Apego repentino

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O clima pesado perdurara pelo restante da noite. No início acabei me sentindo culpada, pois havia participado do conflito, mas após receber o apoio de Gabi Prado, Raissa e da maior parte dos meninos, assumi que tudo acontecera como deveria ter acontecido. Não quis dormir muito tarde, então assim que senti que havia feito uma boa digestão, despedi-me do pessoal e fui para cama. Peguei no sono antes de ver se Thaigo dormiria comigo ou não.

Uma sensação estranha percorreu-me a espinha. Era como se o sonho que eu estava tendo estivesse se tornando real. Abri os olhos, despertando-me e senti braços me envolvendo num abraço muito aconchegante. Sorri ao perceber que a sensação estranha era causada pelos beijos molhados que estava recebendo na lateral de minha nuca.

— Bom dia, gatinha. – A voz de Thaigo sussurrou ao meu ouvido quase inaudível.

O quarto ainda estava completamente escuro pelas cortinas que vedavam a entrada do Sol. Ouvia-se apenas o som da respiração pesada de alguns.

— Bom dia, príncipe. – Sussurrei à mesma altura e virei-me de encontro ao seu rosto.

Mal tive tempo de contemplar sua carinha de recém-acordado, quando me puxou para mais perto e tocou seus lábios nos meus. Ri durante sua ação e travei a boca, impedindo-o de aprofundar o beijo.

— Thai, acabei de acordar. Devo estar com bafo. – Expliquei insegura. Sempre tivera tal insegurança. Jamais beijara ninguém, nem mesmo Ortega, antes de escovar os dentes pela manhã.

— E quem se importa com isso? – Ele disse, tomando-me em seus braços outra vez. Beijou-me sobre os lábios calmamente e insistiu até que eu cedesse passagem para sua língua.

Inicialmente senti-me reprimida, mas, com sua paciência e maestria em beijar, entreguei-me. Beijei-o na mesma intensidade, afagando seus cabelos e acariciando as laterais de seu rosto no processo. Ele beijava-me com cada vez mais desejo, roçando seu corpo contra o meu e, por mais que eu tentasse controlar meus instintos e manter tudo sob controle, era impossível. Sua mão pousou no final de minhas costas e pressionou-me ainda mais. Senti sua ereção pulsar contra minha intimidade e não pude conter. Cravei as unhas em seus ombros e suspirei baixo entre seus lábios.

— Isso tá ficando perigoso, Mel. – Ele sussurrou curvando os lábios num sorriso.

Senti-o movimentar o lençol que nos cobria. Thaigo abaixara suas vestes e deixara seu membro livre. Pude perceber, pois o roçou entre minhas coxas. Ri baixo, sentindo-me uma adolescente. Seu semblante se transformara. O rostinho de garoto meigo havia se tornado o rosto de um homem enlouquecido pela luxúria.

— Você que começou, Thai. – Respondi mordendo seu lábio inferior.

Pensar se tornara uma atividade muito complicada naquele momento. Era como se esquecesse de que estava em um Reality, pois aquilo era intenso demais. Toquei seu membro e senti-o rígido como aço. Sua respiração mudou como se estivesse aliviado ao sentir meus dedos o envolvendo.

Sua boca voltou a devorar-me e minha mão instintivamente começou a acaricia-lo de forma lenta e impiedosa. Levei-a à boca e a molhei com um pouco de saliva. Voltei a tocá-lo. Thaigo liberou um gemido abafado, assanhando-me ainda mais. Continuei até que liberasse toda sua tensão, e, quando terminou, tombou o corpo sobre o meu e suspirou.

— Porra, Melissa. – Disse com a voz trêmula e eu apenas ri, um pouco envergonha, mas um tanto satisfeita. Satisfazê-lo me trouxera uma espécie de orgulho interno.

— Vamos tomar banho? – Perguntei apertando-o para fazer cócegas.

— Lógico, você me deixou todo melecado. – Brincou, levantando-se.

De Férias com o Ex, MelissaOnde histórias criam vida. Descubra agora