Epígrafe

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  No sanatório onde Branca estava internada, o doutor Geraldo, seu irmão a visitava, já que a mãe deles, dona Estela não se passava bem naquele dia. Sendo que a cada dia, sua irmã estava cada vez mais demente e sem nenhuma chance de recuperação, por assim dizer. Ela estava completamente louca, e fora de si, confundimos a realidade com as ilusões criadas em sua mente deveras insandecida pela demência.





- O meu casamento com o meu Álvaro, foi lindo, não foi, maninho? - Branca estava cada dia mais louca, tanto que nem se lembrava mais que tinha um filho do calhorda do Leôncio - Mas falando no meu Álvaro, cadê ele, que não o vejo mais? Ele me prometeu que viria hoje e até agora não chegou. Por que ele mentiu pra mim, Geraldo? Por quê?





- Bem, ele não mentiu para vosmecê, minha irmã, só que o meu amigo, bem, ele trabalha muito, Branca - Vendo que não tinha mais jeito para a demência de sua irmã, o doutor Geraldo simplesmente entra naquele jogo perigoso e insano de sua tão querida irmã mais nova - E por isso não, não dispõe mais de tanto tempo para a visitar com a mesma frequência... Bem, com a mesma frequência de antes, minha irmã.





- Mas ele deveria tentar me visitar mais vezes Geraldo, afinal de contas, eu o livrei do maldito do senhor Leôncio Almeida, quando o matei. Mas ingrato do jeito que ele.é, o meu Álvaro me deixou na mão, mas tudo bem, eu perdôo ele, como sempre faço por amor a ele. Quando o Álvaro vem me ver? Preciso saber para me arrumar e ficar ainda mais bonita para ele. Vamos Geraldo, diga logo quando o meu Álvaro vem me ver. Anda, me diz logo de uma vez!





- Como assim Branca? Do que vosmecê está falando, afinal? - Geraldo estava em estado de choque - Que história é esse de que vosmecê matou o Leôncio?

Branca Vilella, a verdadeira assassina de Leôncio Onde histórias criam vida. Descubra agora