Capítulo 2

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Isadora

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Isadora.

— Ela está dormindo agora. — Mila fala assim que largo minha bolsa em cima do sofá.

— Obrigada, Mila! Não sabe o quão me preocupei com ela hoje — sibilo me sentindo cansada.

— Sabia que havia saído a procura de emprego e quando percebi que não voltou para casa, supus que havia conseguido algo. — Sorrio.

— Sim. Não é muita coisa, mas vai nos ajudar.

— Que bom, querida, e como fará com ela? — Solto uma lufada de ar audível.

— Ainda não sei, Mila. Será que pode olhá-la enquanto volto para casa?

— Posso fazer isso por alguns dias, querida, mas você sabe que a Sara precisa de cuidados especiais.

— É, eu sei. Mas com o que receberei mal dará para assumir as contas e nos alimentarmos. Como farei para pagar uma clínica? — resmungo desanimada.

— Querida, você pode deixá-la em uma casa de repouso. Só... até as coisas melhorarem. — Me sinto sufocar só de ouvir essa sugestão, mas sei que não terei outra opção.

— Prometo que pensarei com carinho, Mila. — A doce Senhora força um sorriso para mim.

— Tudo bem, querida! Deixei um pouco de macarronada para você na geladeira. Tome um banho, coma algo e descanse. Amanhã é outro dia.

— Sim. Mais uma vez obrigada, Mila! — Ela assente e sai. Após um banho demorado, visto apenas um conjunto curto de pijama de flanela e antes de ir para o meu quarto aproveito para olhá-la. Mamãe dorme tranquila sobre o efeito de medicamentos e em lágrimas sento-me na pequena poltrona, a observando por longos minutos. — Eu sinto muito, mãe! — sussurro. — Não queria ter que levá-la para longe de mim, menos ainda forçá-la a conviver com estranhos. No entanto, não estou vendo outra saída. Só... prometo que será por tempo — sibilo baixinho e seco as lágrimas. Levanto-me e antes de deixar o quarto beijo suavemente a sua testa.

***

No dia seguinte...

— Bom dia, Isadora! Pronta para mais um dia? — Meu chefe me pergunta com uma animação que não dá para entender. Talvez esse seja o seu jeito estabanado demais, ou talvez queira apenas nos animar para mais um dia corrido. Com um sorriso pego meu uniforme e vou me trocar para mais um dia de trabalho. A D'Angelo é um edifício empresarial, porém, a grande maioria das salas comerciais são de escritórios de advocacia e de administração. Ele reúne nomes de empresas renomadas e de grande porte aqui. Pelo que ouvi as meninas comentarem o Senhor Heitor D'Angelo, o proprietário mantém uma de suas empresas aqui mesmo só que na cobertura. Os boatos ainda dizem que nenhuma de nossas copeiras chegou a servir esse andar. Parece que o homem tem manias de grandeza ou um rei na barriga. Enfim, nem mesmo trabalhando na copa do prédio terei a chance de chegar a esse topo também. — Vamos lá, meninas! Anne, terceiro, quinto e sexto andar. Emma, vigésimo, vigésimo terceiro e trigésimo primeiro. Isadora, o andar de empreendedorismo.

Contrato de Casamento - O Segredo de Heitor D'angelo. APENAS DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora