- Não acredito que você deixou aquela loira fugir, Joaquim! - Edgar permanecia cego de raiva.
O homem estava com Betty nas mãos e deixou-a escapar. Era como se o infeliz tivesse feito de propósito.
- Cale a sua boca cara! Você não viu que ela deu um chute nas minhas…bolas?
- Que se foda isso! Você já levou porradas piores e nunca deixou ninguém escapar tão facilmente.
- Isso tudo está acontecendo por culpa daquela vadia morena, a sua protegida. Se ela não tivesse se metido conosco, nada disso estaria acontecendo. Nada!
Edgar fechou o punho, cerrando seu maxilar com força. Se aquele abutre estava disposto a abolir qualquer paciência do comandante, estava conseguindo.
- Já disse para não me atormentar com essas merdas! Você quer voltar vivo ou morto para casa? Minha paciência com você está acabando, Joaquim! Não me falta vontade de socar essa sua cara.
- Vá para o inferno! Eu não tenho medo de você. Vou continuar dizendo que a culpa é da puta morena, aquela cachorra mal comida que você não deu conta de foder.
Edgar só conseguiu ver sangue na sua frente depois que o brutamonte disse aquilo. Ele avançou para cima do outro, deferindo um soco forte e preciso em seu olho esquerdo, o que, com certeza, deixaria um belo de um roxo por dias no meio da cara feia que tinha, além do nariz que provavelmente fora quebrado.
- Você nunca mais falará bosta com o meu nome, está entendendo? Ou então você vai se arrepender de ter nascido. - O comandante exclamou, evidentemente irritado e sem tolerância alguma - Quem você pensa que é, Joaquim? Só porque não consegue segurar uma mulher, se acha no direito de me ofender, de jogar a sua incompetência para cima de mim, ou até mesmo da Toni? Você sabe como eu sou com ela. Sabe muito bem que não tem pessoa nesse mundo que a queira destruída como eu.
O homenzarrão levou a destra ao rosto, encarando o outro, incrédulo.
- Puta! Talvez eu dê um jeito nela. Nela e na outra. Uma metida bem gostosa naquelas duas vadias. - Ele ria, mordendo o lábio malicioso.
Edgar acertou outro soco em Joaquim, que dessa vez revidou acertando o lado esquerdo do rosto do seu oponente. O comandante segurou-o com força pelos ombros, dando uma joelhada em seu abdômen, que o fez encolher de dor ao se afastar.
- Você não vai tocar em ninguém sem a minha autorização, entendeu? Você não vai tocar em absolutamente ninguém. Esse nunca foi e nem será o nosso objetivo. Se você é um estuprador filho da mãe, é problema seu. Vá comer quem quiser na rua. Aqui, não.
- Nós estamos nos voltando um contra o outro. É o que a vagabunda quer e você não se dá conta. Imbecil.
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Algumas horas antes…
Toni havia acordado naquele dia com algo incomodando-a em demasia, e a morena nem fazia idéia do que era. De seu dormitório tentou falar com Cheryl, mas a herdeira não a atendeu, muito provavelmente devido às horas prematuras que ainda permitiam a mulher dormir serenamente.
A comandante tomou um banho quente e iniciou as suas atividades laborais. Por questões de segurança e recomendações técnicas, ela fez questão de repassar toda a agenda do presidente, bem como orientar e coordenar a equipe que mantinha-se em viagem com a primeira dama. O Sr. Clifford sairia dali à poucos minutos, em comitiva com outros membros do democratas, no intuito de cumprirem com a agenda do partido na Califórnia. Cheryl, por sua vez, aproveitaria o dia de folga para almoçar com sua nova amiga, Betty, e para namorar um pouco com sua amada segurança particular.
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The president's daughter - choni
RomanceUm paradoxo que alguém possa se sentir solitária apesar de ter uma vida cheia de atividades, destinos e tarefas. Infelizmente, essa é a realidade para muitas pessoas, inclusive para Cheryl Blossom. Sendo a filha do presidente dos Estados Unidos da A...