Capítulo 2💜

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Rhysand

Estava obcecado, passava todo o meu tempo pensando naquela humana.

Sempre nela, sempre nela.

Além dos sonhos estranhos, eles nunca pararam, desde sempre eu os tenho, desde criança.  Sonho com flechas, muitas delas, então, um par de olhos azuis misteriosos, vejo um par de mãos delicadas pegando as flechas, as pondo no arco, não enxergo o seu rosto, apenas vejo seus olhos se semicerrarem em desafio quando ela dispara as flechas, as quais acertam um alvo, o meu coração.

Eu abro os olhos, ofegante, o peito subindo e descendo.

A mãe deveria estar brincando comigo outra vez, mas tenho certeza de que a minha vida está com a dona daquele arco e flechas.

Muitas vezes o sonho mudava para flechas e tinta, podia ver as belas e delicadas mãos pintando algo em uma tela e eu sempre conseguia ver sua obra, muitas vezes desenhos alegres, mais ultimamente os desenhos tem sido tristes.

Eu suspirei, me erguendo da minha cama.

Desculpe-me, deuses, mãe, mas, eu cansei de procurar e nunca a achar.

Vou seguir meu caminho do meu jeito agora.

Assim que tomei café eu atravessei para a frente da ponte do sidra, esperando vê-la novamente, e eu vi.

A pequena coelha a seguia do chão, saltando do seu lado, a garota andava distraída, encarando o rio congelado.

O sobretudo agora de cor creme, aquelas mesmas luvas brancas, e ela estava com um gorro branco e bonito na cabeça, com detalhes felpudos na barra, e um pequeno broche prateado em forma de floco de neve. Um cachecol branco enrolado em seu pescoço.

Eu sorri de lado, já percebi que a garota gosta de moda, porque não imagino alguém passar horas em um armário para escolher roupas e acessórios que combinem tão bem juntos.

A neve estalou em baixo de suas botas pretas, bem polidas.

Percebi, a pequena coelha estava com pequenas luvinhas nas patas, e um tapa orelhas, da mesma cor que o sobretudo de sua dona, um pequeno cachecol branco.

Bufei uma risada, os animais são espelhos dos donos, é o que dizem.

— Olhe só, Lili. -ela disse.

A coelha parou, erguendo uma orelha, ela se virou, encarando o que humana olhava, o rio sidra.

— Imagino como isso ficará no solstício, e a queda das estrelas? —ela parecia eufórica— estou ansiosa para que chegue logo.

A coelha assentiu em concordância.

Eu tomei coragem, aproveitando que ela estava apoiada no parapeito da ponte, observando o rio.

Eu subi a ponte, dando em passos em sua direção quando.

Eu soltei uma maldição, tropeçando em um pequeno morro de neve.

A humana se virou no exato momento em que eu fui ao chão, rolando na neve até... Parar, diante dela, com a cara no chão.

Ela levou uma mão a boca, rindo baixinho.

— O-oi. -gaguejei.

Por que estou gaguejando?

— Deixe-me ajudá-lo. -ela estendeu a mão.

Eu encarei a mesma, por alguns segundos, então, a aceitei.

Eu me ergui.

— Normalmente eu quem sou atrapalhada, acho que você roubou a minha síndrome quando nos conhecemos. -ela disse, rindo.

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⏰ Última atualização: Jan 27, 2022 ⏰

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