Cheguei exausto em casa depois de passar por um dia super cansativo no estúdio, estava trabalhando em um novo projeto, o que exigia muito tempo e dedicação da minha parte.
Coloquei a jaqueta na poltrona perto da porta e olhei ao redor em busca da minha namorada, não temos passado muito tempo juntos por conta do meu trabalho e da faculdade dela, estávamos sempre nos desencontrando, mal conseguíamos arrumar tempo para almoçarmos juntos.
- S/N? - Chamei assim que não a encontrei no meu campo de visão.
- Aqui no quarto.
Sorri assim que cheguei na porta do nosso quarto, S/N estava com os pés descalços segurando uma garrafa de vinho enquanto lia algum livro, mas parecia estar perdida em seus pensamentos ao invés de prestar atenção nas linhas em sua frente.
- O que está pensando? - Perguntei me sentando junto a ela no carpete.
- Não é nada. - Essas palavras significavam o total oposto, dava pra perceber que tinha alguma coisa errada que ela não queria me falar.
- Sabe que pode falar sobre qualquer coisa comigo, certo? - Ela não parecia acreditar totalmente em minhas palavras, era só olhar nos olhos dela que eu podia perceber o quanto estava desconfiada, divida entre desabafar comigo ou guardar tudo para si mesma como fazia quase sempre. - Pode me contar amor, não vou te julgar. - Não demorou muito para que seus olhos se enchessem de lágrimas. - Você está me assustando.
- Estava com a minha família hoje em uma festa beneficente, que aparentemente não era tão importante pra eles, já que ficaram o tempo todo tentando me arrumar um noivo. - Bom, isso explicava muita coisa, sua relação com a família não era das melhores e piorou um pouco depois que começamos a namorar, os pais dela não acham que eu sou uma pessoa a altura para ela. - Eu me sinto completamente perdida com eles, como se não pertencesse àquela família. - Sua voz estava embargada como se estivesse prestes a desmoronar, me aproximei mais dela, a abraçando o mais forte que pude. - Deixei que meus pais me controlassem como sempre, eu nem parecia eu mesma. Minha mãe me fez usar um vestido rosa pink brilhoso, e eu usei. - Segurei a risada ao ouvir isso mas disfarcei ao ver seu olhar raivoso sobre mim, se tem uma coisa que minha namorada odeia é rosa e brilho.
- Amor, me escuta. Você se sente perdida porque não é como eles e nem precisa fingir ser quem não é, você é uma das pessoas mais generosas que eu conheço, é altruísta, amorosa, e eu poderia passar a noite falando todas as suas qualidades que me deixam cada dia mais apaixonado por você. Nunca se esqueça que você pode ser você mesma comigo e que se dane os outros, não temos que provar nada pra ninguém.
- Eu amo você. - Ela disse sorrindo.
- Viu como é bom desabafar? Eu sou seu namorado mas isso não quer dizer que eu não possa ser seu amigo e um ombro para chorar.
- Obrigada por ser o namorado/amigo mais incrível do mundo.
- Isso quer dizer que nenhum cara que conheceu nesse evento beneficente é uma ameaça? - Ela gargalhou alto e eu sorri ao perceber que tinha feito ela se sentir melhor.
- Claro que não, nenhum deles é como você.
- Então vai me deixar te ver com o vestido rosa?
- Definitivamente não. Vou me certificar de destruir aquilo.
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ɪᴍᴀɢɪɴᴇs
FanficAqui você irá encontrar imagines para se iludir. ×Todos são de minha autoria.× Plágio é crime.