ao outro. Eu tinha Aiden.
E Aiden sempre me teria.

Quando cheguei em casa, encontrei Josh pensativo no escuro da sala, sozinho

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Quando cheguei em casa, encontrei Josh pensativo no
escuro da sala, sozinho. Ele estava cercado por todas
as suas pesquisas sobre Konstantin, parecendo
oprimido. Uma bebida vazia na mão.
— O que está acontecendo, amor? — Eu perguntei,
surpresa. — Eu estou contente que você esteja bem.
Aiden estava preocupado.
— Ah, sim, foi definitivamente uma noite estranha.
Mas está tudo bem, eu acho... Agora.
— Sienna está bem? — ele perguntou.
— Sim, Josh... mas o que há com você ?
Ele não parecia querer falar sobre si mesmo, e eu
não conseguia descobrir por quê. Ele se levantou e se
aproximou do bar, fazendo outra bebida.
— Foi ideia de Jocelyn, sabe. Não ir atrás de
vocês. Para deixar vocês espairecerem.
— Essa foi... uma boa decisão. Eu devo uma a ela.
Sempre foi estranho conversar sobre Jocelyn com
Josh, considerando que os dois costumavam dormir
juntos durante as Brumas do passado.
Mas, novamente, acho que ela também dormiu com
Aiden. E Sienna certamente não tinha nenhum problema
com ela.
Talvez eu apenas tenha nascido com um instinto mais
territorial. A menção do nome de Jocelyn da boca do
meu companheiro foi o suficiente para levantar minha
raiva.
Eu sabia que ela era legal. Eu sabia que ela tinha
até alguém. Aquela garota Nina ou o que seja. Mesmo
assim, posso ser capaz de mudar, mas apenas até certo
ponto.
— Existe uma razão para estarmos falando sobre sua
ex? — Eu perguntei com raiva.
— Não, Michelle, não é por isso que eu...
— Então o que é que está acontecendo? — Perguntei.
— Você está sendo estranho. Eu fiz alguma coisa?
— Não, querida.
Josh balançou a cabeça e se aproximou de mim, me
puxando para um abraço apertado. Eu não estava na
Gruma naquele segundo, mas caramba, como era bom ter
meu homem me segurando.
— Nada disso, — disse ele. — Eu juro.
— É o trabalho?
— Sim, mas dessa vez envolve todos nós.
Ele olhou para o meu pulso, para a marca que o
alcatrão de Konstantin havia deixado lá.
Não brilhava há algum tempo. Ele lentamente trouxe
um dedo até ela, delineando-o repetidamente, perdido
em pensamentos.
— Você se importa em explicar? — Eu cutuquei. — Ou
vou apenas ter que adivinhar?
— Bem, — disse Josh, tomando outro gole de seu
uísque, — Você sabe como Aiden e Sienna potencialmente
iriam a Lumen para o Banquete de Verão? Para tentar
prender Konstantin?
— Sim, o que tem isso? Eles não estavam esperando a
permissão do Alfa do Milênio?
— Está bem ali, — disse Josh, apontando para um
envelope sobre a mesa. — Eu trouxe da Casa da Matilha.
Eu soltei meu companheiro e o peguei, lendo
rapidamente, os olhos se arregalando.
— Josh, diz aqui que Raphael Fernandez convidou
pessoalmente a liderança da Matilha inteira para
comparecer. Por quê? O que isso poderia significar?
— É uma mensagem, — disse Josh. — Interpretada
corretamente, significa... ele sabe que o vampyro está
perto. E ele precisa de reforços.
— Puta merda. E...
Eu percebi o que isso significava. Por que Josh
estava bebendo.
Por que ele parecia tão estranho.
Porque, finalmente, ele poderia ter uma chance de
se vingar pelo que aquele bastardo do Konstantin fez
comigo.
— Sim, querida, — disse Josh, terminando sua
bebida. — Arrume suas malas. Todos nós vamos para a
capital dos lobisomens.

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