○ THE AWAKENING # 0.5 - A The PowerCorp Serie

CAPÍTULO 7

Angeline

          O dia do meu aniversário finalmente chegou.

Logo cedo as ligações começaram, as entrevistas, paparazzi e os presentes. Tudo estava uma loucura.

Eu não vi Duncan desde o ocorrido na PowerCorp no dia anterior. O mais estranho é que ele não me ligou bem cedo para me dar parabéns como fazia todos os anos. No entanto, encheu meu quarto com flores. Lindas tulipas vermelhas. A marca de Dunk. Ele só me dava essas flores. Dizia que vermelho era a minha cor e que eu cheirava como tulipas. Junto com elas veio um cartão. Uma mensagem linda e carinhosa como ele sempre foi comigo.

Surpreendendo-me, suas palavras tiveram uma reação diferente das outras vezes. Meu coração disparou freneticamente quando li. Não me contentando com uma vez, eu li pelo menos umas dez vezes. E todas elas a reação era a mesma.

"Minha princesa! Cada dia que passa eu vejo que estou perdendo minha garotinha. Você está se transformando em uma linda mulher. A mais bela e especial de todas. Parabéns para você e para mim, porque no dia em que nasceu foi quando eu também nasci. Não canso de te dizer que você é o que eu mais amo na vida, e agradeço todos os dias por você existir.

Eu te Amo, kärlek! Nos vemos à noite.

– Duncan S.

Kärlek era como Duncan me chamava. Significa Amor em Sueco. – Suécia era o país ao qual a família de Duncan descendia.

Depois de ler seu cartão pela décima vez, decidi que eu precisava parar com essa idiotice. Era Duncan. O meu Duncan. E eu não entendia por que estava a ponto de chorar. Era estúpido. Ele era meu melhor amigo. Só isso.

Okay! Não era só isso.

Duncan era tão importante para mim que eu não poderia nem imaginar minha vida sem ele. Eu acho que morreria, pelo menos internamente. Estava tão acostumada a tê-lo em todos os momentos que fiquei totalmente dependente dele.

Eu normalmente não pensava nessas coisas. Simplesmente tudo fluía naturalmente. Mas hoje todos esses pensamentos não queriam sair da minha cabeça. Várias perguntas me incomodavam. Perguntas que nunca me incomodaram antes.

E se ele um dia for embora?

E se ele começar a namorar?

Ah, essa é fácil. Eu mataria a piranha.

E se um dia ele se apaixonar por uma mulher e simplesmente me esquecer?

Ah, isso eu não suportaria.

Me bati mentalmente por ter tais pensamentos. Duncan não iria me deixar. É óbvio que não. Ele era tão viciado em mim quanto eu era nele. – mexi minha cabeça de um lado para o outro tentando tirar esses pensamentos. – Provavelmente o estresse da festa estava me deixando paranoica.

Ao invés de pensar besteira resolvi preparar minhas coisas para a viagem ao Caribe, na mansão dos meus pais e dos pais de Duncan, onde seria a minha grande festa.

Um minuto depois.

Duncan invadiu meus pensamentos mais uma vez. Não conseguia parar de pensar que o veria hoje à noite, e o mais absurdo de tudo é que eu o via todos os dias, e agora estava por algum motivo ansiosa e nervosa por vê-lo.