Gómez Luna

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Era um dia comum de trabalho na empresa, todos trabalhavam normalmente, mas Alba logo avistou Eladio deixando o trabalho mais cedo e ficou curiosa, então resolveu segui-lo pra saber onde ele iria tão cedo, pra sua total surpresa ao chegar ao destino Alba viu que Eladio havia entrado em uma ONG que acolhia crianças em situação de abandono.

Xx: Posso ajudá-la?

Alba: Pode sim, sabe me dizer com que frequência o senhor Eladio Gómez Luna vem aqui?

Xx: Isso é fácil senhora, ele é o dono e fundador desse lugar

Alba: Então por que essa ONG não leva o nome dele?

Xx: Porque ele não quer chamar atenção da mídia, muitos ricaços fundam ONG'S apenas pra serem vistos pela mídia, mas o senhor Gómez Luna não, ele só se importa com o bem estar das crianças e por isso de vez em quando vem brincar com elas e trazer brinquedos e roupas novos pra esses pequenos.

Alba: Estou sem palavras.

Xx: Muitos desses meninos ele encontrou vagando na rua e trouxe pra cá, as crianças o amam e o enxergam como um pai.

Alba: Por favor, não comente com ele que eu estive aqui, sou apenas colega de trabalho dele e não gostaria de parecer intrometida.

Xx: Pode deixar.

Alba: Posso vê-lo brincar com as crianças?

Xx: Claro, me acompanhe.

A mulher levou Alba até o pátio e escondidas ficaram observando Eladio com as crianças e era uma cena linda, pois as crianças sorriam sem parar.

Eladio: Quem aí quer brinquedos e roupas novas?

Crianças: EEEEU.

Eladio: Que bom porque eu trouxe pra todo mundo.

Crianças: EEEEHHHH. (Correm e o abraçam).

Eladio: Como é bom ver vocês animados meus meninos. ( Sorri).

Cc: Papai Eladio. (Se aproxima dele com o dedinho na boca).

Eladio: Que foi princesinha? (A pega no colo e beija seu rostinho).

Cc: Quando o senhor vai trazer a moça de quem falou?

Eladio: Assim que possível, Maria, papai promete. (A abraça).

Xx: Aquela menininha no colo do seu Eladio é a mais antiga da ONG, está aqui a cinco anos, chegou ainda recém nascida.

Alba: Qual o nome dela?

Xx: É Maria e o Eladio gosta muitíssimo dela.

Alba: Estou vendo pelo jeito que se olham. (Encantada).

Xx: Ele tem dom com crianças, por isso é um grande pai e as vezes traz os filhos pra conhecerem a situação desses meninos e darem valor ao que tem.

Alba: Pelo visto eu me enganei quanto ao Eladio. (Se retira).

Xx: Espera, qual o seu nome?

Alba resolveu tirar o dia de folga e foi pra casa, onde convidou Daniela pra dar uma volta e logo a jovem que de boba não tinha nada percebeu onde a tia a havia levado, era a casa de Ana Luíza.

Daniela: Não deveríamos estar aqui, a Ana Luíza vai ficar brava.

Alba: Você tinha razão preciso recuperar a minha filha e não conseguirei isso se eu não a procurar.

Daniela: Vou apoiá-la. (Coloca a mão no ombro da tia).

Ana Lu: O que faz aqui?

Alba: Vim falar com você e apresentar sua prima que eu adotei como filha.

Ana Lu: Filha é? (Tenta esconder o ciúme).

Daniela: Ana Luíza, a sua mãe te ama mais que tudo no mundo e sofre com seu desprezo, ela não merece o que você faz com ela.

Ana Lu: Claro que você vai defendê-la agora que é a queridinha.

Alba: Está com ciúme, Aurora?

Ana Lu: Não me chame assim, sabe bem que agora me chamo Ana Luíza.

Alba: Aurora foi o nome com o qual te batizei, já o seu pai sempre gostou do nome Ana Luíza.

Ana Lu: A senhora nunca falou sobre ele antes.

Alba: Mas chegou o momento de falar sobre ele.

Ana Lu: Então fale.

Alba: Conheci o seu pai quando eu tinha quinze anos e foi a melhor fase da minha vida, quando completei dezesseis anos seu pai e eu estávamos em uma festa, bebemos demais e pouco depois descobri a gravidez, mas fui ameaçada por uma pessoa que se dizia minha amiga, se eu não deixasse o seu pai ela acabaria com você, então obedeci e nunca contei sobre a sua existência, mas por medo que o meu amado me procurasse a Ivana pra garantir meu afastamento me mandou pra prisão injustamente.

Ana Lu: Por isso a senhora nunca me contou sobre o meu pai.

Alba: Exatamente por isso. (Olhos marejados). Mas agora estou cuidando de tudo e pensando com clareza para que em breve você e seu pai se conheçam.

Ana Lu: Eu fui um monstro com a senhora, por favor, me perdoe. (Olhos marejados).

Alba: Uma mãe sempre perdoa um filho. (Abraça a filha e é correspondida).

Daniela: Essa era a cena que eu queria ver. (Sorri e se junta ao abraço).

Enquanto isso, Eladio chegou em casa e subiu correndo pra brincar com os filhos, mesmo estando cansado de tanto brincar com as crianças da ONG, os gêmeos amavam aqueles momentos com o pai, tanto que sempre apagavam depois de gastar as energias.

26/1/22

A MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora