Todos nós temos palavras a dizer, mas na falta de saber como as proferir, não existe aliado melhor que o caderno e a poesia. São essas, palavras que talvez nunca seja do conhecimento de quem as deveria ler, se é que deveria...
Mas não são só pala...
Eu não sei mais quem sou, Perdi o meu chão, Percebo que dei adeus ao coração. Me importei tão pouco Que sobrou apenas um oco, Eu devo ser louco. Não, eu sou! Porque foi em meio a minha loucura Que permiti tamanha tortura Com o meu próprio eu, E a amargura que toma conta de mim Diz não ter hora de ir embora, Que nem tão cedo terá fim. Então um pouco mais conformado, Permaneço deitado ao seu lado, Já não insisto pra que se vá. Pois eu sei, eu a chamei, Mesmo sem chamar. E ela, devota a mim, Jurou sempre me acompanhar, Esse é um dos juramentos que eu gostaria de quebrar. Mas não fui eu quem o fiz. Tem também a minha ansiedade Que faz questão de me questionar, Me fazendo pensar muito no futuro, Ela vem uma crise aflorar. Em seguida, falta de ar, Minha noite acabou de começar.
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