28. Na balada do meio do mato.

315 41 15
                                    

[editado 10/02/24]

Siyeon acordou no domingo com uma enorme dúvida em sua cabeça. A primeira coisa que fez ao abrir os olhos foi justamente notar aquele chapéu que ganhara de presente. A pessoa não se identificou, mas apenas um nome veio em sua cabeça.

Ela não sabia se poderia estar certa, mas e se estivesse? Deveria criar expectativas sobre isso?

Estas eram as milhares de perguntas que rondavam sua cabeça naquela manhã. Mas não queria ficar tão pensativa num domingo de descanso. Então somente decidiu levantar da cama e tomar um banho.

Siyeon, ao ligar a água morna do chuveiro, se permitiu pensar mais uma vez e chegou à conclusão de que talvez estivesse certa, porque aquilo era meio que uma sugestão para dar um passo mais ousado.

Que passo seria esse? Bom, levando em consideração que nas últimas semanas tudo se complicou, mas que gradativamente estão voltando ao normal, ela gostaria muito de reconsiderar, ainda mais depois daquela noite na fogueira.

Ouvir Oasis em seu aniversário também foi algo que contribuiu muito. Nunca se sentiu tão tocada por uma letra quanto ontem. Por isso ela se decidiu levar pela sua intuição e ir agradecer pessoalmente a pessoa em questão. Siyeon tinha esperanças de que pudesse colocar as coisas no eixo outra vez.

Mas ao mesmo tempo que isso acontecia, Kim Bora divagava na cama de seu quarto, afoita sobre a própria mente estar lhe pregando peças. Por que ela se sentia tão mal por ter dito a verdade para Handong no dia anterior?

Depois daquele episódio da floresta, a chinesa ficou emburrada pelo resto do dia. Pode notar o quanto ela não sorriu. Dong quase não se envolveu nos passeios, não quis conversar, somente se fechou. Não era sua culpa, mas ela ainda assim sentia um enorme peso em suas costas.

Talvez a fama de Madre Teresa tenha lhe pegado de jeito. Isso porque já eram quase nove horas da manhã e todas as meninas do dormitório já estavam prontas, com exceção de SuA, que ainda se encontrava sobre sua cama com seu pijama curto.

Ignorou todos os chamados de JiU, ou os comentários toscos de Sihyeon. Ela realmente não estava para brincadeiras. Com a cabeça imersa, se levantou de sua cama e partiu direto para o banheiro, onde se despiu de maneira preguiçosa e se banhou por quase trinta minutos.

Ao sair do banho, viu que não havia ninguém no dormitório além dela. Ótimo, assim poderia pensar mais tranquilamente e até mesmo falar sozinha.

Olhar para o Sol ardente que cobria o acampamento lhe deu uma tremenda preguiça. Não queria sair para lugar nenhum, só queria sua cama, seus pensamentos e seu mais novo livro sobre a psicologia inversa.

No entanto, olhar para sua cama fez um tédio ainda maior pousar em seu corpo. Jogou o livro de volta na mochila e terminou de pentear os cabelos umidos, secando-os em seguida. Deixou o cabelo num coque mesmo e então calçou os chinelos.

Para finalizar, SuA passou uma maquiagem leve em seu rosto e contornou os lábios com um brilho labial. Naquele instante, uma pequena pontada de entusiasmo pairou sobre si. Era o efeito da maquiagem.

Desceu até o andar de baixo do resort, encontrando a maioria de seus conhecidos no grande refeitório. Mas dessa vez não iria até a mesa de seu grupinho, pois antes gostaria de fazer algo que já estava a atormentando.

Encontrou Handong sentada sozinha numa mesa. Esta vestia roupas mais largas e totalmente discretas. A chinesa parecia estar querendo se esconder do mundo. SuA se assustou ao vê-la usando moletom em pleno verão batendo na porta.

Caminhou até a mesa da dita cuja e se sentou em sua frente sem perguntar se podia.

— Dongie. — a chamou pela primeira vez.

That Tomboy ♡ SuaYeonOnde histórias criam vida. Descubra agora