Já era outro dia e Rolli saia de uma de suas aulas, ainda não tinha escolhido nenhuma aula opcional, então tinha um bom tempo livre, o problema era que não havia muito o que fazer nesses intervalos.
Por causa de um velho costume do orfanato anterior sabia que havia uma ala que era praticamente vazia, entao conferiu no mapa da pulseira e seguiu para aquela direção. Logo ao entrar na ala o aspecto do prédio mudou, as paredes brancas se tornaram azul clara, uma faixa no centro da parede tinha pinturas simples, como nuvens, balões, carrinhos e outras coisas que agradariam um bebê.
Rolli parou em frente a um grande vidro, como o que havia na ala dos mais doentes, mas ali ele conseguia ver bebês de até cinco anos, eles tinham brinquedos coloridos e alguns robôs circulando pela sala.
Por algum tempo Rolli apenas observou, havia algo de leve e contagiante na gargalhada de um bebê, e as risadas aconteciam pelos motivos mais simples e aleatórios, Rolli não sabia por que, mas aquilo o tranquilizava, sentia vontade de ter um irmãozinho para fazê-lo gargalhar.Rolli observou uma menina loira que começou a chorar em meio aos outros, um robô se destacou e foi até ela e a pegou no colo balançando levemente, Rolli notou que fios estavam conectados a menininha e iam para um máquina de rodinhas para acompanha-la.
Ela magicamente parou de chorar e mostrou uma canetinha que segurava em uma das mãos, a menina espontaneamente desenhou um linha curva na cabeça do robô formando um sorriso. O robô ficou parado por um instante olhando para a criança, Rolli tentou desvendar o que ele estava pensando, mas se indagou se ele poderia pensar e se não pudesse por que a atitude parecia tê-lo pego desprevenido.Depois que a menina voltou ao chão, Rolli começou a achar que estava vendo coisas aonde não havia nada, tanto tempo sendo antisocial o estava deixando louco.Rolli se afastou do vidro e começou a andar para longe.
Mais tarde naquele mesmo dia, Rolli foi obrigado a passar novamente no corredor que fazia de divisa com ala dos mais doentes, mas dessa vez, tinha pensado mais sobre aquilo e resolveu tomar uma atitude diferente.
Quando chegou em frente ao vidro ele parou, a garota do outro dia estava mais afastada e ele esperou que ela olhasse em sua direção, ele acenou, mas ela não estava muito disposta a lhe dar atenção.Rolli então pegou seu tablet, usado nas aulas e abriu um aplicativo da aula de arte onde conseguiu escrever um "olá" desajeitado com o dedo, ele ficou segurando o tablet como uma plaquinha e ficou quase dois minutos esperando que ela finalmente olhasse.
A menina hesitou, mas finalmente lhe lançou um sorriso fraco, ela atravessou para o outro lado da sala e voltou segurando um dispositivo igual ao de Rolli.Ela mostrou-lhe um "olá" escrito de maneira mais delicada.
Rolli escreveu uma frase se apresentando e virou novamente para ela.Logo em seguida o tablet dela mostrava "Eu sou a Safira".
Por um tempo Rolli se perguntou o que iria dizer, não sabia sobre o que as crianças conversavam, perguntou-se se ela saberia do tempo nublado, se ela tinha aulas como a dele ou como seria o seu tratamento, num segundo ele soube que a última opção era péssima então simplesmente escreveu "Sinto muito pelo outro dia".
Safira deu de ombros, mostrando que já não se importava mais."Como está aí fora?"
Rolli refletiu um instante."Tedioso"
"Você é novo".
"Sim, orfanatos fechando".
Safira franziu o cenho, ela parecia não saber o que estava acontecendo no mundo.
"O que está acontecendo?"
"O mundo está contaminado"
Antes que ela respondesse algo, Rolli apagou e escreveu uma pergunta:
"Há quanto tempo está isolada?"
"Acho que mais de um ano".
Rolli começou a pensar quando o relógio dela piscou.
"Preciso ir, até mais Rolli"
Rolli acenou enquanto Safira se afastava, demorou um tempo para processar a sensação de ser observado, quando virou bruscamente para trás, viu de relance uma menina saindo correndo para longe.
Ele não conseguiu entender o que aquilo significava, muito menos sabia quem ela era.
(Off: Peço desculpas por qualquer eventual erro, meu óculos quebrou e estou apenas copiando e colando de onde escrevi faz um tempo sem conseguir revisar)
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Coração de ferro
Ficțiune științifico-fantasticăRolli é um menino de apenas doze anos que nasceu em uma época posterior a quinta guerra mundial, sem familia ou qualquer ser humano adulto por perto, Rolli é obrigado a amadurecer muito cedo, após ser transferido do seu antigo orfanato, ele começa s...