○ THE AWAKENING # 0.5 - A The PowerCorp Serie

CAPÍTULO 6

Duncan

Eu conseguia suportar muita coisa, mas ver Angeline suspirar apaixonada por meu irmão, sem conseguir ao menos desviar seu olhar dele, era demais para mim.

Para piorar, o imbecil do Wes aparece com suas gracinhas me fazendo lembrar dos piores seis meses da minha vida. O tempo em que ele e Angeline namoraram. Eu queria cortar a língua dele cada vez que o via enfiá-la na boca de Angie.

Qual era o problema dessa garota? Ela notava todos os Sundstrom's, menos a mim? Eu que sempre, desde que ela nasceu, fiz tudo por ela. Eu que sempre tentei mostrar o quanto a amava, o quanto ela era importante para mim.

Isso era uma merda.

Para Angeline, eu era apenas seu melhor amigo, seu irmão, seu conselheiro, seu protetor. Aquele ao qual ela podia contar para tudo. Entretanto, nunca me olhava da maneira que eu queria. Com desejo, com tesão. Okay, ela ainda era nova. Mas não era estupida, e sabia muito bem olhar para Mike como se o quisesse devorar.

Otário.

Não sei o que ela via nele. Mike era chato. Centrado apenas em seu trabalho e estudos. Até mesmo os seus relacionamentos eram chatos. Tanto que as mulheres com que saia, não o aguentavam e o largavam. Elas queriam um namorado, e ele nunca tinha tempo para elas.

Eu sempre amei Angeline, desde sempre, mas ela nunca me notou, e isso doía pra caralho. Muito mais do que eu queria.

Todos pensavam que eu era apenas um cara mulherengo que adorava se divertir com as mulheres. É, até poderia ser, mas não com Angie. Com ela eu levaria tudo muito diferente. Eu faria qualquer coisa para tê-la. Eu só tinha um pequeno empecilho... A própria Angeline.

Depois que saí do clube irritado, peguei meu carro, atravessei a cidade e fui para a PIED, – Percus ficava há mais ou menos meia hora de Washington. – e passei a tarde toda no ginásio de treinamento. Precisava descarregar minha raiva de alguma maneira e nada como uma boa surra em sacos de areia para ajudar. Agora eu me sentiria melhor... ou não.

Horas depois, eu ouvi a única voz ao qual eu não queria ouvir nesse momento.

–– Dunk! Eu não sabia que estava aqui.

Era Angeline, vestindo um short preto de lycra, bem curto, mostrando suas lindas curvas, as coxas bem torneadas, sua bunda redonda e perfeita. Um top da mesma cor cobria seus incríveis seios.

A última coisa que eu precisava nesse momento era de Angeline para me perturbar ou me deixar excitado. Eu não sei o que havia feito em minha vida passada para receber um carma desses, mas deveria ser algo bem grave. Seria melhor que ela fosse embora, porque no humor em que eu estava, ou seria grosso com ela ou a agarraria ali mesmo esquecendo sua idade e onde estávamos.

–– Agora já sabe. – respondi secamente sem parar de bater no saco de areia.

Notei-a se aproximar lentamente, com cautela, como se estivesse com medo da minha reação.

–– Está tudo bem com você? – sua voz era ponderada.

Cada passo que Angie dava em minha direção, era um tremor que surgia em meu corpo.

Saia daqui, Angie.

Eu estava perdendo o controle, e não queria assustá-la.