Ora pois que agora sou um poeta deficiente.
As rimas me abandonaram, deixando-me órfão de repente.
Se amor rima com dor, quem sou eu para retrucar?
Com as consequências de meus erros, sempre poderei arcar.
Pois agora a ti pergunto: preferes a rima ou a prosa?
Digo que, a mim, encanta a palavra amorosa.
Mas minha vida é sem rima, sem prumo e também sem freio.
Vivo em constante sobressalto, vivo em incessante devaneio.
Deixo minha mente levar-me a lugares inesquecíveis.
Permito-me imaginar as aventuras mais incríveis.
Sonho com intensidade, em completo destemor.
Sinto no peito saudades, coragem e também torpor.
E sendo assim tão honesto, preciso reconhecer:
Que de fato não sou poeta, apenas alguém a padecer.
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Quando o outono chegar
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