Eu deveria escrever uma nova poesia.
Mas agora que meus sentimentos parecem perdidos,
Confusos e sem rumo,
As minhas palavras acabam sendo um reflexo dessa confusão.
Não consigo fazer ir longe minha imaginação,
Não consigo dizer "não!"
Pra essa dor que insiste em ficar;
Mas se quer ficar, tudo bem, vai lá.Acho que chorar é a melhor maneira de aliviar.
Não é que o peso em meu peito vá diminuir,
Sei lá, dizem que: "o que há de mau
Devemos expelir."Mas como faço pra expelir você daqui?
No fim das contas
Acabo rimando os meus lamentos,
Acabo escrevendo o que por um momento
Não tinha noção de como falar.No fim das contas,
Não consigo esquecer
Como disse que iria;
Querida alma poeta,
Poderia não me fazer sentir covarde?
Em relação a essa dor que meu peito invade?Bem, não posso te culpar. Não é mesmo?
A verdade é que sempre fui covarde,
Deixei que me machucassem a vontade
E tudo que eu fiz foi escrever.Minhas ações deveriam ser ações
E não palavras;
Elas não podem me proteger.
A menos que seja de mim mesma,
A menos que seja de você, que sou eu,
A menos que seja de nós.Essa nossa conversa tomou um rumo poético,
E olha que eu disse que não iria escrever.
É meio difícil,
Afinal, você sou eu e eu sou você.Então eu digo:
"Fica a vontade"
Que de males, por aqui, já me chega!
Mas veja bem;
Nunca foi minha intenção deixar que ele tomasse a frente dessa percussão,
Que no fim, não teve um som agradável.
Já sabíamos que seria assim…
Nunca teve delicadeza ou foi amável.Parece confuso…
Mas eu disse que seria.
Tá conseguindo me entender?
Eu muito menos!
Mas eu consigo sentir
Que nada de bom a de vir
Do que quer eu venha a escrever.Mas mantenha o foco no nosso assunto inicial!
Que é aquele maldito garoto
Com um sorriso infernal.
Tu pode por favor escrever uma última poesia
E dar um fim nesse sentimento que me causa azia?
(Não me veio outra palavra a mente)
Eu deveria ir tomar um banho de água quente
E voltar a dormir.Acho que estou atingindo picos de loucura
Conversando comigo mesma,
Isso é normal?
(É sim)
Você precisa de terapia, criatura!
Voltando a minha postura…
Vamos encerrar por aqui e fingir ter ido embora a amargura.
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Coisas que não sabemos dizer
PoetryTodos nós temos palavras a dizer, mas na falta de saber como as proferir, não existe aliado melhor que o caderno e a poesia. São essas, palavras que talvez nunca seja do conhecimento de quem as deveria ler, se é que deveria... Mas não são só pala...