É para sempre!

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Hoje, a gente olha pro céu e clama, "pra que tanta pressa? "; e reclama, cambaleante, sem o chão de tua voz.

Marília, por que tanta pressa? Por que tão rápido?

Você ainda tinha tanta história pra viver e ouvir e depois em versos nos contar, tanto canto a doar.

Por que tão rápido, pra que a pressa?

Que versos você escreveria pra explicar isso? Como termina essa canção, interrompida pelo estrondo de silêncio? Que música é essa em descompasso e desafino, onde dó é só padecimento?

Como toda história, uma canção tem começo, meio e fim. E alguém já disse que toda canção começa buscando um meio de chegar ao fim. A canção de sua vida parece que foi interrompida antes de encontrar o meio. É tão anti-natural, chegar ao fim, sem nem acabar de começar. Arrancaram a flor, ficou seu sonoro perfume a consolar um jardim entristecido.

Pois, agora, você que falava das coisas fugidias da vida, essas coisas de amores e dores, encontros e adeuses, você que libertava as palavras, deixando que voassem passarinhas pra nos consolar e pra que a gente as acolhesse no ninho de nossas solidões; agora, Marília, seus versos se aquietaram, imóveis, como mão de mãe, suave, sobre cabeça de menino, pousados sobre nossa memória.

Hoje, a gente lhe pergunta: "Nunca mais, Marília?".

E, com um sorriso mais manso do que triste, você nos responde que não, não é "nunca mais". Dedilha o violão, compondo uma canção pros anjos, e diz, "É para sempre".

(Pedro Bial)

                                     ....

Pov Marília - 7:50

    - Bom dia mãe! Nenhum café na cama pra mim poxa - faço um bico triste

   - Eu que tô estranhando você acordar a essa hora, tinha formiga na cama e eu não sei? - ela me pergunta enquanto coloca alguma coisa no fogão

  - Eu vou pra academia e depois vou começar a ver as coisas pro aniversário de dois anos do Léozinho - sento na mesa dando início a nossa rotina de quando estou em casa

   - Esse menino fazendo dois anos...meu Deus do céu, parece que foi ontem que você sentou naquela escada desesperada dizendo que estava grávida - minha mãe se senta na minha frente

   - E aí você me disse pra parar de chorar por que o menino ia sentir - nós duas rimos relembrando daquela situação - Agora ele tá aí olhando pra minha cara e pensando: " Caraca Deus tinha uma mãe menos menos emocionada pra me mandar não?". Por que o tanto que eu babo nele não tá explicado - começo a comer minhas frutas 

Ficamos lá tomando nossa café, faço alguns stories pra falar com os fãs, eu havia perdido a conta de quantas pessoas perguntavam da minha mãe.

- Dona Ruth tá aqui ó - aponto o celular pra ela - Eu tô ficando com ciúme disso viu  - volto a câmera do storie para mim- Quando começa esses reality show vocês viram fãs de participante, aí a gente deixa de se alienar e vocês viram fãs só da minha mãe... cadê eu aí? - finjo estar totalmente triste.

Post o storie.
Espero 1 minuto
Talvez dois pra atiçar meus fãs.

   - É mentira gente eu sei que vocês me amam - dou uma risada sapeca

Continuou a conversar com eles e a todo tempo eles perguntam sobre o Léo, sobre as novidades com as gêmeas e aí vem uma enxurrada de perguntas sobre o término da ruiva.

Tempo que não temos Onde histórias criam vida. Descubra agora