Na ciranda do destino gira a vida, gira o mundo.
Em minha mente giram anos,
meses, dias, a eternidade num segundo.
E meus pensamentos insanos,
Me prendem numa armadilha,
Como gigantescas ondas,
Ou cercada por uma matilha.
Em minhas inúmeras rondas,
Dou a volta em mim mesma,
Com extremo vagar,
Tão lenta quanto uma lesma,
Por vezes, mal consigo andar.
Eu expio os meu pecados,
Não são poucos, entretanto.
De joelhos peço trocados,
Suportando meu quebranto.
Não sou só demônio ou anjo,
Tenho os dois em minh'alma.
E eu assim os rearranjo,
Pois os guardo em minha palma.
E enquanto gira o mundo,
os meus olhos eu fecho,
Imersa num transe profundo,
Aguardo o derradeiro desfecho.
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Quando o outono chegar
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