Aquela moça

5 5 0
                                    

Ela acordava toda dia,
Pronta para uma rotina de monotonia.
A rotina que aos poucos
Lhe tirou a alegria.

Ligava a TV
E não importava o que via,
Nada mais lhe surpreendia.
Presa em sua vida vazia,
Ela apenas seguia
O cronograma do dia.

Quando criança
Sentia prazer ao cantar,
Mas agora o seu canto era como um choro
Que os seus olhos não ousavam derramar.

Ela andava pelo seu apartamento.
Tão grande, mas com o tempo,
Não tanto quanto aquele pensamento.

Nos dias chuvosos,
Sentava a janela,
Como se a espera
De alguém que nunca chegaria.

Música clássica era a única coisa que de lá se ouvia,
Quebrando o silêncio e afastando a agonia.

Ela escrevia
Como se sentia,
Em formato de uma história
Que ninguém nunca leria.

Sentia-se só,
Mas não admitia.
Ela sabia que
Ninguém nunca lhe acolheria.

Então permanecia
Em sua monotonia,
Ligada ao automático
(Eu diria)

Ela apenas existia,
Ela resistia,
Mas, não mais.

Ela apenas existia,Ela resistia,Mas, não mais

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Coisas que não sabemos dizerOnde histórias criam vida. Descubra agora