Capítulo 7 ☃️

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“Então ela disse: Qual o problema, amor?
Qual o problema eu não sei
Bem, talvez eu esteja apaixonado
Não consigo parar de pensar nisso
[...]
Bom, amor eu me rendo
Ao sorvete de morango
Que todo esse amor, nunca, jamais acabe
Bom, eu não tive a intenção de fazer isso
Mas seu amor não tem escapatória.”

Accidentally In Love – Counting Crows

Accidentally In Love – Counting Crows

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31 de Dezembro.

     Senti uma brisa acolhedora me preencher assim que coloquei os pés na casa da família de Eros. Corri os olhos pelo local, e tudo estava exatamente como eu imaginei: decorações natalinas, fotos em polaroid da família montadas em formato de árvore de natal, cerca de 15 parentes espalhados em todos os cantos da sala, música sutil e conversa alta. Aquele lugar realmente passava uma sensação de lar.

  Mordi o lábio inferior para controlar meu nervosismo. Ali estava a família de Eros, conversando e rindo entre si. Mas, no meio deles, eu não era nada além de uma impostora vivendo uma vida que não é minha. E, no dia seguinte, eu teria que sumir magicamente, da mesma forma que apareci.

Em silêncio. Sem deixar rastros. Sem fazer com que sintam minha falta.

Engoli em seco. Aqueles pensamentos me assustavam mais do que devia.

— Você fica mais linda cada vez que eu te vejo. – voltei à realidade quando ouvi Eva, a mãe de Eros, conversar comigo. — Bem-vinda ao lar, Midnight. Estou muito feliz de você estar aqui.

  Tentei sorrir. Em seguida, a abracei.

— Muito obrigada, você é maravilhosa. – eu disse, durante o abraço. — Agradeço pela recepção incrível.

— Gostamos de você, sua boba. – ela gargalhou. — E gostamos ainda mais da forma como você faz meu filho se sentir.

Senti meu corpo tensionar. Aquela conversa estava entrando em um rumo perigoso.

— Sabe, – ela continuou, sorrindo de orelha à orelha. — Você deu um colorido novo à vida de Eros. Tirou ele de um lugar muito sombrio.

— Hã, eu acho que não fiz tudo isso. Eros é forte e conseguiu sobreviver a tudo por mérito próprio. – suspirei — Ele é incrível. Nada no mundo consegue mudar isso.

— É linda a forma como você fala do meu filho. – Eva pôs a mão no coração. — Ele não está aqui porque pedi que fosse buscar a minha mãe. Ela mora um pouco longe e a estrada não é tão boa, talvez ele demore cerca de 20 minutos. Mas, enquanto isso, vou te apresentar a algumas pessoas. Venha!

  Eva pegou minha mão e me conduziu até o centro da sala. Conheci alguns parentes do Eros e todos me trataram tão bem que, por um momento, eu quase esqueci que tudo aquilo não era real.

— Midnight. – Eva se aproximou ao lado de uma mulher que aparentava ter cerca de 50 anos, com olheiras profundas e um semblante cansado. — Essa é a Nazaré, ela é…

A Meia-Noite de Eros (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora